Um comentário crítico a um mês aos quadradinhos
Reedições.
Beja outra vez. Príncipe
Valente: e agora? Portugal na rota dos prémios. Sugestões
de compras. Mais vistas. E ainda…
Reedições
Num mercado 'a sério' é normal que haja reedições ou novas edições de obras que podem ter sido lançadas há mais ou menos tempo. É nessa óptica que faz sentido reencontrar nas livrarias As Célticas ou As Etiópicas (Arte de Autor), Tintin e a Lua (ASA), Joker (Levoir), A Conspiração (Gradiva) ou Sintra (Escorpião Azul) - com todas as diferenças evidentes entre estas obras e as razões que presidiram ào seu relançamento, sendo que a principal será sempre o terem esgotado a edição anerior...
Nessa
óptica, não se comprendem tantas críticas - ou pelo menos a
maioria delas - levantadas ao regresso das obras às livrarias
nacionais. Ou, talvez se compreendam em parte, porque ainda há quem
não perceba que em 2019 a banda desenhada editada em Portugal não é
toda para um mesmo e reduzido núcleo de compradores.
Beja
outra vez
É sempre bom voltar a Beja, ao seu Festival de BD - e como tenho eu,
infelizmente, falhado este propósito...
Porque é
assim, esta nota que já deveria ter entrado no mês passado, só
agora vê a luz do dia e é para - mais uma vez - dar os parabéns ao
Paulo e à Susa Monteiro e à equipa que com eles põe de pé o
melhor festival de BD português que, este ano, para além de todos
os muitos ecos positivos expressos através das redes sociais,
conseguiu bater o seu recorde de visitantes: 9923, segundo os números
oficiais.
Poucos,
muito poucos, mesmo assim, para a qualidade da oferta, mas ser fora
de Lisboa ou Porto, infelizmente continua a pesar muito.
Príncipe
Valente: e agora?
E, de repente, sem que nada o fizesse prever, ao fim de uma dezena de
edições, eis que a edição do Príncipe Valente pela Planeta
DeAgostini decide esquecer a sequência cronológica e passar a
publicar os volumes - que são anuais - de forma (quase) aleatória.
Numa série que apresenta uma continuidade narrativa absoluta, com as
diferentes aventuras e interlúdios a encadearem-se umas nas outras,
este infeliz truque comercial, que penaliza os leitores fiéis,
poderá ser mais prejudicial do que benéfico para a editora.
E já agora, que estou a ‘bater no ceguinho’, faz sentido que
numa obra graficamente tão vasta e rica, surjam duas capas seguidas
tão semelhantes, como aconteceu nos volumes de 1944 e 1945?
Portugal
na rota dos prémios
O que há de comum entre Black Hammer,
Gideon
Falls,
Os
Meus Heróis Foram Sempre Drogados
e
Roughneck?
Ou
entre
Jeff Lemire, Andrea Sorrentino, Dustin Nguyen e
Matt Wilson?
A
resposta é simples: todas aquelas obras e todos aqueles autores
foram distinguidos com Prémios Eisner este ano e todos eles estão
ou vão ser editados muito em breve em Portugal.
Nunca
nada do género tinha acontecido no nosso país, onde raramente
chegavam as obras distinguidas com os grandes prémios internacionais
de BD, por isso estão de parabéns a G. Floy, especialmente, e a
Levoir, pelas
propostas editoriais feitas.
E
também os leitores portugueses por poderem aceder ao melhor que é
editado em BD, neste caso nos Estados Unidos.
Sugestões de compras do mês: 96,60 €
(sugestão
de edições portuguesas ou distribuídas comercialmente em Portugal,
ordenadas alfabeticamente, recentes, preferencialmente editadas no
mês corrente)
A febre de Urbicanda, de
Peeters e Schuiten (Levoir; 10,90 €)
Criminal Livro Um, de Brubaker e Philips (G. Floy; 25,00 €)
Get Jiro! - Todos querem apanhar o Jiro!, de Bourdain, Rose e
Foss (Levoir; 13,90 €)
Renascidos,
de Millar e Capullo (G. Flou; 16,00 €)
Tintin e a Lua, de Hergé (ASA; 19,90 €)
(só são
consideradas as entradas de produção própria)
- Calendário BD de Julho
- Novela Gráfica 2019
- As estantes do Pedro: Blake e Mortimer
- Get Jiro!
- Tintin e a Lua
- Novela Gráfica 2019
- As estantes do Pedro: Blake e Mortimer
- Get Jiro!
- Tintin e a Lua
E ainda
+ A
colecção Novela Gráfica 2019, outra
vez.
Para além dos 13 livros propostos, são já duas as sessões de
lançamento organizadas: para o livro de Paco Roca e para a biografia
de Federico Garcia Lorca. O que dá maior destaque à colecção e à
BD. Parabéns à Levoir e ao Público.
+
A presença de Jorge Coelho como um dos autores convidados do
festival de BD Viñetasdesde o Atlântico,
que se realiza na Corunha entre 5 e 11 de Agosto.
(clicar nas imagens para as apreciar em toda a sua extensão; clicar
nos textos de cor diferente para saber mais sobre os temas
destacados)
A reedição do Joker (Levoir) foi criticada porque aqui faz mais falta uma historia inédita que a reedição,
ResponderEliminarMas eu gostaria de uma reedição de Kingdom Come ate cai bem agora que a cw vai utilizar esse Superman na Sua Crise nas Infinitas Terras.
Quanto ao Joker eu acho esta historia bem mais Marcante:
http://statics.livrariacultura.net.br/products/capas_lg/751/2968751.jpg
https://d1466nnw0ex81e.cloudfront.net/n_iv/600/733323.jpg
O Kingdom Come merecia uma melhor edição sim, tenho a edição portuguesa em 4 volumes mas não gosto lá muito da legendagem e há um problema qualquer com as cores, pode ser da impressão.
ResponderEliminarJá merecia uma edição em um só volume, acredito que iria haver muitos compradores.
O Kingdom Come merecia uma melhor edição sim, tenho a edição portuguesa em 4 volumes mas não gosto lá muito da legendagem e há um problema qualquer com as cores, pode ser da impressão.
ResponderEliminarJá merecia uma edição em um só volume, acredito que iria haver muitos compradores.