07/10/2011

Lucky Luke

#58 - Na pista dos Dalton
René Goscinny (argumento)
Morris (desenho)
ASA (Portugal, Agosto de 2011)
220 x 300, 48 p., cor, cartonado
12,11 €

Há diversas bandas desenhadas que tiveram um papel especial na minha vida, embora pelos motivos mais diversos.
Esta é uma delas. Recompensa por algo de que já não me lembro, foi o primeiro álbum que tive e li em francês, longe de imaginar os muitos, muitos, muitos mais que se seguiriam!
No entanto, para além disso associo-o a uma recordação menos feliz, uma troca forçada de livros, provocada por um energúmeno que era meu colega de escola, cujo nome e cara nunca mais esqueci, que me ficou com ele e alguns mais, apenas emprestados para leitura. O que contribuiu sobremaneira para que o número de pessoas existentes na lista daqueles a quem empresto banda desenhada possa contar-se com os dedos de uma única mão. Com sobras.
Curiosamente, nunca mais reli o álbum – e o que narrei já se passou há mais de 30 anos! – pelo que a actual edição da ASA serviu para o (re)descobrir (e) em português.
Originalmente datado de 1962, tem como principal atractivo a estreia de Rantanplan, num argumento que não sendo dos mais memoráveis de Goscinny, tem algumas tiradas e sequências memoráveis (a falta de jeito de Rantanplan, a fome de Averell), servidas por sucessivos gags, tudo aliado a um bom ritmo narrativo, o que contribui para que seja uma leitura bem divertida.
A base narrativa – como quase sempre em Lucky Luke, o que não é sinónimo de menosprezo da minha parte – é simples, mas conduz a um encadear de situações hilariantes que culminarão no habitual final, se não feliz, pelo menos de reposição da ordem.
No caso presente, a enésima fuga dos Dalton da prisão, leva-os a cruzar-se com Lucky Luke, levando este a persegui-los afincadamente até os conseguir capturar. Pelo meio, surgem situações diversas, algumas novas, outras recorrentes, que suportam a história.
Como já referi a principal novidade do álbum é a presença de Rantanplan, impingido a Lucky Luke pelos guardas da penitenciária que perseguiam os Dalton, que ao longo do álbum se vai aproximando daquilo que viria a ser posteriormente, perdendo as poucas qualidades que tinha para acabar a assumir na perfeição o papel de “cão mais estúpido do Oeste… e do Este”, incapaz de coordenar um pensamento lógico e sempre esfomeado. Numa significativa aproximação a Averell – não por acaso, o único que gosta dele – que também desempenha – pela negativa… - um papel importante no álbum.
Graficamente, o traço de Morris ainda estava em desenvolvimento, à procura da forma e do estilo que, justamente, o viriam a celebrizar – Lucky Luke e Rantanplan são os melhores exemplos disso _ embora em termos de planificação, de dinamismo narrativo e de transmissão da noção de movimento e da acção este álbum já ombreie com o melhor que Morris posteriormente demonstrou.

A reter
- A estreia de Rantanplan
- A dualidade Rantanplan/Averell.
- A cena em que Joe Dalton defende Lucky Luke.

Curiosidade
- A participação especial (involuntária) de Jerry Spring no álbum (ver prancha ao lado), numa homenagem de Morris ao mestre Jijé.

06/10/2011

Tchang!

