Uma novela gráfica de cariz autobiográfico e alcance
político em que, com um humor arrasador e uma grande sensibilidade, o autor
conta a sua infância e juventude na Líbia do General Kadafi e na Síria de Hafez
Al-Assad.
A ideia desta obra – confessa o autor – remonta aos começos
da guerra civil na Síria, em Março de 2011. A fusão da sua história pessoal com
a História real do mundo árabe, ambas contadas através do olhar inocente da
criança que ele é na narrativa, dá a este álbum uma importante dimensão
sociológica e confirma que a autobiografia é um dos segmentos maiores da BD actual.
Primeiro volume de uma anunciada trilogia, este título
atingiu já em França o estatuto de bestseller, com mais de 220.000 exemplares
vendidos desde o seu lançamento, em maio de 2014.
O 2º volume, ansiosamente aguardado pelo público e pela crítica, acaba de ser
lançado em França (a 11 de Junho) com uma tiragem 130.000 exemplares, um número
muito acima do normal para este género literário. Internacionalmente o sucesso
desta obra é também assinalável, encontrando-se até ao momento já vendidos os
direitos de tradução para 16 línguas, entre as quais o árabe.
Prémios
Fauve d’Or para o Melhor Álbum do Ano no Festival Internacional
de BD de Angoulême 2015
Grande prémio RTL 2014 para o Melhor Livro de BD do Ano
Melhor BD no Festival do Livro de Saint-Étienne 2014
O Árabe do Futuro
Riad Sattouf
Teorema
Portugal, 14 de Julho de
2015
170 x 240 mm, 160 p.,
pb+ 1 cor, capa mole com badanas
ISBN: 9789724750231
EAN: 978-9724750231
É agradável ver outras editoras a arriscarem um pouco na BD. Veremos se será para continuar, esperando eu que pelo menos esta trilogia, a Teorema não a deixe pelo meio.
ResponderEliminarEm verdade, foram anunciados quatro volumes.
ResponderEliminarQue boa notícia. Esta foi umas das melhores BD que tive o prazer de ler este ano. Fico com pena que tenha comprado a versão original. Espero que continuem a publicar e passem já para o segundo volume.
ResponderEliminarTenho muita curiosidade sobre como será a recepção desta história nas culturas árabes. Alguém saberia?
ResponderEliminarSeria com certeza mal recebida, Luís Olavo Dantas, desde logo porque lá, por motivos religiosos, não é autorizada a reprodução da figura humana. Mesmo que lá chegasse, como o retrato que Sattouf traça desses países não é muito abonatório, com certeza este livro seria proibido.
EliminarBoas leituras!