Osamu Tezuka (argumento e desenho)
ASA (Portugal, Julho de 2010)
127 x 182 mm, 208 p., pb, brochada
Se já algo ficou escrito n’As Leituras do Pedro sobre Astroboy, aquando do lançamento do primeiro tomo desta trilogia que a ASA está a editar, a chegada às livrarias do segundo tomo um mês decorrido sobre o lançamento do primeiro – dentro do prazo previsto, portanto, o que nem sempre (raramente?!) tem sido regra em Portugal – justifica nova chamada de atenção para a obra em geral e alguns detalhes dela em particular.
Em geral, porque Tezuka é um dos grandes nomes do manga e da BD e lê-lo em português é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada. Até porque a edição, graficamente, está bem cuidada e conseguida (pese embora alguns problemas na impressão dos tons cinzentos) e respeita o sentido de leitura do original japonês.
Depois, porque Astroboy é um clássico que, se tem algumas marcas do tempo que decorreu desde o seu lançamento - nos anos 60 do século passado – como era inevitável numa obra de antecipação tecnológica e científica, continua perfeitamente legível e, em muitos aspectos, actual. E se a primeira impressão é que estamos face a uma obra ingénua – e a ingenuidade está presente nela - e até infantil – devido a algumas das soluções narrativas adoptadas - , uma leitura – que nem necessita de ser muito atenta – contraria de imediato esta ideia porque, com o seu traço (enganadoramente) simplista - mas muito expressivo e dinãmico -, Tezuka consegue desenvolver histórias adultas que podem até ser chocantes e cruéis, destacando-se nestes aspectos, nesta nova compilação, “Sua alteza Deadcross”, o primeiro dos três contos nela inseridos.
Deixo ainda uma chamada de atenção final para a dualidade humanos/robots que perpassa toda a saga de Astroboy, com as criações mecânicas, frequentemente, a ultrapassarem em humanidade os seus criadores humanos…
ASA (Portugal, Julho de 2010)
127 x 182 mm, 208 p., pb, brochada
Se já algo ficou escrito n’As Leituras do Pedro sobre Astroboy, aquando do lançamento do primeiro tomo desta trilogia que a ASA está a editar, a chegada às livrarias do segundo tomo um mês decorrido sobre o lançamento do primeiro – dentro do prazo previsto, portanto, o que nem sempre (raramente?!) tem sido regra em Portugal – justifica nova chamada de atenção para a obra em geral e alguns detalhes dela em particular.
Em geral, porque Tezuka é um dos grandes nomes do manga e da BD e lê-lo em português é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada. Até porque a edição, graficamente, está bem cuidada e conseguida (pese embora alguns problemas na impressão dos tons cinzentos) e respeita o sentido de leitura do original japonês.
Depois, porque Astroboy é um clássico que, se tem algumas marcas do tempo que decorreu desde o seu lançamento - nos anos 60 do século passado – como era inevitável numa obra de antecipação tecnológica e científica, continua perfeitamente legível e, em muitos aspectos, actual. E se a primeira impressão é que estamos face a uma obra ingénua – e a ingenuidade está presente nela - e até infantil – devido a algumas das soluções narrativas adoptadas - , uma leitura – que nem necessita de ser muito atenta – contraria de imediato esta ideia porque, com o seu traço (enganadoramente) simplista - mas muito expressivo e dinãmico -, Tezuka consegue desenvolver histórias adultas que podem até ser chocantes e cruéis, destacando-se nestes aspectos, nesta nova compilação, “Sua alteza Deadcross”, o primeiro dos três contos nela inseridos.
Deixo ainda uma chamada de atenção final para a dualidade humanos/robots que perpassa toda a saga de Astroboy, com as criações mecânicas, frequentemente, a ultrapassarem em humanidade os seus criadores humanos…
Esse mangá nunca foi publicado no Brasil, o que é uma pena.
ResponderEliminarInfelizmente nós só tivemos a versão de Akira Himekawa pela qual é pouco conhecida.
Caro Toshio,
EliminarAstroboy vale bem a pena, como muitas das criações de Osamu Tezuka. Se tiver oportunidade de ler, aproveite.
Boas leituras!