10/06/2011

VII Festival de BD de Beja (IV)

Fim e balanço
Foto de Jorge Machado Dias
Para descanso (bem merecido) de Paulo Monteiro e da sua equipa, mais uma vez francamente de parabéns, termina no próximo domingo o VII Festival de BD de Beja.
Para quem (ainda) não foi lá, há motivos mais que suficientes para justificar a deslocação, como pode ser visto nas reportagens fotográficas do Tex Willer Blog, do Kuentro (em dose dupla), do Leituras de BD ou do Notas Bedéfilas, já que a minha máquina fotográfica ficou em casa…
Da programação paralela para este fim-de-semana, para além da visita às 17 exposições de originais patentes – que se aconselha vivamente –, constam concertos hoje e amanhã, às 23h30 na Galeria do Desassossego, e a Festa de Encerramento, no domingo, às 19h30, onde será lançado o fanzine Café e Cigarros #2.
E, chegados ao fim, já a salivar pelo Festival de 2012, aqui ficam alguns apontamentos em jeito de balanço.
Fotos de Jorge Machado Dias

A reter
- A hospitalidade do Paulo Monteiro em particular e do festival em geral. Porque Beja, hoje, antes de ser um festival, é uma enorme tertúlia, um indispensável convívio com autores, críticos, divulgadores e simples leitores de BD, que facilmente se perdem em conversas apaixonadas ou interessadas, acabando por passar ao lado de alguns com quem até se queria falar. Por isso, àqueles que defendem um crescimento do evento, eu digo não, para não se perder este aspecto tão único. Aliás, já repararam como Beja também se está a transformar num festival familiar (e por mim falo…), com a presença crescente de maridos, esposas e filhos dos “protagonistas”?
Foto de Jorge Machado Dias
- O bom gosto evidente na progra-mação, que permite confirmar ou descobrir talentos.
- A qualidade e sobriedade das exposições.
- A presença de autores como Loustal e Milazzo.
- A justificada aposta no “quarteto fantástico” português da Marvel, de quem muito há a esperar… fora dela!
- A (re)descoberta de Relvas.
- O grande número de lançamentos que lá tiveram lugar.
- A oferta variada que o mercado do livro proporciona, este ano a obriga à montagem de uma tenda para albergar todas as bancas, embora alguns teimem em manter-se à margem dos locais onde a BD se vende, vá lá entender-se porquê…
- A programação paralela, aliciante e diversificada.

Foto de Jorge Machado Dias
Menos conseguido
- Apesar de tudo, o layout das exposições, que talvez merecesse ser repensado. Sei que o principal são as pranchas – e elas eram muitas e muito boas mais uma vez… - mas a arquitectura era sensivelmente a mesma de todos os anos…
- Falo só pelo sábado de abertura, sem ideia do que aconteceu depois, mas não tenho dúvida que o festival, nesse dia, merecia mais visitantes.
- A distância de Beja a Gaia. Vou lançar um abaixo-assinado para puxar a cidade mais para cima ou, em alternativa, façam o favor de abrir o aeroporto ao tráfego aéreo civil, pelo menos no fim-de-semana de abertura do festival!

2 comentários:

  1. Pois, é devido à distância que eu guardo umas moedas para poder dormir lá pelo menos uma noite. Este ano optei por ficar duas noites, não fica assim tão caro como isso, e a diversão é muito maior...
    ;D

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  2. Pedro Cleto13/6/11 16:25

    Viva Bongop!
    E fazes bem, porque para desfrutar plenamente do Festival de Beja é necessário estar lá (pelo menos) de sábado para domingo...
    Abraço!

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