
Drawn & Quarterly (EUA, Janeiro de 2011)
135 x 150 mm, 56 p., pb, cartonado, 9,95 $USA
De entre os muitos autores – muitos deles então ainda a começar nos quadradinhos – que conheci e descobri no Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto – Miguelanxo Prado, Seth, Roberta Gregory, Chester Brown, Bezian, Dave McKean, Ed Brubaker, Étienne Davodeau, Lewis Trondheim, Marjane Satrapi… - alguns há cuja carreira tenho acompanhado (mais ou menos) de perto. Adrian Tomine é um deles.
Dono de um traço limpo, fino e delicado, expressivo e bastante pormenorizado, onde se adivinha mais trabalho do que espontaneidade, revelou-se em Optic Nerve,

Pouco social, um tanto ou quanto obsessivo compulsivo, a par das suas ilustrações para, entre outros, The New Yorker, tem narrado também em obras como Sleepwalk and Other Stories e no (aclamado) Shortcomings, aspectos corriqueiros (ou nem tanto) do seu dia-a-dia, dando uma visão sensível, algo crítica e, por vezes, mesmo mordaz da sua intimidade e da forma como (não?) se relaciona com os outros, num exercício onde se adivinha muito muito de catarse e que fez dele um dos expoentes mais interessantes da autobiografia em quadradinhos.
Agora, com este (mini-)livro, continuando fiel à temática e à linha condutora que sempre o tem norteado, revela uma faceta menos presente nos títulos anteriores, um sentido de humor ácido e irónico,

Se Tomine mantém o seu traço habitual, que funciona perfeitamente apesar do reduzido tamanho das páginas, não deixam de ser curiosos dois piscares de olhos a dois clássicos dos quadradinhos americanos: F

