A 11 de Junho de 1934, a banda desenhada ganhava um novo e
carismático herói: Mandrake, the magician, que enfrentava bandidos, vilões e
até extraterrestres utilizando magia – que, com o passar dos anos, deu lugar
apenas ao ilusionismo e ao hipnotismo, devido à pressão de sectores cristãos.
Evocação do mago já a seguir.

Noivo da princesa Narda (com quem casaria décadas mais
tarde),e sempre acompanhado pelo fiel Lotário, um negro de grande estatura e
força, que entrava em acção quando a magia falhava, Mandrake conquistou rapidamente
os leitores, tendo saltado para o cinema cinco anos depois.
As aventuras, geralmente tendo como ponto de partida Xanadu,
a sua mansão, tanto decorriam em cenários urbanos como exóticos e a galeria de
personagens incluía Theron, pai de Mandrake e responsável pela escola de magia
onde ele aprendeu, Hojo, o cozinheiro japonês do mágico e chefe secreto da
Inter-Intel uma organização internacional de combate ao crime, ou os vilões
Cobra, antigo professor da escola de magia e Derek, gémeo do protagonista.

Portugal demorou década e meia a descobrir o mago dos
quadradinhos, que se estreou no Mundo de Aventuras, em 1950, sendo depois
presença recorrente nas páginas das revistas da Agência Portuguesa de Revistas
e da Portugal Press, por vezes como Mandraque ou D. Enigma. As suas tiras
marcaram também presença durante vários anos nas páginas do Jornal de Notícias.
(Versão revista e ampliada do texto publicado no Jornal de
Notícias de 11 de Junho de 2014)
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