13/03/2015

Batman: 75 anos de aventuras








Sai hoje, com o semanário Sol, o décimo e último volume da colecção Batman 75 anos, que a Levoir propôs ao longo das últimas semanas.
Depois de algumas das obras mais importantes dos 75 anos aos quadradinhos do Homem-Morcego – como Ano Um, Asilo Arkham ou O Regresso do Cavaleiro das Trevas, especialmente – a colecção termina com um volume que também a podia ter iniciado - e com o desenho das lombadas completo, para felicidade de alguns...

Na verdade, este último tomo é uma compilação de histórias, cuja principal relevância está na forma como revelam como foi o Batman ao longo dos tempos, começando pela sua história inaugural, assinada por Bob Kane e Bill Finger
Desde então e até aos nossos dias, foram muitas as faces, os géneros e as temáticas que o Homem-Morcego protagonizou, e muitos os grandes autores que passaram pelas suas páginas, somando ao seu historial os seus processos narrativos pessoais e saindo com o currículo enriquecido por essa passagem pelo alter-ego de Bruce Wayne.
O que atrás escrevi não invalida que aquela narrativa, pelo interesse documental, ou outras como O Batman do Amanhã!, O Segredo das Sepulturas Vazias ou Crise de Identidade, não mereçam ser lidas só por si, num volume que será de descoberta para muitos dos leitores.

Deixo a seguir a nota de imprensa da editora bem como mais algumas imagens por ela fornecidas.

Com este volume celebramos 75 anos de um dos maiores super-heróis de todos os tempos, Batman, o Cavaleiro das Trevas. Uma viagem ao longo de sete décadas de aventuras do Homem-Morcego, contadas por alguns dos maiores nomes dos comics de todos os tempos.

"Criminals are a superstitious cowardly lot. So my disguise must be able to strike terror into their hearts. I must be a creature of the night, black, terrible... a... a... a bat! That's it! It's an omen. I shall become a bat!"

Batman é um dos maiores super-heróis de todos os tempos, juntamente com o seu companheiro na DC, o Super-Homem. Mas ao contrário deste último, o Batman tem vindo a apresentar inúmeras facetas e personalidades distintas ao longo dos seus 75 anos de existência: Cruzado da Capa, Cavaleiro das Trevas, Maior Detective do Mundo, herói de acção, super-herói equipado com uma espantosa panóplia de gadgets, mestre absoluto do planeamento e da antecipação, o Homem-Morcego tem tantas imagens e personalidades quantos os autores que criaram as suas aventuras. E é essa diversidade e riqueza que festejamos neste volume, que reúne 11 histórias de sete décadas diferentes, de alguns dos nomes que marcaram a evolução do Batman.

A origem do Batman é-nos contada pela dupla Jeph Loeb e Jim Lee, em "A Lenda do Batman" (originalmente publicadas por ocasião do lançamento de Batman:Hush), em duas páginas que são uma homenagem às duas que Bob Kane e Bill Finger apresentaram em Detective Comics #33 ("The Batman and How He Came to Be"), que inauguram o volume; a que se segue a primeira história de sempre do Batman, também de Bob Kane e Bill Finger, "O Caso da Empresa Química" (de Detective Comics #27, 1939).

"O Furo do Século", da dupla Bill Finger e Jim Mooney, é a história em que surge pela primeira vez a repórter Vicky Vale, que se viria a tornar num dos membros da Bat-família, e num interesse amoroso de Bruce Wayne (Batman #49, 1948). "O Batman do Amanhã!" é uma história desenhada por Dick Sprang, com argumento de um dos maiores escritores da F_C pulp de sempre, Edmond Hamilton, um dos mestres da space-opera juvenil dos anos 40 e 50, e que foi um influente autor da DC nesse período (Detective Comics #216, 1955).

