Simon Tofield (argumento e desenho)
Objectiva (Portugal, Outubro de 2009)
210 x 164 mm, 240 p., pb, brochado com badanas
Objectiva (Portugal, Outubro de 2009)
210 x 164 mm, 240 p., pb, brochado com badanas
Irresistível. Eu, que nem aprecio gatos – e de que quero ainda maior distância depois de saber do que eles são capazes, se são mesmo assim! – vi-me rendido ao do Simon ao fim de poucas dezenas de páginas!
Compilação de ilustrações, cartoons e sequências narrativas curtas – alguns originais outros adaptando os filmes animados em que o gato nasceu, disponíveis na net – este livro revela-nos um felino com dupla personalidade. Pelo menos.
Porque tão depressa se comporta como um gato normal, preguiçoso e pachorrento, mimado – a que quase apetece fazer uma festa – como deixa vir ao de cima o seu lado “Garfield” - digamos assim, para melhor compreensão, ao fim e ao cabo são ambos felinos e protagonistas da mesma (9ª) arte! – esfomeado, anárquico, terrorista, sádico, cruel, vingativo…
E, claro está, é este segundo lado que prefiro, pois é quando o assume que tenta – desesperada e pateticamente – capturar os animaizinhos do jardim, encher o seu prato com comida a todo o custo ou destruir a casa em que vive com o pobre Simon.
Para além deste pobre diabo, o gato contracena também com pássaros e ratos – que também não lhe fazem a vida fácil, registe-se -, porcos-espinhos (cujos picos os tornam vítimas de indizíveis partidas) ou outros seres vivos de ocasião… E, acima de tudo, o gato do Simon interage com o sorumbático anão de pedra do jardim, seu (involuntário) companheiro de partidas, caçadas, pescarias e demais patifarias. Ou pelo menos, o gato tenta que sim…
É com eles, com este universo simples e enganadoramente limitado – veja-se a diversidade de soluções que as mesmas situações possibilitam -, que Tofield, com um traço fino e simples, mas expressivo, dinâmico e de grande legibilidade, dá largas ao seu humor, que oscila entre linear ou negro, o nonsense, a ternura ou o completamente inesperado, mas sempre irresistível. Mas isso, já o tinha escrito.
(Versão revista e aumentada do artigo publicado originalmente a 21 de Novembro de 2009, na secção de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
Compilação de ilustrações, cartoons e sequências narrativas curtas – alguns originais outros adaptando os filmes animados em que o gato nasceu, disponíveis na net – este livro revela-nos um felino com dupla personalidade. Pelo menos.
Porque tão depressa se comporta como um gato normal, preguiçoso e pachorrento, mimado – a que quase apetece fazer uma festa – como deixa vir ao de cima o seu lado “Garfield” - digamos assim, para melhor compreensão, ao fim e ao cabo são ambos felinos e protagonistas da mesma (9ª) arte! – esfomeado, anárquico, terrorista, sádico, cruel, vingativo…
E, claro está, é este segundo lado que prefiro, pois é quando o assume que tenta – desesperada e pateticamente – capturar os animaizinhos do jardim, encher o seu prato com comida a todo o custo ou destruir a casa em que vive com o pobre Simon.
Para além deste pobre diabo, o gato contracena também com pássaros e ratos – que também não lhe fazem a vida fácil, registe-se -, porcos-espinhos (cujos picos os tornam vítimas de indizíveis partidas) ou outros seres vivos de ocasião… E, acima de tudo, o gato do Simon interage com o sorumbático anão de pedra do jardim, seu (involuntário) companheiro de partidas, caçadas, pescarias e demais patifarias. Ou pelo menos, o gato tenta que sim…
É com eles, com este universo simples e enganadoramente limitado – veja-se a diversidade de soluções que as mesmas situações possibilitam -, que Tofield, com um traço fino e simples, mas expressivo, dinâmico e de grande legibilidade, dá largas ao seu humor, que oscila entre linear ou negro, o nonsense, a ternura ou o completamente inesperado, mas sempre irresistível. Mas isso, já o tinha escrito.
(Versão revista e aumentada do artigo publicado originalmente a 21 de Novembro de 2009, na secção de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
Simon é genial!
ResponderEliminarSeu trabalho é tão bom que rapidamente foi reconhecido. Simon foi contratado para fazer um comercial de ração para cachorros. E fez todo ao estilo dele. O cachorro ficou tão bom quanto o seu gato.