Geralmente, Richard Corben não é um autor de consensos. Ou se
gosta, ou se odeia.
Starr, el asesino, não vem contribuir minimamente para alterar este panorama.
Starr, el asesino, não vem contribuir minimamente para alterar este panorama.
criatura para lá, através da sua 'maquina de escrever mágica', influenciar directamente - passe o eventual pleonasmo... - a narrativa.
Starr regressaria, décadas depois, em 2008, numa mini-série com a
assinatura de Warren Ellis, no selo Max, da Marvel. Dois anos depois,
era o protagonista da presente abordagem, desta vez com a escrita de
Daniel Way e o traço de Richard Corben.
Para além do aspecto já referido atrás, da interacção das
personagens com o autor (de papel), de novo utilizado neste Ha
nacido una estrella, com o escritor escravizado às ordens de
Trull, o vilão de serviço, para este tentar conseguir os seus fins,
temos também um bárbaro 'sensível' que se recusa a bater em
mulheres e é por isso expulso da escola de gladiadores em que se
encontrava e ainda o facto de as páginas iniciais nos serem
'cantadas' por um trovador da época... em clara oposição com cenas
de violência pura, mostrada quase gratuitamente, com membros
cortados e sangue a rodos, num todo que mais depressa veríamos como
uma sátira protagonizada por Groo do que de um bárbaro para se
levara sério. O traço de Corben, caricatural e disforme como
sempre, com personagens musculosas mas atarracadas e com cabeças
desproporcionadas, que dificilmente granjeiam as preferências do
leitor, acaba por se revelar ajustado neste contexto de contrastes.
Ou não, porque, como escrevi no início, 'Richard Corben não é um
autor de consensos'...
Starr, el Asesino: Ha nacido una estrella
Daniel Way (argumento)
Richard Corben (desenho)
Panini
Espanha, Janeiro de 2018
183 x 277 mm, 96 p.,
cor, capa dura
15,20 €
(imagens da edição original norte-americana; clicar nelas para as
aproveitar em toda a extensão)
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