Jacques
Martin (argumento)
Jean
Pleyers (desenho)
NetCom2 Editorial
Portugal, Junho de 2013
210 x 297 mm, 48 p., cor, cartonado
15,00 €
Dois aspectos fundamentais ressaltam da minha
leitura do terceiro e último tomo de Keos.
Primeiro, a conclusão da primeira série pela
NetCom 2 Editorial, algo que se torna mais relevante se pensarmos nas dezenas
de títulos de BD que – desde sempre – ficaram por completar em Portugal.
É verdade que eram apenas três volumes, mas isso
só revela inteligência e sentido de mercado por parte da editora espanhola.
Fico a aguardar pelos restantes (3) volumes de A Última Profecia e
pelo tomo em falta de Margot, para
confirmar estas (boas) intenções da editora espanhola, esperando que o silêncio
que se estabeleceu no seu site nos últimos meses não seja sinónimo do fim
de mais um projecto editorial de quadradinhos em Portugal.
Passando à obra propriamente dita, na combinação
entre a ficção histórica sustentada, que é imagem de marca de Jacques Martin, e
a narrativa bíblica da libertação dos israelitas do Egipto por Moisés, O Bezerro de Ouro marca um maior
afastamento em relação ao relato bíblico, despindo-o quase completamente da
intervenção divina, para salientar o protagonismo crescente de Keos, o príncipe
do Egipto, que dá título a esta obra.
Apesar de alguns hiatos temporais nem sempre
resolvidos da melhor forma, a conclusão do tríptico, rigorosamente ambientado
no Antigo Egipto – uma época que me seduz especialmente desde
a leitura de O Mistério da Grande
Pirâmide, de Blake e Mortimer – não desiludirá certamente os admiradores do
criador de Alix e do registo histórico em banda desenhada.
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