Tyler Cross é um assassino contratado, que de repente se
encontra com 17 quilos de heroína pura (no valor de meio milhão de dólares),
21,80 dólares no bolso e muita gente a persegui-lo.
Encontrá-lo é fácil: basta seguir o rasto de cadáveres…~
O desenvolvimento de um policial puro e duro, na linha dos
grandes mestres do género, tradicional mas surpreendente, já a seguir.
Um daqueles que se
chamam para resolver os problemas mais delicados. No caso, a mando de um mafioso
decrépito que caminha em passo acelerado para o seu fim, dar uma lição ao seu sobrinho,
que quer traficar heroína por conta própria.
Tudo corre bem (mal para o sobrinho e os seus associados e para a parceira de Cross)
quando o senhor do crime decide partir desta para melhor (ou não) e o deixa com 17 quilos de heroína pura nos braços, sozinho em pleno deserto e sem
ninguém a quem cobrar o contrato.
A chegada a Black Rock não lhe facilita a vida, pois os
donos da povoação, a família Pragg (xerife, banqueiro, presidente da Câmara),
habituada a fazer-se obedecer voluntariamente (à força), (pela força) do
dinheiro e/ou pela força, decide tratá-lo como persona non grata e descobrir os
segredos que esconde.

A planificação sóbria, mas muito eficaz, a par de uma
narrativa que entremeia alguns flashbacks que explicam o porquê de algumas
cenas depois de elas acontecerem, em especial na primeira metade do relato,
confere um ritmo e uma dinâmica bem conseguidas a este álbum de estreia de uma
personagem que, longe de ser simpática ou cativante, mesmo assim prende e obriga a seguir a
leitura página após página.

E não têm sido tão poucos assim…
Tyler Cross
Fabien Nury
(argumento)
Brüno (Desenho)
Dargaud
França, Agosto de 2013
104 p., cor, cartonado, 16,95 €
Será um dos "melhores policiais aos quadradinhos..." que leste nos últimos tempos mas eu achei-o, como BD, quase banal. Mil vezes preferível a "trilogia MIllenium", o "quarteto de Sevilha" do Robert Wilson, etc., etc.
ResponderEliminarRC,
EliminarTodos nós temos os nossos "padrões" e o que eu escrevo é apenas reflexo dos meus, a minha opinião.
Complementando a ideia que transcreveste, posso acrescentar que é um dos melhores policiais aos quadradinhos que li nos li nos últimos anos - e não foram assim tão poucos - e que como BD não achei Tyler Cross nada banal... bem pelo contrário!
Prefiro a trilogia Millenium (em romance)? Com certeza. E tenho curiosidade em ler a sua versão em BD? Alguma, a par de um grande medo pois não vejo como é possível adaptar uma obra daquela dimensão em a trair...
Boas leituras!