26/01/2017

Grande Prémio de Angoulême para Cosey










Bernard Cosendai, mais conhecido no meio da BD como Cosey, foi distinguido com o Grande Prémio da Cidade de Angoulême pelo conjunto da sua obra.

Finalista com Manu Larcenet e Chris Ware após a primeira das duas votações previstas, o criador de Jonathan recebeu a maior parte dos votos dos seus pares na segunda volta, o que lhe confere o título de presidente do Festival de BD de Angoulême em 2018, em que lhe será consagrada uma das principais exposições.
Nascido a 14 de Junho de 1950, na Suíça, Cosey, no final da década seguinte, deu os primeiros passos na BD ao lado de Derib, criador de Buddy Longway e Yakari, mas foi em 1975 que começou a distinguir-se com a série Jonathan na revista Tintin. Com os Himalaias gelados como cenário das primeiras histórias, estas revelam-se viagens iniciáticas e místicas, com Jonathan em busca de si mesmo e do seu papel, rodeado de personagens fortes e marcantes, temáticas presentes em toda a sua obra, bem como os grandes espaços naturais. Kate, sétimo tomo da série, valeu-lhe prémio em Angoulême, para o melhor álbum de 1982.
Após cerca de uma dezena de episódios, Cosey deixou Jonathan – a que voltaria (ir)regularmente, para denunciar a invasão do Tibete pelos chineses - para criar diversos romances gráficos, entre os quais Viagem a Itália (Meribérica, 2 volumes, 1990/91), Orchidea (Witloof, 2003), O Buda Azul (ASA, 2011), Em busca de Peter Pan (Levoir, 2015), Zélie Nord-Sud ou Saigon-Hanoi.

  

  

Quanto à série Jonathan, a versão portuguesa da revista Tintin publicou sete episódios e foi quase integralmente editada em álbum pela ASA.

  

  


O seu trabalho mais recente é Une Mystérieuse Mélodie, uma versão pessoal do primeiro encontro entre Mickey e Minnie.

(clicar no texto de cor diferente para encontrar mais informação sobre o tema destacado; clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)

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