A editora norte-americana Marvel Comics lançou, com data de
Julho de 2015, uma nova revista intitulada “A-Force”, que é uma versão no feminino
dos Vingadores (The Avengers).
Deste grupo farão parte personagens clássicas como a Capitã
Marvel, Feiticeira Escarlate, Vespa, She-Hulk e Mulher-Aranha, que em
determinada altura já passaram pelos Vingadores, a par de outras novas, como
Singularity, que apresenta poderes cósmicos. Jane Foster, a actual versão
feminina do deus nórdico Thor, e Ms. Marvel (Kamala Khan), que integram a
formação actual dos Vingadores, também terão participações na A-Force. E muitas
outras, como Medusa, Cristal ou Nico Minoru poderão integrá-lo, a julgar pelas
mais de duas dezenas de super-heroínas mostradas na capa do número inaugural da
revista.
A ideia, segundo G. Willow Wilson, co-argumentista da série
em parceria com Marguerite Bennett, “é compor uma equipa de personagens provenientes
de diferentes sectores do universo Marvel, com diferentes poderes, identidades
e ideologias”.
A série inicia-se na sequência da saga “Guerras Secretas”,
em curso em todas as revistas da editora, que vai remodelar o Universo Marvel e
terá como ponto de partida um mundo chamado Arcadia, “uma espécie de paraíso
feminino”, nas palavras de Wilson. Nele, esclarece Bennett, o aparecimento de
uma ameaça leva as “heroínas da Marvel, líderes dessa civilização” a unirem-se
para lhe fazer frente. E acrescenta: “em Arcadia continua a haver homens e
heróis, mas são as heroínas que lideram; foi assim que esse mundo evoluiu. Elas
são competentes, mais inteligentes e governam devido às suas capacidades,
porque são as melhores para o fazer”.
A primeira vez
Num universo que sempre teve grandes mulheres, com
importância determinante no seu desenvolvimento – como Susan Storm, do Quarteto
Fantástico e Jean Grey, dos X-Men, ou, mais recentemente, a Viúva Negra, dos
Vingadores – não surpreende que esta não seja uma ideia nova.
Na verdade, o primeiro supergrupo feminino da Marvel estreou
logo em 1970, na revista “Avengers” #83, que apresentava as "Ladies
Liberators". Nele, Roy Thomas e John Buscema juntavam Valquíria,
Feiticeira Escarlate, Viúva Negra, Medusa e Vespa, um grupo feminista apostado em,
como se lia na capa, “acabar com os machos porcos chauvinistas”, transformando as
páginas habitualmente protagonizadas pelos Vingadores numa verdadeira guerra
dos sexos, como reflexo da sociedade norte-americana de então.
Mulher-Aranha grávida
Para além de integrar a A-Force, a Mulher-Aranha vai estar
proximamente em destaque no Universo Marvel. Segundo o jornal britânico “The
Guardian”, na próxima edição da revista, Jessica Drew, a sua identidade secreta,
vai surgir grávida de oito meses.
“Mãe de dia, super-heroína à noite” será o mote, embora a
Marvel ainda não tenha explicado como ela irá combater o crime com uma barriga
tão grande nem quem é o pai, sabendo-se apenas que a história começará 7 meses após
as Guerras Secretas.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
9 de Julho de 2015)
Não haverá noção de ridículo pelos lados da Marvel?
ResponderEliminarAte parece que a dc não tem: https://d1466nnw0ex81e.cloudfront.net/n_iv/600/568753.jpg
ResponderEliminarhttps://d1466nnw0ex81e.cloudfront.net/n_iv/600/1142495.jpg