A dor
da separação dos pais, na óptica de uma menina de seis anos.
Ternura e emoção à flor... do papel, numa bela BD de Felipe Nunes.
Laila
tem 6 anos. Está sempre sozinha, em casa, desde que os pais se
separaram. Deixou a escola, deixou os amigos - os amigos
deixaram-na... -, deixou as brincadeiras no parque.
Sozinha,
sem perceber porquê - sem perceber os porquês - resta-lhe o
inopinado amigo que lhe surgiu na ponta do seus binóculos: um dodó,
um pássaro extinto como todos (nós) sabemos. O da história,
aparentemente, não.
Mas
Rafa - assim baptizou Laila o seu dodó - não é o calmo parceiro de
brincadeiras que ela ansiava, revela-se um ser emotivo e de reacções
inesperadas.
Simples
história sobre um amigo 'imaginário', narrativa linear, se (só)
assim a quisermos ler, ou um caso de dupla (e estranha) personalidade
(e parecença física...), Dodô é, em qualquer dos casos -
mais nuns do que noutros, segundo a nossa própria sensibilidade -
uma bela história sobre lares desfeitos, vidas a necessitarem de se
recomporem e equilíbrios que precisam de ser encontrados. E, acima
de tudo, embalado pela enorme
expressividade e a enganadora leveza do traço de Felipe Nunes que
arrasta o leitor pelas páginas, é um terno relato sobre a
surpreendente força e capacidade de resistência das crianças
perante as adversidades.
Dodô
Felipe
Nunes
Kingpin
Books
Portugal,
Outubro de 2017
175
x 240 mm, 80 p., cor, capa dura
13,99
€
(imagens
disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as apreciar em toda
a sua extensão)
Falta um pedaço do texto no final.
ResponderEliminarObrigado pela leitura atenta. Já corrigi.
ResponderEliminarBoas leituras!