Volto
-
brevemente - a esta
magnífica
obra de Matthias
Lehmann
porque,na leitura do primeiro volume posso involuntariamente ter deixado no ar algo que quero confirmar.
Apresentar
uma leitura comentada quando uma obra vai a meio - pronto, a três
quintos... - é um risco, concedo sem problemas. No entanto, pelos
ecos que foram chegando desde a publicação original da obra de
Matthias Lehmann, até às constatações possibilitadas pela leitura
parcial já efetuada, mesmo que incompleta, permitem afirmar que este
é um dos livros de um ano que se tem revelado extremamente rico em
obras que devem figurar na biblioteca de qualquer leitor (que
goste realmente)
de banda desenhada.
Não
esquecendo a importância desta série do panorama da banda desenhada
franco-belga dos anos 60 e 70, por um lado, nem por outro, as marcas
que a passagem do tempo deixou nomeadamente quanto a alguma
ingenuidade explícita no facilitismo de algumas soluções
narrativas e no (desinteressante) contraste entre o rocambolesco
Laverdure e o mais realista e equilibrado Tanguy, a verdade é que há
várias formas de abordar os
volumes desta
coleção que a ASA e o Público ainda
vão
disponibilizar nos quiosques
nas duas próximas quarta-feiras.
Sexto
volume da oitava série da colecção Novela
Gráfica,
em curso, O
desaparecimento de Josef Mengele é
(mais) uma adaptação de um romance, no caso a obra homónima de
Olivier Guez, e centra-se nos últimos anos de vida de Joseph Mengele
e no seu estado de espírito.