Comment l’amitié déplaça les montagnes
Jean Michel Coblence (texto)
Tchang Yifei (documentação e informação)
Éditions Moulinsart (Bélgica, Março de 2003)
225 x 225 mm, 192 p., cor, brochado com badanas
31,50 €

Hoje, dia 17 de Março*, as Éditions Moulinsart vão apresentar o livro “Tchang! Comment l’amitié déplaça des montagnes”, uma completa biografia de Tchang-Tchong Jen, o amigo chinês de Hergé. O seu lançamento é a primeira grande edição daquilo que se convencionou chamar o “Ano Tintin”, iniciado no passado dia 3 de Março, com o assinalar dos 20 anos da morte de Hergé e que se concluirá em Janeiro de 2004, quando se celebrarão os 75 anos da publicação da primeira prancha das aventuras de Tintin.
De Tchang, até hoje, apenas se conhe-ciam os aspectos da sua vida relacionados com Hergé: o encontro dos dois, em 1934, quando o abade Gosset sugeriu a Hergé que se documentasse sobre a China, antes de para lá enviar Tintin; a sua contribuição para a história e a escrita dos caracteres chineses reproduzidos em algumas legendas de “O Lótus Azul”; a sua inclusão, como personagem, neste álbum, ao lado de Tintin; o seu salvamento, após um desastre de avião, em “Tintin no Tibet” (1958), cujo trama tem por base a grande amizade entre as duas personagens de papel e serviu a Hergé para expurgar fantasmas pessoais; o seu reencontro com Hergé, em 1981, após longos anos de contactos diplomáticos para que as autoridades chinesas o autorizassem a sair do país.
O livro lançado cinco anos após a sua morte, a 10 de Outubro de 1998, para além de aprofundar estes aspectos, revela especialmente o homem e o artista (pintor e escultor), por trás do homónimo do amigo de Tintin, em paralelo com as mudanças que sofreu a China na qual viveu durante quase um século (1907-1998) e que afectaram sobremodo a sua existência, passando de autor conceituado e respeitado a proscrito pela Revolução Cultural de Mao Tsé-tung.
“Tchang!”, tem quase duzentas páginas profusamente ilustradas com fotos, documentos e desenhos de Tchang e Hergé, e é da autoria de Jean-Michel Coblence, historiador e apaixonado pelo extremo oriente, e de Tchang Yefei, uma das filhas de Tchang-Tchong Jen.

Hergé desenhou-se a ele próprio e a alguns colabora-dores (Bob de Moor, E. P. Jacobs) como figurantes de diversos álbuns de Tintin e muitas das suas personagens foram inspiradas em pessoas reais. Mas apenas duas figuraram nos álbuns com o seu próprio nome: Al Capone, que Tintin enfrenta e derrota em “Tintin na América”, e Tchang-Tchong Jen, que Hergé introduziu em “O Lótus Azul”, e que recuperou, mais tarde, em “Tintin no Tibete”. E dos dois, por razões compreensíveis, apenas Tchang autografou os álbuns em que surge ao lado de Tintin.

(* Texto publicado originalmente no Jornal de Notícias de 17 de Março de 2003)

05/10/2011

Une nuit de pleine lune

Yves H. (argumento)
Hermann (desenho)
Sébastien Gérard (cor)
Glénat (França, Setembro de 2011)
240 x 320 mm, 56 p., cor, cartonado
13,50 €

Resumo
Cinco jovens decidem assaltar um casal idoso que vive numa casa isolada, atraídos por um cofre supostamente bem recheado.

