Colecção Marvel Deluxe - Capitán
América #8
Ed Brubaker (argumento)
Steve Epting, Mike Perkins,
Roberto de la Torre, Rick Magyar, Fabio Laguna (desenho)
Frank D’Armata (cor)
Panini Comics (Espanha, Setembro
de 2012)
175 x 265 mm, 152 p, cor,
cartonado
16,00 €
Resumo
Compilação dos comics Captain America vol. 5, #37 a #42, da
edição original norte-americana, consolida Bucky Barnes/o Soldado Invernal como
o novo Capitão América, não sem que antes ele tenha de defrontar alguém com as
mesmas aspirações, ao mesmo tempo que os planos urdidos pelo Caveira Vermelha são
finalmente derrotados.
Desenvolvimento
Este tomo é o último do tríptico que narra o assassinato do
Capitão América, no final da Guerra Civil que abalou o universo Marvel, e os
acontecimentos subsequentes que levaram a ajustes importantes no seu seio.
Por isso, não deve ser lido isolado, mas como fecho de uma
longa saga iniciada em “La muerte del Capitán América”
(Colecção Marvel Deluxe - Capitán América #5) e que prosseguiu em “El peso de los sueños”
(Colecção Marvel Deluxe - Capitán América #6), da mesma forma que este meu
texto precisa também do complemento do que escrevi atrás sobre os outros dois
tomos, até porque evitei repetir as ideias até agora expressas.
Nele, Brubaker continua a sua reconstrução do mito do Capitão
América, revisitando ou evocando diversos momentos da sua cronologia para dar
consistência à narrativa, que vai orientando entre o conflito com os seguidores
do Caveira Vermelha e as cenas dialogadas em que Bucky tenta justificar a opção
de vestir o uniforme do herói caído, num crescendo de tensão que culmina num
confronto entre dois capitães América!
E se a linha condutora de Brubaker – e a sua mestria
narrativa – se mantêm ao longo de toda a saga, bem pensada, delineada e
exposta, pena é que a participação de Steve Epting tenha passado a ser
intermitente, com a imagem gráfica a ressentir-se bastante e o traço a
tornar-se rude e até indefinido, sem o cunho hiper-realista que o caracterizava
e ajudava à ligação entre a ficção de super-heróis e a realidade, pois são
vários os aspectos quotidianos nela incluídos.
Em jeito de resumo, como ideia central, fica a forma como Ed
Brubaker destrói, justifica, releva e restaura o mito, encerrando um ciclo e
abrindo as portas para outro novo. Porque, se este é concluído de forma no
mínimo competente e, algumas vezes, mesmo brilhante, deixa também as pontas
soltas suficientes para que tudo possa continuar.