O acaso - um curioso acaso! - agrupou a leitura (mais ou menos) simultânea desta obra por membros de um grupo do facebok e mediatizou - nesse curto círculo, apesar do atraso na publicação deste texto... - este Todo Paracuellos, juntando-se agora esta análise à do Rascunhos.


Às diabruras, alegria de viver e natural
irrequietude infantil, as casas de acolhimento - os seus responsáveis
e (todos) os que lá trabalhavam - à imagem do que Franco fazia à
Espanha, contrapunham um quotidiano duro e violento, inumano e cruel,
matando sonhos á nascença, negando os mais elementares direitos,
violentando mais psíquica mas também fisicamente aquelas crianças,
educadas (?) a murro e pontapé - literal e violentamente.
Chocante pela duríssima realidade retratada,
que abafa e quase mata a ternura própria da idade e o pouco humor
que Giménez se atreveu a colocar na sua narrativa Todo
Paracuellos é uma daquelas obras
que é obrigatório ler, menos pela sua (inegável) riqueza gráfica
e narrativa, mas mais pelo tom documental e absurdamente chocante da
realidade exposta.
Todo Paracuellos
Edición Comemorativa 40.º aniversario;
Inclui os álbuns I a VI
Carlos Giménez
De Bols!llo
Espanha, 2016
215 x 165 mm, 608 p., pb, capa dura com
sobrecapa
22 €
A expressividade de Carlos Giménez é chocante, entre o cartoonesco e o realista.
ResponderEliminarAinda me lembro da primeira vez que li um trabalho dele, foi o Koolau El Leproso para aí no início dos anos 80, baseado numa estória de Jack London, antes disso apenas Hugo Pratt me tinha impressionado tanto com o seu uso do preto e branco.
Parece que existe uma versão do Paracuellos em cores?
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