Desenvolvimento
Surpresa: o abrir do álbum deu a sensação de um regresso ao passado, ao tempo (já algo distante) em que Hermann não trabalhava em cor directa, fazendo o desenho a tinta-da-china, posteriormente colorido. Opção que o autor me tinha referido numa conversa no Festival de Beja, em 2010, que de imediato me veio à mente.
Por isso, o grafismo surge algo estranho, diferente, evocando em parte os últimos tomos de “Comanche” ou os primeiros de “Jeremiah”. Apesar da cor, aplicada por Sébastien Gérard, surgir menos exuberante, baseada em tons mais frios e sombrios, evidentemente ajustados ao tom da narrativa e à penumbra, apenas parcialmente quebrada pela lua cheia, em que quase toda ela decorre.
O relato começa de forma lenta, dando a conhecer os cinco jovens envolvidos no golpe. Cinco jovens – quatro rapazes e uma rapariga; quatro brancos e um negro; um inadaptado e quatro acomodados… – com razões e motivos diferentes para estarem ali: o regresso ao Marrocos natal, o desejo de uma vida com luxo, álcool e mulheres, o jeito para a electrónica, o conhecimento do local…
Cinco jovens cujas diferenças vêm de imediato ao de cima, revelando pontos de atrito, desentendimentos, formas de estar e de agir que farão com que rapidamente entrem em choque, pondo em causa o objectivo (que devia ser) comum mas que, afinal não os move a todos de igual modo. Num retrato ajustado de uma certa realidade comum a (quase) todos os países ocidentais, o que confere a “Une nuit de pleine lune” uma incómoda actualidade.
Depois, após cerca de um terço do livro que serve então como introdução e apresentação dos principais (serão?) intervenientes, o ritmo torna-se mais intenso, ao mesmo tempo que a tensão sobe, com a chegada à casa (já invadida) do casal idoso. Momento em que o plano, aparentemente tão bem traçado, começa a descarrilar.
Primeiro, porque as divergências quanto ao modo de acção vêm claramente ao de cima; depois, porque um infeliz acidente (será?) provoca uma morte e desencadeia um banho de sangue de consequências de todo inesperadas; finalmente, porque afinal o casal – o homem – não era tão dócil e submisso quanto os cinco jovens esperavam…
Thriller de acção, intenso e dramático, “Une nuit de pleine lune”, escrito de forma competente e muito legível (o que nem sempre tem acontecido…) por Yves H., revela mais uma vez Hermann como um dos grandes desenhadores de BD da actualidade, mesmo neste seu regresso (gráfico) ao passado.

A reter
- A surpresa do registo gráfico de Hermann.
- A boa adequação da cor à narrativa.

Menos conseguido
- Alguma previsibilidade do desfecho final.
- A “falta de páginas” para aprofundar as motivações individuais e as tensões entre os cinco jovens.
Curiosidade
- O álbum encontra-se também disponível numa edição a preto e branco, com capa diferente com aplicações de verniz em zonas seleccionadas, lombada em tela e tiragem limitada, que inclui um caderno extra com 8 páginas de esboços, cujo preço é de 25,00 €. E que permite admirar melhor o magnífico traço de Hermann.






04/10/2011

Dick Tracy, 80 anos

O primeiro detective da história dos comics americanos nasceu há exactamente 80 anos, nas páginas do "Chicago Tribune", na forma de prancha dominical. Era a concretização de quase uma década de esforços por parte do seu criador, Chester Gould (1900-1985) que pretendera chamá-lo Painclothes Tracy (algo como "agente à paisana" Tracy) mas que foi rebaptizado pelo editor com o nome – Dick Tracy - com que se tornou uma das obras de referência da chamada Época de Ouro dos comics americanos.
Mas a originalidade da série não se ficava pela profissão do herói - assumida logo à 10ª tira, para encontrar os raptores da sua noiva e assassinos do seu futuro sogro - vinha também da sua fonte de inspiração, as notícias dos jornais que reflectiam a criminalidade crescente num país que tentava a todo o custo deixar para trás os efeitos da Grande Depressão, ocorrida dois anos antes.

