Num contexto em que, embora sendo arte, a banda desenhada –
alguns preferirão que escreva ‘ os comics’ – são também (mas antes de mais) um
negócio, uma obra como este Hombre
Hormiga: Segundas oportunidades faz todo o sentido… e demonstra sentido de
negócio!
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15/10/2015
17/07/2015
Homem-Formiga, o filme
Estreou ontem nos cinemas portugueses Homem-Formiga, sem o orçamento das mais recentes produções de
super-heróis, mas importante pela introdução de novas personagens no universo
Marvel cinematográfico e pela ligação que faz aos filmes anteriores. Com
pequenas participações do Capitão América (Chris Evans) e do Falcão (Anthony
Mackie), encerra a segunda fase cinematográfica do Universo Marvel.
22/01/2013
El Hombre Hormiga
Primera Temporada
Tom
DeFalco (argumento)
Horacio
Domingues (desenho)
Panini
Comics
(Espanha,
Dezembro de 2012)
170
x 260 mm, 112 p., cor, cartonado
13,95
€
Resumo
Recém-viúvo, filho de um pai que nunca lhe
prestou atenção e que expulsou a mãe de casa, Hank Pym é um cientista genial,
cujos inventos poderão mudar o mundo, desde que se consiga encontrar a si
próprio no meio dos muitos problemas e inseguranças em que vive.
Esta é a (nova) origem do Homem-Formiga,
recontada em tom juvenil.
Desenvolvimento
Se há coisa que a Marvel tem sabido fazer, ao
longo de décadas de existência, recorrentemente, é recontar a origem dos seus
protagonistas, apresentando-os a novos leitores e/ou adaptando-os aos novos
tempos que correm, completando ou complementando as situações que estiveram na
sua base, fortalecendo ou renovando a sua mística.
Embora algumas vezes com equívocos, opções (no
mínimo) duvidosas ou mesmo traições às suas memórias e às memórias que os
leitores deles guardaram.
No entanto é reconhecido que, nalguns casos, tornavam-se
imperiosas rectificações pois aquilo que era aceitável para os leitores de há
30, 40, 50 anos, é hoje pouco credível ou mesmo ridículo, pela sua ingenuidade,
inverosimilhança e/ou inconsistência.
Este é, aliás, o principal problema deste “El
Hombre Hormiga”, a falta de coerência na forma como Hank Pym aumenta ou reduz o
seu tamanho, libertando o gás de uma das ampolas que carrega no seu cinto, sem
que isso afecte aqueles que o rodeiam. A isto há que acrescentar que também os
objectos que lhe estão próximos ficam imutáveis, apesar de que tudo o que traz
vestido ou na mão acompanha proporcionalmente as suas mudanças de tamanho…
Mas, deixemos isto de lado – que pertence aquela
zona de credulidade necessária para desfrutar de relatos fantásticos como são
os de super-heróis ou os de ficção-científica – e voltemos um pouco atrás.
A história de Tom DeFalco acentua o estado
depressivo de Pym (…comum a vários outros heróis da Casa das Ideias) – em
oposição ao seu génio inventivo – e como isso o torna um joguete nas mãos
daquele que o querem explorar. O desejo de honrar a memória da mulher – também
cientista – e de alguma forma de a fazer reviver através desse trabalho,
dão-lhe as forças necessárias para prosseguir com a investigação que o levará a
descobrir a fórmula do gás que altera a sua estatura e também uma forma de
comunicar com insectos que, melhor do que os humanos, se virão a revelar
verdadeiros aliados.
A descoberta, demasiado importante e financeiramente
muito valiosa, desperta a cobiça do seu empregador que desde o início planeia apoderar-se
dela para seu próprio proveito, transformando Pym num fugitivo, primeiro, e num
super-herói, mais tarde.
É esta a base desta adaptação aos nossos dias da
origem do Homem Formiga – publicada originalmente nos EUA, na colecção Season
One, renovando o Ant Man criado em 1962, pelos geniais Stan Lee e Jack Kirby,
na revista “Tales To Astonish #27”, que deverá protagonizar um dos próximos
filmes da Marvel, daí este “regresso ao seu passado”.
Escrita de forma competente por Tom DeFalco –
apesar da explicação por dar, pelo menos até agora, das razões que levaram à
morte de Maria - aqui e ali com bem conseguidos apontamentos de humor que
ajudam a libertar alguma da tensão que se vai acumulando, tem por público-alvo
uma faixa etária essencialmente juvenil (com o claro propósito de conquistar novos leitores), quer pelo tom da escrita, quer pelo
traço solto, linear e bastante legível de Horacio Domingues, que consegue de
forma satisfatória resolver ao nível gráfico, as questões relacionadas com as
sucessivas alterações de tamanho (e consequentemente de escala) do
protagonista.
E cujo trabalho pode ser analisado com maior
pormenor no dossier que encerra o volume, onde são reproduzidas como esboço, desenhadas
a lápis e passadas a tinta algumas das páginas do livro.
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