Há 75 anos, os jornais norte-americanos estreavam um dos
menos convencionais cowboys dos quadradinhos: Red Ryder, que em Portugal também ficou conhecido como o Cavaleiro Ruivo.
Criação do norte-americano Fred Harman (1902-1982), antigo
companheiro de Walt Disney na Kansas City Film Ad Company, Red Ryder surgiu
após a tentativa fracassada de manter outra criação sua, Bronco Peeter, à margem dos grandes sindicatos de distribuição de
BD nos Estados Unidos.
A estreia aconteceu sob a forma de prancha dominical
colorida, mas veio a protagonizar também uma tira diária (a partir de 27 de
Março de 1939) e um comic-book (entre 1940 e 1957), sendo adaptado ao cinema
por diversas vezes.
Red Ryder era um cowboy de farta cabeleira ruiva, protagonista
de um western atípico, ambientado no final do século XIX, entre o fim das
guerras com os índios e a invenção do automóvel, com o traço caricatural
ajustado ao tom semi-humorístico adoptado.
Com a sua imponente tia, a Duquesa, Pequeno Castor, um índio adolescente ou o xerife Newt viveu tanto histórias convencionais com raptos e perseguições a ladrões de cavalos, quanto outras com fundo humano e social ou episódios puramente divertidos em que podia acabar a fazer tarefas domésticas, a trabalhar num circo para pagar dívidas ou a acolher pequenos meliantes em fuga de mulheres prepotentes e um rancho de filhos.
Com a sua imponente tia, a Duquesa, Pequeno Castor, um índio adolescente ou o xerife Newt viveu tanto histórias convencionais com raptos e perseguições a ladrões de cavalos, quanto outras com fundo humano e social ou episódios puramente divertidos em que podia acabar a fazer tarefas domésticas, a trabalhar num circo para pagar dívidas ou a acolher pequenos meliantes em fuga de mulheres prepotentes e um rancho de filhos.
A par da originalidade, outra das razões para o sucesso da
série foi a autenticidade dos cenários em que a acção decorria, a cidade de
Rimrock, no Colorado, nas proximidades das San Juan Mountains, zona que o seu
criador conhecia muito bem, pois tinha vivido lá na infância e onde anos mais
tarde viria a comprar um rancho.
Em 1960, Herman abandonou Red Ryder para se dedicar à
pintura, tendo Bob McLeod prosseguido com as suas aventuras durante mais quatro
anos.
Em Portugal a série atingiu alguma popularidade na década de
1950, tendo surgido em publicações da Agência Portuguesa de Revistas, como o Mundo
de Aventuras, Águia, Audácia, Condor, Tigre ou Ciclone.