A seu favor "Dick Tracy" tinha ainda mais dois aspectos inovadores. Por um lado, um grafismo original, baseado num estilo caricatural feito de preto e branco contrastante, expressionista e brutal, apresentando o herói o célebre "queixo quadrado" e os vilões quase sempre um aspecto aberrante devido às faces disformes. Por outro lado, as histórias eram bem urdidas e traziam para as tiras de jornal um realismo até então desconhecido neste suporte, alicerçado num ambiente de tensão e suspense - por vezes, mesmo terror - e em doses generosas de violência, revelada especialmente no fim dos criminosos, raramente julgados, antes quase sempre abatidos pela polícia ou falecidos em estranhos e brutais acidentes de percurso, em especial durante a década de 40, na qual alguns dos mais notórios gangsters da série perderam a vida.
Chester Gould, sem qualquer formação artística, dotou Dick Tracy com uma rica galeria de personagens secundárias (Tess Trueheart, com quem casaria em 1949, Bonny Braids, a filha de ambos, o Chefe da polícia Brandon, Pat Patton, o seu fiel assistente, Júnior, o seu filho adoptivo, ou a longa lista de marcantes vilões entre os quais Big Boy, Pruneface ou Mumbles. Nos anos 60, a tira entrou na “era espacial”, tendo o herói pilotado naves, encontrado extraterrestres e ido até à Lua.
O criador do detective à paisana, adepto das técnicas forenses e utilizador de um famoso rádio-relógio-transmissor de pulso, manter-se-ia ao leme da sua criação até 1977, tendo assinado a série pela última vez no Dia de Natal. Rick Fletcher, seu assistente desde 1961, assumiria o desenho, e Max Allan Colins o argumento. Actualmente o detective continua a viver aventuras – de traço menos agreste e bem menos violentas do que na sua melhor fase - diariamente nos jornais, sendo os seus responsáveis Joe Staton e Mike Curtis que ontem começaram a recontar o primeiro caso do detective, como pode ser acompanhado aqui.
A partir de 1942, Dick Tracy seria alvo de uma bem conseguida e divertida paródia, na pele do também detective Fearless Fosdick, personagem de uma outra série famosa, "Li'l Abner", criada por Al Capp em 1934.
Graças às suas características originais, Dick Tracy, que em Portugal foi publicado principalmnete pelo Mundo de Aventuras, mas também no suplemento Quadradinhos de A Capital e no Lobo Mau, rapidamente granjeou uma forte popularidade, o que levou a que fosse transposto para um folhetim radiofónico, entre 1934 e 1948, e para o cinema, logo em 1937, quando estreou o primeiro de diversos filmes protagonizados por Ralph Byrd que assumiria a pele do detective até falecer, em 1952. Seria no entanto esperar até 1990, durante a primeira onda de adaptações de BD para a 7ª arte, para encontrar a mais fiel versão de celulóide da obra de Gould, num filme da Disney, realizado e interpretado por Warren Beaty, que contava ainda com Madonna, Al Pacino e Dustin Hoffman nos principais papéis.
As bodas de diamante de "Dick Tracy", há cinco anos, foram assinaladas nos Estados Unidos com a edição do primeiro volume de “The Complete Chester Gould’s Dick Tracy”, pela IDW Publishing, que entretanto já editou mais 11 tomos, estando o 12º já anunciado. 





(Versão revista e actualizada do texto publicado no Jornal de Notícias 4 de Outubro de 2006)

