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26/12/2014

Tex Edição de Ouro #72: Os Sete Assassinos









Se a importância – criadora e histórica – de Gianluigi Bonelli e Sergio Bonelli (Guido Nolita) são indiscutíveis para a afirmação de Tex, parece-me indiscutível a relevância de Mauro Boselli na sua renovação – na continuidade – e na sua modernização, para o aproximar do nosso tempo.
Os Sete Assassinos – actualmente à venda em Portugal - é (mais) um exemplo disso.

27/12/2013

Tex Ouro #64: A tragédia do Trem 809


  
Leitor regular de Tex, em parte para alimentar o fascínio que o western sempre exerceu sobre mim, aprendi a conhecer as qualidades e limitações das aventuras do ranger.
No entanto, ao longo dos anos que já levo de seu leitor poucas foram as histórias que me prenderam e me obrigaram a uma leitura num só fôlego.
Esse foi o caso de “A tragédia do Trem 809”, actualmente distribuída em Portugal, que exemplifica bem aqueles que são (talvez…) os dois factores mais importantes da escrita de Mauro Boselli enquanto argumentista de Tex e que contribuíram decisivamente para uma certa renovação que conseguiu introduzir numa série com já algumas décadas.
Mais explicações já a seguir.

24/06/2013

Tex Edição de Ouro #61: O Bando dos Irlandeses









Boselli (argumento)
Marcello (desenho)
Mythos Editora
Brasil, Julho de 2012
135 x 175 mm, 330 p., pb, brochado
R$ 19,90 / 10,00 €


Suponho que uma das razões para as novas gerações não terem sido cativadas pelo western – a par de ser um género (literalmente) parado num tempo que lhes soa distante – é o facto de não terem – logicamente… - as referências e o conhecimento da mitologia com ele relacionadas, que outras gerações assimilaram.
Por isso, também – a par da diminuição global do número de leitores tout court - Tex luta com o decréscimo regular dos seus seguidores.
Esta história – que a título de curiosidade se pode dizer que foi a primeira que a Mythos editou no Brasil, quando “herdou” os direitos das publicações Bonelli da Globo – tem uma base que permite contornar a questão atrás descrita e chamar a atenção de quem normalmente passa ao lado das aventuras do ranger.
Boselli situa o seu início na Irlanda e associa alguns dos protagonistas ao IRA – o Exército Republicano Irlandês, mais mediático na época – 1997 – em que a história foi originalmente publicada.
O argumento de Boselli, como habitualmente, é denso e bem urdido, pois a par do já descrito, explora o “estado” revolucionário da Irlanda e do México e igualmente o passado de Tex e Kit, fazendo aquele encontrar um amigo de adolescência, a quem quase seguiu para se tornar fora-da-lei. E a quem agora tem a missão de prender, bem como aos seus companheiros – o tal bando dos irlandeses que dá título à narrativa.
Para isso terá de se embrenhar num México (sempre) conturbado pelas revoluções, enfrentar tanto o exército local quanto os rebeldes e reencontrar Montales, num final épico que apresenta um dos mais longos e sangrentos tiroteios que Tex Willer já viveu. E a que não falta um final com um invulgar tom trágico, pouco habitual na série.
A par de um argumento em crescendo, que prende pela aventura em si e pelas ramificações que vão sendo introduzidas para estruturar uma história consistente e com diversas surpresas e inflexões, “O Bando dos Irlandeses” conta com o traço realista, rigoroso e pormenorizado de Marcello que, mesmo não sendo nada beneficiado pela impressão, consegue brilhar a bom nível em especial na (longa e) dinâmica sequência final.
O que, tudo junto, faz desta banda desenhada – actualmente nas bancas portugueses - uma boa opção para quem quiser (re)descobrir o western.



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