11/11/2013

Super-Heróis DC Comics #18 - Batman - Outros Mundos



Gotham by Gaslight
Bryan Agustin (argumento)
Mike Mignola (desenho)
Red Rain
Doug Moench (argumento)
Kelley Jones (desenho)
Legends of the Dark Knight # 54: Sanctum,
Dan Raspler (argumento)
Mike Mignola (argumento e desenho)
Levoir/Público
Portugal, 7 de Novembro de 2013
170 x 260 mm, 176 p., cor, cartonada
8,90 €


1. Pessoalmente preferia que cada voluma desta colecção tivesse apenas uma só história.
2. Percebo perfeitamente a opção por mais – é necessário um número de páginas constante por volume, uma vez que o preço dos diferentes tomos é fixo…
3. … e respeito também as associações que foram feitas em função de protagonistas ou temáticas…
4. … embora tenha sentido nos volumes em que tal aconteceu – Joker, Mulher Maravilha, neste Batman – que essas associações nem sempre funcionam na plenitude e podem mesmo realçar as diferenças (inevitáveis) inerentes, em desfavor do que cada narrativa tem de mais interessante.
5. Mas vamos esquecer esta introdução – não mais do que um desabafo – e olhar para os três contos incluídos neste Batman - Outros mundos, unidos pela temática fantástica e de terror, pelo tempo da acção (final do século XIX, início do século XX) e pelo protagonismo do Homem-Morcego.
6. Oriundos da linha Elseworlds, que durante quase 20 anos (1989-2005) marcou recorrentemente o Universo DC, transportando as suas personagens principais para tempos e lugares que lhe eram estranhos…
7. …apresentam como principais curiosidades, nos dois primeiros casos, a oposição do cruzado de Gotham a Jack, o Estripador, e a Drácula…
8. …e no primeiro e terceiro a assinatura de Mike Mignola na arte.
9. Um Mike Mignola pré-Hellboy, ainda a meio caminho entre o desenho mais tradicional e o estilo estilizado que hoje lhe (re)conhecemos, mas já com pormenores bastante interessan tyes que deixavam intuir o seu brilhante futuro (ou pelo menos achamos isso hoje, em função do que depois conhecemos…)
10. Gotham by Gaslight, conto mais próximo do registo policial do que do de super-heróis, vale, também pelo tom de drama familiar, pelas diversas referências e citações espalhadas, pela forma como combina os universos de Batman e de Jack, o Estripador – mais próximos do que se poderia pensar -, pelos diversos estilos de escrita utilizados para fazer avançar a acção e pelo suspense que se mantém ao longo da história até ao desfecho final surpreendente, mas que a certa altura se consegue intuir.
11. Quanto a Red Rain, é uma história típica de vampiros, que surpreende pela forma como Batman é tratado, tendo mesmo que sofrer uma inesperada transformação para obter a vitória final esperada, enquanto divide o protagonismo com a bela Tanya, uma vampira que tanto surge deformada pelo traço de Jones e Jones III, como se revela aos olhos dos leitores em poses sensuais invulgares neste registo.
12. Sanctum, a narrativa mais curta que fecha o álbum, onde é aptente a influ~encia dos universos de H. P. Lovecraft, surge demasiado presa a um monólogo que sustenta mal um relato quase sem acção e foi para mim o gatilho que fez desencadear o desabafo com que abri este texto.
13. Ao contrário de outros volumes desta colecção, o todo vale sobretudo como curiosidade e como documento de experiências, umas vezes mais bem-sucedidas do que outras, que as décadas de 1980 e 1990 propiciaram na indústria dos comics de super-heróis. 

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