07/01/2011

Bruno Brazil #9

Quitte ou Double pour Alak 6 Greg (argumento) Vance (desenho) Petra (cor) Le Lombard (França, Junho de 2001) 224 x 297 mm, 48 p., cor, cartonado 1. Iniciadas com este álbum, as minhas leituras do corrente ano tiveram, por isso, um pendor fortemente nostálgico. 2. Lido originalmente (no final da década de 70…?) na revista Tintin portuguesa, emprestada por algum amigo – é verdade, eu não coleccionei aquela revista – esta foi uma das histórias que mais marcaram o meu percurso de leitor de BD. 3. Uma história que pertence a uma lista curta, da qual fazem parte também Rip Kirby – O envelope trocado, Simon du Fleuve – Maílis, Lanterna Verde & Arqueiro Verde – Os “Pássaros da Neve” não voam ou Silêncio. 4. Histórias às quais devo o facto de ainda hoje ter os quadradinhos como minha leitura de eleição. 5. Porque, lidas na altura certa, permitiram-me descobrir em banda desenhada temáticas e abordagens diferentes e mais adultas, que correspondiam às minhas exigências crescentes do momento. 6. Há muitos anos na minha lista de “álbuns a comprar”, este relato segue – de forma não especialmente brilhante, confesso – o modelo tradicional dentro da banda desenhada de aventuras franco-belga. 7. Os seus protagonistas são a Brigada Caimão, um grupo de operações especiais de elite, comandado por Bruno Brazil que, na sequência de alguns atentados, recebe a missão de resgatar em Madagáscar o último possuidor do segredo de um novo míssil estratégico experimental (implantado cirurgicamente no cérebro do homem em questão…). 8. Graficamente, é um trabalho pouco inspirado de Vance, com um traço demasiado estático, uma planificação mais rígida do que era habitual e a utilização de legendagem mecânica nos tamanhos maiores o que não torna o conjunto especialmente atraente. 9. Datado de 1975, inspirado no clima de guerra fria que então se vivia, o argumento é uma história de espionagem e acção, com debilidades, narrativas e temporais, e que se destaca – quase só - pelo falhanço quase total do comando de Brazil… 10. A diferença, que me marcou então sobremaneira, surge nas páginas finais, mais exactamente nas pranchas 40 a 44, onde um então adolescente descobriu, com surpresa e choque, que os heróis de papel, geralmente perfeitos e invencíveis, também podiam ficar estropiados ou até morrer… 11. E nas quais (re)lembrei uma frase que, tantos anos depois, ainda estava gravada na minha memória: “Gaucho Morales, que a morte não quisera, chorava convulsivamente…”

2 comentários:

  1. É curioso que esta também foi uma história, lida nos mesmos moldes (em fasciculos na revista TinTin) e que me marcou pelos mesmos motivos, nomeadamente as mortes de algumas das personagens principais.

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  2. Caro Ricardo Blanco,
    Obrigado pela visita e pelo comentário.
    Não fomos só nós os dois, com certeza!
    Esta história, na época em que foi publicada, foi uma (forte) pedrada no charco.
    Abraço!

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