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02/12/2016

James Bond: Vargr





Escreve Cels Piñol na (curta) introdução a este livro que “os comics de James Bond, ainda que pouco conhecidos, estiveram sempre connosco desde os anos 70 do século passado, ou seja, desde o nascimento da franquia cinematográfica de 007 (…) em formato de tira diária, em adaptações dos filmes ou em séries limitadas (…)”.
Esta é mais uma nova vida aos quadradinhos do mais conhecido agente secreto.

05/01/2010

Silverfin – As extraordinárias aventuras do jovem James Bond


Charlie Higson (argumento)
Kev Walker (desenho)
Asadelta (Portugal, Novembro 2009)
152 x 226 mm, 162 p., cor, brochada


A exploração da infância/adolescência/juventude de heróis(adultos…) tem sido um filão recorrente quer na literatura, quer no cinema, quer na banda desenhada, por vezes com resultados interessantes que permitem conquistar públicos mais jovens e, por vezes, até dar uma outra vida ao original. Tarzan, Superman, Indiana Jones ou Spirou, são alguns dos exemplos possíveis, a que se junta agora Bond. James Bond.
A quem foi dada uma juventude atribulada com estadia num colégio interno onde a sua condição de órfão (os pais, alpinistas, desapareceram numa escalada) e o estatuto de caloiro, o tornam o alvo preferido das partidas de alunos mais velhos e/ou mais ricos. No entanto, a sua predisposição para investigar mistérios já está latente, e por isso não surpreende encontrá-lo a tentar esclarecer um desaparecimento misterioso ao mesmo tempo que se vê envolvido no dia-a-dia escolar ou numa violenta prova desportiva, através da qual tenta provar o seu valor individual. Sem deslumbrar, a trama, baseada num romance do próprio Higson, num registo entre a aventura e a ficção-científica, de que (ainda) está ausente a componente sexual dos romances e filmes, mas que é condimentada por alguns divertidos piscares de olho ao futuro do protagonista, é narrada em bom ritmo e de leitura agradável. Ou seja, distrai e diverte, tal como o Bond adulto.
Para isso contribui também o desenho de Walker, um autor com um percurso feito nos super-heróis da DC Comics e da Marvel, que opta aqui por um traço um tanto agreste mas bem servido por tons frios e sombrios que ajudam a definir a ambiência do relato.

(Versão revista e aumentada do artigo publicado originalmente a 12 de Dezembro de 2009, na secção de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)


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