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16/02/2023

Horácio Completo #4

Passado e presente... para o futuro





Com este quarto volume, fica fechada em pouco mais de um ano a recuperação de todos os tablóides de Horácio, escritos e desenhados por Maurício de Sousa, para os suplementos infantis dos jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo.

06/06/2022

Terror no Inferno Verde + Horácio Completo #2

Memória(s) a dois tempos

Volto ao tema da memória que me serviu de mote há algumas semanas e que previa na altura se prolongasse por mais alguns textos mas, o multiplicar de edições e das consequentes leituras acabou por adiar a análise aos dois livros que proponho hoje.
Neles, a memória funciona a dois tempos.

24/12/2021

Horácio Completo: 1963 a 1969

A melhor prenda foi…


Li há muitos anos - num Mosquito antigo…? Num Mundo de Aventuras…? - um conto intitulado A melhor prenda era… Reflexo de uma era - a da ditadura portuguesa, de um certo miserabilismo cultivado à exaustão, tinha um tom delicodoce mas, vá lá saber-se porquê, ficou-me o título na memória e penso que não é a primeira vez que me serve de mote.
Se ficaria bem - para mais nesta quadra - apontar como melhor prenda as utopias mundialistas e socialmente correctas, como a paz no mundo, o fim da pandemia ou a recuperação ecológica do planeta, pessoalmente contento-me com um bom livro. Que tem a vantagem de o ser - boa prenda - em qualquer altura ou época. E até repetidamente.

06/11/2018

Horácio: Mãe

Com muito respeito




E quase a completar as duas dezenas de títulos, eis que Horácio chega - finalmente - às Graphic MSP.
E escrevo ‘finalmente’ porque a sua ausência era mais do que esperada.

27/05/2013

Horácio e Seus Amigos Dinossauros










Volume 1
Maurício de Sousa
Panini Comics
Brasil, Abril de 2013
210 x 290 mm, 116 p., cor, cartonado
R$ 46,00


Favorito de Maurício de Sousa entre todas as suas (muitas e conseguidas) criações, Horácio (res)surge agora de uma forma como (possivelmente muitos) nunca o viram. Com o grafismo de há meio século, quando o simpático T-Rex anão, ingénuo, solitário e vegetariano foi criado.

Fisicamente mais alto, mais magro e menos arredondado, mas em termos de carácter já com a base daquilo que ele viria a personificar e a simbolizar na obra de Maurício: um momento de paz e tranquilidade, a capacidade de olhar para a natureza com um sentimento de gratidão e de dívida e o desejo de estar em harmonia com ela, a vontade de ouvir os outros e partilhar angústias, tristezas, alegrias e anseios, o reencontro consigo próprio e com a tranquilidade interior que é fundamental para vivermos em lugar de apenas sobrevivermos.
Tudo temperado com um humor triste, delicado, ingénuo e tímido, como tímido e ingénuo é Horácio, o eterno órfão que nasceu de um ovo abandonado ao sol, em busca da mãe que nuca conheceu ou, mais ainda do que isso, em busca da integração numa sociedade que – tal como a de hoje – individualista e invejosa, olha de soslaio e tenta oprimir os desfavorecidos, os que são diferentes, os que não seguem o rebanho.
Nestas páginas, originalmente publicadas entre 1963 e 1965, nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de São Paulo, em boa hora recuperadas, Horácio é adoptado por pterodáctilos e mamutes, quase vira carnívoro, fica involuntariamente noivo, descobre um “irmãozinho” que afinal não era, comprova a visita de extraterrestres ao nosso planeta na pré-História, tem uma experiência sobrenatural, descobre árvores falantes, antevê o futuro (da humanidade), é ecologista antes de isso ser moda… e até se encontra com o Cebolinha e o resto da Turma (de então) em histórias que, apesar de terem 50 anos, estão escritas e se lêem como se tivessem sido feitas hoje.
Sobra espaço, ainda, para uma referência para a capa: simples, como o Horácio, mas bela, expressiva e de uma calma e tranquilidade assinaláveis.

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