Mostrar mensagens com a etiqueta Johan et Pirlouit. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Johan et Pirlouit. Mostrar todas as mensagens

17/12/2021

Méga Spirou #28

Schtroumpfástica!


Já o escrevi por aqui: sendo esta revista uma espécie de mostruário do (bom) catálogo de humor da Dupuis, o menor ou maior interesse de cada edição está intimamente ligado aos dois álbuns completos incluídos.
Sendo este um número dedicado aos schtroumpfs - e também por extensão a Peyo - dificilmente poderia ser melhor, ou não incluísse ele um dos álbuns fundadores da (fantástica) BD franco-belga dos anos 1960 e uma aventura longa completa dos pequenos seres azuis.
E mais ainda.

28/06/2018

Johan et Pirlouit: L’intégrale #3

Momento de viragem



É sabido que Johan et Pirlouit era a série preferida de Peyo, pela qual sentia especial carinho.
Neste terceiro - e penúltimo - volume integral, tudo parecia indicar um momento de viragem.
No entanto. a entrada em cena de uns conhecidos anõezinhos azuis, originalmente baptizados como Schtroumpfs, viria a alterar os planos do criador belga.

11/04/2011

Johan et Pirluit

A estreia há 65 anos
Há 65 anos, o jornal belga “La Dernière heure”, apresentava pela primeira vez Johan, um cavaleiro da idade média, alto e louro, protagonista de uma tira com quatro vinhetas. O seu autor, era um pouco conhecido Peyo, que viria a retomá-lo de forma ocasional por diversas vezes, até que, em 1952, ele se tornou um dos heróis regulares da revista Spirou, já moreno e, a partir do terceiro episódio, acompanhado pelo pequeno, irrequieto e desastrado Pirlouit. Juntos, viveriam pouco mais de duas dezenas de aventuras de capa e espada, entre narrativas curtas e longas, caracterizadas pelo heroísmo desinteressado de Joahn, as trapalhadas de Pirlouit, muita acção, algum mistério e um toque de fantástico, tudo sob a capa de um humor simples mas eficaz e de alguma ingenuidade. E pelo traço ágil, desenvolto e agradável do autor, servido por cores lisas e quentes.
No entanto, apesar de Peyo várias vezes a ter referido como a sua criação favorita, os dois heróis ficariam mais conhecidos pelo facto de nas suas páginas terem aparecido pela primeira vez, em 1958, no álbum “Les Flûte à six Schtroumpfs”, uns simpáticos anõezinhos azuis, que davam pelo curioso nome de Schtroumpfs.
Depois de mais algumas aventuras em comum, as duas séries dividiram-se, tendo Peyo conseguido conciliar ambas até 1970, data em que o sucesso crescente dos Schtroumpfs, uma criação mais original e divertida, o levou a abandonar os seus heróis de eleição.
Em Portugal, a série estreou-se em Julho de 1960, no “Álbum do Cavaleiro Andante #74”, rebaptizada como João e Pirolito. Voltaria depois, com a mesma denominação (ou como Joanico e Pirolito) no “Zorro”, “Jacaré”, “Nau Catrineta” e “Spirou” (2ª série), tendo a União Gráfica editado três álbuns nos anos 60: “O Juramento dos Vickings”, “A Flauta de Seis Schtrumpfs” e “O Anel dos Castellac”.

(Texto publicado no Jornal de Notícias de 11 de Abril de 2011)

17/11/2009

Johan et Pirlouit #4 - Les Années Schtroumpfs

Peyo (argumento e desenho)
Dupuis (Bélgica, Outubro de 2009)
218 x 230 mm, 276 p., cor, cartonado

Resumo
Johan foi criado por Peyo em 1946, num gag de apenas 4 vinhetas em que era louro. O autor recuperá-lo-ia mais tarde, já com cabelo preto, para protagonista de uma série medieval de capa e espada, de tom humorístico, acentuado pela formação de uma parelha com Pirlouit, a partir do terceiro tomo da série.
E se ela era a preferida do seu criador, hoje é mais conhecida por nas suas páginas terem surgido pela primeira vez os célebres Schtroumpfs, cujo sucesso obrigou Peyo a abandonar progressivamente Johan et Pirlouit, ao cabo de 13 álbuns e algumas histórias curtas.
Este quarto e último volume da reedição integral inclui os álbuns “La guerre des 7 fontaines”, “L'anneau des Castellac”, “Le pays maudit” e “Le sortilège de Maltrochu”, todos datados dos anos 60 e os últimos escritos e desenhados por Peyo, então em paralelo com as primeras aventuras dos anõeszinhos azuis.

Desenvolvimento
A participação destes últimos numa das histórias, aliás, faz perceber porque tiveram mais sucesso que os dois heróis em questão, devido à sua originalidade.
Porque “Johan et Pirlouit”, uma banda desenhada de humor e acção, dentro de um género então popular, não tinha maiores ambições do que o distrair e dispor bem, o que, refira-se consegue com eficácia.
As histórias revelam a construção semana a semana, sem argumento nem ritmo definido, para além de uma ideia geral, adivinhando-se que Peyo – como todos os seus colegas de então, homem de mil e um heróis e histórias – ia descobrindo as façanhas dos seus heróis ao mesmo tempo que as contava aos seus leitores.
Apesar disso, a sua leitura não permite descobrir lapsos de maior ao nível dos argumentos, que combinam aventura, feitiçaria, seres fantásticos ou misteriosos, humor e acção em doses equilibradas, sejam os heróis movidos pelo desejo de ajudar um fantasma a reencontrar paz de espírito, um náufrago a reconquistar o seu ducado, o seu rei a redescobrir a alegria de viver ou um príncipe transformado em cão a recuperar a forma humana. Tudo no meio de muitos perigos, diversas surpresas, inúmeras peripécias, gags divertidos e actos de coragem, no final dos quais os heróis vencem sempre e o bem prevalece.
O traço de Peyo, ágil, vivo, expressivo e agradável, contribui para uma leitura agradável, fluida e dinâmica.

Relidas hoje, com o distanciamento que o tempo e a época actual permitem, as aventuras de Johan et Pirlouit valem pelo reencontro com uma ingenuidade genuína que a banda desenhada de então tinha – para o bem e para o mal… – e que nos nossos dias raramente ostenta.

A reter
- O completo dossier sobre Peyo e Johan et Pirlouit, com documentos inéditos ou raros, que serve de introdução ao álbum.
- O baixo preço – apenas 22 € para quase 300 páginas coloridas e uma edição sem nada a apontar - uma agradável surpresa, habitual nas reedições integrais francófonas.

Curiosidade
- Uma das histórias curtas publicadas neste volume têm origem num concurso da revista Spirou, que desafiou os seus leitores a legendarem uma BD de 4 páginas elaborada por Peyo. Entre os participantes, contou-se um certo… René Goscinny!
- Em Portugal, onde foram publicados em revistas como “O Cavaleiro Andante”, “Zorro”, “Jacaré” ou “Spirou” (2ª série), Johan passou a Joanico ou João (conforme os casos) e Pirlouit foi rebaptizado como … Pirolito! Estavam à espera de quê?
- A União Gráfica editou mesmo três álbuns com as suas aventuras: “O Juramento dos Vickings” (5º álbum da série), “A Flauta de Seis Schtrumpfs” (9º, mais tarde reeditado pela Verbo na forma de romance ilustrado) e “O Anel dos Castellac” (11º).
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...