Temperamental, irascível, impulsivo, de ferver em pouca
água, Donald Duck, aliás Pato Donald, estreou-se a 9 de Junho de 1934, em The Wise Little Hen, um filme de
animação de Walt Disney.
Descubra como o pato mais popular do mundo saiu do ovo, já a
seguir.

Nela, Donald Fauntleroy Duck (o seu nome completo) fazia a
primeira aparição cerca dos 2 minutos, era apenas personagem secundária e,
apesar de já exibir o grasnar e o mau feitio que o fariam célebre, fisicamente
mostrava diferenças significativas em relação ao pato que hoje (re)conhecemos.
Era mais gordo, tinha as patas mais cheias, olhos menos vivos e um bico bem
mais longo, mas a camisola e boné de marinheiro, azuis, já constituíam todo o
seu guarda-roupa.
Um dos motivos para o sucesso de Donald, foi a voz, mistura
semi-ininteligível de fala e grasnados, criação de Clarence Nash (1904-1985), que
ao longo dos anos repetiu a experiência em mais de 100 filmes e também noutras
línguas, como espanhol ou brasileiro.

A chegada aos quadradinhos nos jornais, poucos meses depois
da estreia, numa adaptação do filme escrita por Ted Osborne e desenhada por Al Taliaferro,
deu-lhe maior visibilidade, que teria maior expressão na revista com o seu nome,
quatro anos volvidos.
Até hoje, protagonizou mais de 200 películas, incluindo Moving Day (1936), em que assumiu o
aspecto moderno, Donald’s Nephews
(1938), onde estrearam os seus sobrinhos Huey, Dewey e Louie (Huguinho, Zézinho
ou Luisinho), Mr. Duck Steps Out (1940),
quando conheceu Daisy Duck (Margarida), a sua noiva eterna, The Spirit of '43 (1943), em que Scrooge
McDuck (Tio Patinhas) faz a sua primeira aparição, ou Der Fuehrer's Face (1943),
um filme de propaganda antinazi que recebeu um Óscar.
No entanto, só a partir de 1942, com Carl Barks (1901-2000)
– o ‘desenhador dos patos’ Disney – é que Donald se autonomizou de Mickey.
Ao
longo de 25 anos e mais de meio milhar de bandas desenhadas, Barks, com um
notável sentido de humor, mordaz e satírico, humanizou-o, fazendo dele um
espelho dos defeitos e vícios da sociedade. E, dessa forma, fez-nos rir de nós próprios quase
sem o percebermos, através da sua interacção com os habitantes de Patópolis,
onde se incluíam os familiares já citados, o sortudo Gastão, rival na conquista
sempre renovada de Margarida, o estouvado primo Peninha, a sensata Vovó Donalda,
o genial inventor professor Pardal, o Silva, vizinho com quem travou guerras
épicas, dando largas ao seu mau humor e muitos mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário