Bernard Cosendai, mais conhecido no meio da BD como Cosey,
foi distinguido com o Grande Prémio da Cidade de Angoulême pelo conjunto da sua
obra.
Finalista com Manu Larcenet e Chris Ware após a primeira das
duas votações previstas, o criador de Jonathan
recebeu a maior parte dos votos dos seus pares na segunda volta, o que lhe
confere o título de presidente do Festival de BD de Angoulême em 2018, em que
lhe será consagrada uma das principais exposições.
Nascido a 14 de Junho de 1950, na Suíça, Cosey, no final da
década seguinte, deu os primeiros passos na BD ao lado de Derib, criador de
Buddy Longway e Yakari, mas foi em 1975 que começou a distinguir-se com a série
Jonathan na revista Tintin. Com os Himalaias gelados como
cenário das primeiras histórias, estas revelam-se viagens iniciáticas e
místicas, com Jonathan em busca de si mesmo e do seu papel, rodeado de personagens
fortes e marcantes, temáticas presentes em toda a sua obra, bem como os grandes
espaços naturais. Kate, sétimo tomo da série, valeu-lhe
prémio em Angoulême, para o melhor álbum de 1982.
Após cerca de uma dezena de episódios, Cosey deixou Jonathan
– a que voltaria (ir)regularmente, para denunciar a invasão do Tibete pelos
chineses - para criar diversos romances gráficos, entre os quais Viagem a Itália (Meribérica, 2 volumes, 1990/91),
Orchidea (Witloof, 2003), O Buda Azul (ASA, 2011), Em busca de Peter Pan (Levoir, 2015),
Zélie Nord-Sud ou Saigon-Hanoi.
Quanto à série Jonathan,
a versão portuguesa da revista Tintin publicou sete episódios e foi quase integralmente
editada em
álbum pela ASA.
O seu trabalho mais recente é Une Mystérieuse Mélodie, uma versão
pessoal do primeiro encontro entre Mickey e Minnie.
(clicar no texto de cor diferente para encontrar mais
informação sobre o tema destacado; clicar nas imagens para as aproveitar em
toda a sua extensão)
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