Blacksad, o gato detective está de volta, numa narrativa
recheada de imprevistos e falsas aparências, em que abundam boas-vontade e a
violência está menos presente do que é habitual.
Ao mesmo tempo, Díaz Canales e Juan Guarnido continuam a sua
viagem pela América enquanto exploram – para nosso prazer - todas as cores do
arco-íris…
O desenvolvimento, já a seguir.
‘O acaso faz bem as coisas’, poderia ser a frase para
resumir o quinto tomo de Blacksad – que a ASA, (aparentemente?) ignorou (ou
pelo menos não acompanhou de imediato…) – no qual o felino, cansado da vida de
detective, procura um emprego em que ninguém seja morto.
Mas o destino não está de acordo com ele e uma simples
entrega de um carro levará Blacksad a atravessar os Estados Unidos até Denver,
no Colorado, e a cruzar-se com um escritor de sucesso, que duvida do próprio
valor, que traz na consciência a morte acidental do irmão.
Pelo caminho, até ao desfecho final, apesar de tudo menos
trágico do que seria de esperar numa história protagonizada por alguém que
parece atrair sarilhos uns a seguir aos outros, ficará um invulgar rasto de cadáveres (acidentais).
Continuando a explorar a apa-rência animal dos
intervenientes em função das suas intenções e atitudes (com mais alguns belos achados...), mesmo que esteja já
perdido o efeito surpresa que esta opção causava nos primeiros álbuns, Díaz Canales
escreve mais um policial consistente e cativante, no qual consegue dar um passo
em frente no aprofundar do carácter dos protagonistas e na expansão do universo
da série, com o recurso à intervenção de personagens de livros anteriores.
O traço e as cores de Guarnido mantêm toda a magia e qualidade
a que o desenhador espanhol nos habituou.
Por tudo o que atrás fica e por tudo o mais que a leitura
vai permitir descobrir e fruir, Amarillo
é uma edição que considero altamente aconselhável.
Blacksad: Amarillo
Díaz Canales (argumento)
Juan Guarnido (desenho e cor)
Dargaud
França, 15 de Novembro de 2013
240 x 320 mm, 56 p., cor,
cartonado
13,99 €
Estou com muita curiosidade para ler este novo volume do Blacksad, mas gostaria de o fazer no nosso português. Tenho todos os outros volumes, que adorei, e estou ansioso para que tb seja editado por cá. Não tenho ouvido nada a respeito do assunto ainda, infelizmente.
ResponderEliminarCaro SAM,
ResponderEliminarEu também preferia ter feito a leitura deste novo Blacksad em português, mas infelizmente a ASA não acompanhou a edição original e, neste momento, não sei dizer-lhe se ainda irá editá-lo...
Boas leituras!