03/10/2011

Dylan Dog, 25 anos

Há 25 anos, chegava ao fim o mês de Setembro, aparecia nas bancas italianas uma nova revista de BD, editada pela Sergio Bonelli Editore. Mais uma aposta na banda desenhada popular de qualidade, estreava um novo herói, Dylan Dog, que dava nome à publicação que vinha fazer companhia a títulos de sucesso como Tex, Zagor ou Martin Mystère.
Intitulado “detective do pesadelo” ou do “impossível”, distinguia-se por (tentar) solucionar casos em que imperava o fantástico e o paranormal, numa hábil combinação entre o tom policial tradicional, com muito mistério e acção, e o terror, sendo por isso comum a aparição de fantasmas, monstros, lobisomens, mortos-vivos, assombrações, extraterrestres e o mais que se possa imaginar, a própria Morte incluída.
Como condi-mentos extra, trazia um toque de erotismo – como qualquer bom detective, Dylan Dog relaciona-se intima-mente com (quase) todas as suas belas e sensuais clientes – e um irresistível non-sense, fruto das tiradas do detective e, em especial, da actuação do seu ajudante, Groucho, cara chapada do irmão Marx homónimo, tagarela insuportável que se distingue por lançar uma pistola a Dylan nas situações mais aflitivas, mesmo quando aparentemente se encontra longe.
O seu criador foi Tiziano Sclavi, que o dotou de argumentos bem escritos, inteligentes e atractivos, com múltiplas referências à literatura, ao cinema, à pintura e à própria BD, ficando a imagem gráfica a cargo de Claudio Villa que o criou à imagem e semelhança do actor inglês Rupert Everett. Angelo Stano, Gustavo Trigo, Montanari e Grassani e Corrado Roi foram os primeiros desenhadores da série, por onde já passaram alguns dos grandes nomes dos quadradinhos italianos.
Filho de Morgana e de Xabaras, um alter ego de Abraxas, o seu maior inimigo, Dylan Dog é vegetariano, ex-alcoólico e ex-inspector da Scotland Yard e mora no nº 7 de Craven Road, cuja campainha grita em vez de tocar. Amante do clarinete, que toca em busca de inspiração para resolver os mistérios que se lhe deparam ao mesmo tempo que constrói um galeão em miniatura, sempre incompleto, o novo heróis dos fumetti (BD italiana) sofria de claustrofobia, não se dando igualmente bem com morcegos ou alturas, o que não impediu que granjeasse um enorme sucesso, tendo chegado a vender mensalmente mais de um milhão de exemplares, entre novidades e reedições, e chegando mesmo a superar Tex, o sustentáculo do impérios aos quadradinhos Bonelli.
A par disso, saltando para lá do papel, deu nome ao Dylan Dog Horror Festival, uma mostra de cinema fantástico onde apareciam muitos “clones” seus, trajados a rigor com camisa vermelha, casaco preto e calças de ganga azuis. Ainda no cinema, há poucas semanas estreou entre nós “Dylan Dog: Guardião da Noite”, uma película infeliz e falha de inspiração, dirigida por Kevin Monroe e protagonizada por Brandon Routh.
O detective marcou presença nas bancas portuguesas através das revistas das editoras brasileiras que o publicaram, a última das quais, a Mythos distribuiu em Portugal os 40 números que editou, o último dos quais distribuído no final de 2007.
Em Itália os 25 anos ficam assinalados pela publicação de Dylan Dog #300, a cores como é timbre da editora para os números centenários, numa história escrita por Pasquale Ruju e desenhada por Angelo Stano, que mostra um dos seus possíveis futuros.







02/10/2011

Selos & Quadradinhos (65)

Stamps & Comics / Timbres & BD (65)

Tema/subject/sujet: As viagens de Tintin / Tintin’s travels / Les voyages de Tintin
País/country/pays: França / France
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2007

01/10/2011

As Figuras do Pedro (IX)

Tintin

Figura: Tintin
Colecção: Tintin, Haddock et la Licorne
Ano : 2011
Altura : 7 cm
Material: resina
Preço: 1,99 €
Proveniência: oferta com o primeiro fascículo da colecção francesa Tintin, Haddock et la Licorne.

Mês Tintin

Este vai ser um mês dedicado a Tintin aqui, nas minhas leituras.
Porque há muito que a obra de Hergé é uma referência incon-tornável para mim, seria justificação suficiente, mas, no caso presente, também devido à estreia, no final de Outubro, do (tão esperado) filme de Steven Spielberg e Peter Jackson - sobre o qual, confesso, tenho ainda reservas -, o que mediatizará (mais uma vez) o “repórter que nunca escreveu uma linha”.
Por isso, os espaços que regularmente dedico a figuras e selos e também alguns dos outros textos abordarão diversas facetas de Tintin, Haddock, Milu e os outros, sem que isso implique, de forma alguma, que outras leituras e a actualidade deixem de marcar presença, no ritmo diário a que As Leituras do Pedro já habituaram os visitantes deste blog.
Assim, este mês, o meu voto é: boas leituras… especialmente de Tintin!
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