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22/03/2010

As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy

Filipe Melo (argumento)
Juan Cavia (desenho)
Santiago Villa (cor)
Tinta da China (Portugal, Fevereiro de 2010)
165 x 240 mm, 120 p. cor, brochado com badanas

Resumo
Vampiros, lobisomens, gárgulas e fantasmas vivem pacificamente, nas sombras, entre os humanos. Porém, no subsolo de Lisboa, o pior de todos os monstros ganha forças e prepara o seu regresso. Para isso, anda a raptar crianças na capital portuguesa.
Um jovem distribuidor de pizzas, um ex-lobisomem de meia-idade, um demónio de seis mil anos e uma cabeça de gárgula com um estranho sentido de humor serão os únicos capazes de fazer frente às forças do mal que ameaçam a Humanidade.

Desenvolvimento
E de repente, parece que a banda desenhada portuguesa descobriu que pode aliar a qualidade artística à vertente comercial, no bom sentido do termo, sem desvirtuar projectos nem fazer mais cedências do que as estritamente necessárias. Mais, assumindo o objectivo de constituir um (bom) divertimento (bem feito) e tendo como meta chegar ao máximo possível de leitores, não só ao (curto) nicho habitual.
Exemplos recentes são BRK, de Filipe Pina e Filipe Andrade, Asteroid Fighter de Rui Lacas, e, agora, este livro. Que tem génese estranha, quase tanto como a história que narra. Porque nasceu em Tondela; porque na sua origem está Filipe Melo, músico e cineasta (I’ll see you in my dreams, Um mundo catita); porque resulta de uma parceria luso/argentina (nacionalidade do desenhador e também do colorista); porque esteve para ser um filme e acabou como BD (para benefício dos leitores de quadradinhos – de todos os que lerem estes quadradinhos).
A história reúne um entregador de pizzas, um detective do oculto, um demónio que encarnou num corpo de criança e a cabeça duma gárgula, que percorrem as entranhas de Lisboa, para descobrirem quem anda a raptar as crianças lisboetas e, juntamente com um sem número de monstros e demónios, combaterem uma (nova) ameaça nazi.
O tom é tão fantástico, rocambolesco e delirante quanto o resumo deixa entender, cruzando um sem número de referências e citações, de Jackie Chan aos Gremlins, de Casablanca a Howard, the Duck, de Hellboy a Dylan Dog, do policial negro ao cinema fantástico, numa narrativa de ritmo acelerado, de cortar o fôlego, em que as surpresas e o bom humor são recorrentes página após página, até ao desfecho final que deixa tudo em aberto para uma nova BD… pela qual se fica ansiosamente à espera.
E se foi preciso ir à Argentina buscar o desenhador, ainda bem que assim foi, pois o traço de Juan Cavia, de volumes bem definidos, a um tempo semi-realista e caricatural, e de um grande dinamismo, onde se adivinha sem dificuldade a sua experiência cinematográfica, imprimiu ao relato o ritmo que ele pedia, através do uso dos mais variados planos e de uma planificação multifacetada, multiplicando vinhetas ou optando por páginas com um desenho só.

A reter
- O desenho, o ritmo, o humor, as homenagens. Uma BD muito bem feita.
- A magnífica edição da Tinta da China.
- O making of escrito por Ana Markl que ocupa as últimas páginas do livro.

Menos conseguido
- A capa, pouco chamativa, sem imagem…

Curiosidade
- Afinal qual a alcunha de Eurico Catatau? Pizza Boy, PizzaBoy (como na capa do livro) ou Pizzaboy (como Filipe Melo escreve)…?

(Versão revista e aumentada do texto publicado originalmente a 13 de Março de 2010, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)

18/03/2010

As Leituras dos Heróis – Dog Mendonça, Pizzaboy, Pazuul e Gárgula

(Segundo a opinião de Filipe Melo)

Pergunta - Se lessem banda desenhada quais seriam as preferidas de Dog Mendonça, Pizzaboy, Pazuul e Gárgula?

Resposta – Dog Mendonça: Cavaleiro Andante e Mosquito; o Eurico Catatau (Pizzaboy) mantém-se informado por causa do seu colega Vasco, que colecciona BD. As BD´s favoritas dele são Hellblazer, Hellboy, Batman - Arham Asylum, Sandman (do Neil Gaiman), Swamp Thing (do Alan Moore), Ronin e Elektra (do Frank Miller), X-Men Dark Phoenix Saga e Blueberry (de Jean Giraud e Charlier); o Pazuul só gosta do José Carlos Fernandes e a Gárgula lê Tio Patinhas, Pato Donald, Turma da Mónica e Recruta Zero.

