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17/07/2012

Asteroid Fighters #2 - Os Oráculos














Rui Lacas
ASA (Portugal, Junho de 2012)
205 x 290 mm, 72 p., cor, cartonado



Resumo
A corporação dos Asteroids Fighters continua a tentar evitar que o planeta Terra seja destruído pelos misteriosos asteróides explosivos, ao mesmo tempo que tentam descobrir a sua origem e quem está por detrás do seu lançamento.

Desenvolvimento
Depois de um intervalo demasiado longo – Asteroid Fighters#1 – O Início foi editado em Outubro de 2009 - surge finalmente o segundo tomo desta saga que, de forma resumida – embora algo precipitada – pode ser classificada (apenas) como uma verdadeira história de super-heróis.
Curiosamente, a sua maior qualidade – a originalidade do contexto e (dos poderes) das personagens – é também o seu maior defeito. Porque falta ao leitor sentir a familiaridade que geralmente sente em relação a outras narrativas de super-heróis, e que gera a empatia necessária com elas.
Apesar disso, a narrativa, bem ritmada, lê-se com agrado – e cumpre, assim, aquela que é sem dúvida a sua primeira premissa: divertir – e, apesar de já fornecer algumas respostas, nomeadamente quanto à origem e identidade do vilão de serviço, deixa o leitor suficientemente em suspenso, ansiando pelo próximo tomo da série.
Para isso contribui o traço desenvolto de Lacas, que revela uma grande segurança e à-vontade, quer no retrato das personagens, quer na composição das cenas, ricas, diversificadas e, geralmente, com uma planificação muito dinâmica - a que não é estranha alguma influência manga, assimilada ao seu estilo bem pessoal – contribuindo o todo para garantir um bom ritmo narrativo.
Claro está, fosse outro o meio aos quadradinhos em que Asteroid Fighters nasceu – um contexto onde existisse uma indústria e um mercado reais – e esta poderia ser apenas a introdução a um universo com muito para contar e por onde se desenvolver – apesar da especificidade das ameaças que os Asteroid Fighters combatem – pois as personagens ricas e estimulantes, com passado, presente e futuro para explorar são muitas. Estando nós em Portugal, resta-nos esperar pela conclusão deste tríptico – era esse o plano inicial – se possível num prazo menos dilatado do que aquele que mediou entre os dois primeiros tomos.

A reter
- A originalidade do conceito e das personagens que sustentam esta saga.
- A desenvoltura gráfica de Rui Lacas, um dos grandes narradores portugueses contemporâneos aos quadradinhos.
- O aproveitamento das guardas para apresentação dos vários intervenientes…
- … que, curiosamente, são inspirados nos amigos – também autores de BD ou ilustradores – de Lacas.

Menos conseguido
- O excessivo período de tempo que mediou entre a edição dos dois primeiros tomos de Asteroid Fighters.


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