Seguem-se "O Mistério da Máscara Ameaçadora", de John Broome e Carmine Infantino (Detective Comics #327, 1964) e "O Segredo das Sepulturas Vazias", uma história em registo de terror sobrenatural, quase ao estilo da revista Creepy, com desenho de Neal Adams e argumento de Dennis O'Neill, uma das mais importantes duplas de criadores do Cavaleiro das Trevas (Detective Comics #395, 1970). "A Morte plana pelo Céu Assombrado" (Detective Comics #442, 1974), de Archie Goodwin e Alex Toth, e "O Ricochete do Pistoleiro" (Detective Comics #474, 1977), de Steve Englehart e Marshall Rogers, são mais duas histórias a representar os anos 1970, uma das décadas que assistiu a mais transformações no Batman.

Segue-se uma história ilustrada por um dos maiores nomes dos comics, e dos mais associados ao Cavaleiro das Trevas, Frank Miller: "Procura-se Pai Natal - Morto ou Vivo!", com argumento de Denny O'Neill (DC Special Series #21). Finalmente, duas histórias que representam os anos 1990 e 2000. "Crise de Identidade" tem argumento do britânico Peter Milligan, um dos grandes dos comics mais adultos - argumento e marca, aliás, numa história que questiona de modo perturbador a sanidade de Bruce Wayne - com arte de Tom Mandrake (Detective Comics #633, 1991); e "Gente Bonita" (Detective Comics #821), que faz parte da sequência de histórias que Paul Dini escreveu (e que pudemos ler no sétimo volume da colecção, Batman: Detective), mas desta vez ilustrada por um dos melhores desenhadores da actualidade, J.H. Williams.

Batman: 75 Anos de Aventuras
Colecção Batman 75 anos
Vários autores
Levoir/Sol
Portugal, 13 de Março de 2015
180 x 265 mm, 168 p., cor, cartonado

8,90 €

6 comentários:

  1. Sem Bane e Quebrar o Batman como no hc DC!!!Que tem muito mais paginas.
    Muito material datado,e as decadas 80,90,2000 quase ignoradas

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    1. Optinmus,
      A selecção é discutível, sim, embora ignoremos quais os constrangimentos a que a Levoir esteve sujeita para a fazer...
      Quanto ao resto, tens uma BD de cada década, que era a ideia deste volume...

      Boas leituras!

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  2. Sem dúvida a pior compilação de histórias do Batman.
    teria sido muito melhor um álbum dedicado ao earth one ou sobre a nova dupla Scott Snyder e Greg Capullo (corte das corujas; morte em família ; ano zero).

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    1. Jony da Costa,
      Complementando a resposta que dei acima ao Optimus, todos nós teríamos feito uma selecção diferente... se a DC deixasse!

      Boas leituras!

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  3. A sério que há 'doentinhos' que dão saltinhos por a lombada formar um logotipo rasca? Santo Eisner, há com cada um.

    Sim, há que concordar que esta foi a pior colecção da Levoir até agora. Pãozinho sem sal a 100 por cento. Ainda bem que a DC só volta a celebrar o Batman daqui a 5 anos.

    Já se percebeu que há alguém na Levoir que gosta muito de Batman, mas espero que em próximas colecções DC o Batman apareça muito menos. É que já não há pachorra para mais.

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    1. Cesáruo,
      Sim, há quem compre colecções pela forma como vão 'brilhar' na estante. E o truque da lombada passa também por aí e por levar quem já tem alguns títulos a comprar os restantes para completar o desenho!
      Lembro-me de há uns anos, quando estavam na moda as enciclopédias e colecções vendidas de porta em porta, de atender um vendedor, que começou por elogiar o acabamento das encadernações em pele, o tamanho dos livros, os títulos impressos a ouro, etc... e que ficou perdido na sua lengalenga quando lhe pedi pormenores sobre as obras em si e não sobre a 'embalagem'...!

      Quanto a ser a pior colecção da Levoir, depende mais uma vez do gosto de cada um... Agora considerar má uma colecção que inclui Ano Um, Asilo Arkham, O Longo Halloween ou O Regresso do Cavaleiro das Trevas parece-me excessivo...
      Para mais, há que considerar que no momento era uma colecção (mais ou menos) com estes moldes para aproveitar os 75 anos do Batman ou nada...

      Boas leituras!

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