15/03/2010

Entrevista com Filipe Melo


















Chamam-se Dog Mendonça e Pizza Boy e correm o risco de fazer história nas histórias aos quadradinhos nacionais porque acabam de salvar o mundo, num relato delirante acabado de chegar às livrarias. Mas a verdade, é que o principal responsável por isto é Filipe Melo, “pianista de jazz de profissão”, que apesar de querer “ter mais tempo para melhorar” a sua música, mete-se “em aventuras que não deixam muito tempo para o piano, como o cinema” – onde realizou o mais famoso filme de zombies nacional, “I'll see you in my dreams” e a série televisiva “Mundo Catita” – e agora “também a banda desenhada”. Para esta última, transportou as suas influências do cinema fantástico - de “Gremlins” a “Regresso ao Futuro”, de “Matrix” às obras de John Landis, que prefacia o livro – e de outro mais sério, como “Casablanca”, e da BD, de “Hellboy” a “Dylan Dog”.
Durante uma conversa numa sessão de promoção do livro, que teve lugar na livraria Central Comics, no Porto, dia 6 de Março, revelou que tudo começou por um sem número de ideias “anotadas em post-its, até o conjunto começar a tomar forma. Depois, seguiu-se um retiro “em Tondela, onde em cerca de 20 dias” escreveu “de forma muito detalhada o guião do que deveria ser um filme”, pois demorou muito tempo “a perceber que esta história tinha que ser contada em BD”. Hoje, satisfeito com o resultado final de uma “obra feita pelas razões certas, por gosto, não para ganhar dinheiro”, pensa que “teria dado um mau filme, pois não haveria dinheiro suficiente para os efeitos especiais necessários!”.
Depois do seu argumento passar por uma série de pessoas pois acredita “que se ganha muito no plano colaborativo”, e ter tido algumas “alterações superficiais”, após uma série de peripécias, acabou por “encontrar o desenhador na Argentina”, com quem trabalhou ao longo de um ano, através de mails e do Skype. Pessoalmente, só se conheceram “há dias, quando o desenhador chegou ao nosso país”, para participar numa série de eventos de promoção do livro.
Livro para o qual imagina como banda sonora “um grande arranjo orquestral” em que os seus (invulgares) heróis – que incluem um demónio encarnado no corpo de uma criança e uma gárgula - têm de “salvar o mundo e tentar conquistar uma rapariga”, combatendo um eventual regresso do Quarto Reich. E tudo acontece em Lisboa, “baseado no facto de durante a II Guerra Mundial a capital portuguesa ter fervilhado de espiões e refugiados”.
E se a hipótese de ver publicados os seus heróis noutros mercados já lhe passou pela cabeça, primeiro quer tratar da promoção nacional e de tentar esgotar “o mais rápido possível os 1300 exemplares desta edição”. Depois de cumprir esta missão, pode ser que “mande uns mails e faça uns contactos, para tentar que o livro seja publicado noutro sítio, nem que seja no Sri lanka!”.
Entretanto, qual bom zombie, está morto… “por convencer toda a gente a fazer a sequela”. Que até já tem título – “Apocalipse” – e que parte das mesmas premissas: “acontecimentos muito estranhos, Lisboa como ponto de partida e a missão de salvar o mundo em 12 horas”. Começará “cinco anos depois da primeira história” e nela “o Pizza Boy, que não teve muitas mais oportunidades de salvar o planeta, teve que ir trabalhar para um call-center, a única actividade mais deprimente do que ser entregador de pizzas”. E como foi pensada desde a sua génese como “novela gráfica, isso permite destruir muito mais coisas!” Por isso, Filipe Melo revela que no seu final “Portugal vai ficar feito em cacos!”

(Versão alargada do texto publicado no Jornal de Notícias de 11 de Marços de 2010)

04/03/2010

Lançamento - As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy

Filipe Melo (argumento)
Juan Cavia (desenho)
Santiago Villa (cor)
Tinta da China (Portugal, Fevereiro de 2010)
165 x 240 mm, 120 p. cor, brochado com badanas


Depois da Zona Fantástica a banda desenhada regressa ao Fantasporto e ao Rivoli para o lançamento de “As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy”, um dos títulos que vai marcar o panorama nacional de quadradinhos em 2010.
Novela gráfica escrita por Filipe Melo (pianista de Jazz e autor da curta-metragem de terror "I'll See You In My Dreams" e da série televisiva “Mundo catita”) e desenhada pelo argentino Juan Cavia, reúne um entregador de pizzas, um detective do oculto, um demónio que encarnou numa criança e a cabeça duma gárgula, que percorrem as entranhas de Lisboa, para descobrirem quem anda a raptar as crianças lisboetas e combaterem uma (nova) ameaça nazi.
De tom delirante e fantástico, cruza referências e citações da literatura, cinema e BD, numa narrativa de rimo acelerado, em que as surpresas e o bom humor são recorrentes.
Depois da apresentação pública amanhã, os autores de “As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy” iniciam um périplo pelo país para autógrafos e conversas com os leitores, com as seguintes paragens já programadas:
- 6 de Março, às 16h00, na Central Comics - Porto
- 6 de Março, às 18h00, na Fnac Sta Catarina - Porto
- 6 de Março, às 21h30, na Fnac Braga - Braga
- 8 de Março, às 21h30, no Acert - Tondela
- 9 de Março, às 20h00, na Tertúlia de BD de Lisboa
- 10 de Março, às 18h30, na Dr.Kartoon - Coimbra
- 10 de Março, às 21h30, na Fnac Coimbra - Coimbra
- 11 de Março, às 20h00, na Fnac Chiado - Lisboa
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