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12/04/2024

Brigantus #1 - Banido

Como um vício





Como um vício - que no entanto faz cada vez menos efeito, mas ainda sem ter chegado ao ponto de o largar - continuo a ser atraído por Hermann - pela sua obra… - álbum após álbum, meio ano após meio ano…

11/04/2023

Duke #1 a #7

Este mundo será sempre dele


Duke de Yves H. e Hermann, de que a Arte de Autor acaba de editar o sétimo e último volume, Este mundo não é o meu, completando assim mais uma série em português, é um western crepuscular, ambientado na transição entre os grandes tempos do Oeste selvagem e a caminhada atribulada mas inexorável para a chegada da civilização aos lugares onde a lei e a ordem durante anos foram impostas à força da bala.

11/02/2022

Duke #6: Para lá da pista

À espera do fim





Inicialmente pensado para seis tomos, Duke teve direito a uma prorrogação do prazo com mais um (?) volume extra - este - que nos serve um mergulho no passado de alguns dos intervenientes, para ajudar a compreender quem são e o que os move.

07/04/2021

Duke #5: Pistoleiro é o que serás

Ocaso...



Cito, com uma ligeira nuance, a abertura de ontem: 'Num ano em que a edição em Portugal parece rendida ao western - Undertaker, Tex, O último homem..., Lucky Luke... - Duke: Pistoleiro é o que serás é mais uma edição para engrossar aquela (bela) lista'.
E é mais uma obra de Hermann, um dos grandes Autores que a banda desenhada me fez descobrir, admirar, respeitar, seguir, mesmo quando está claramente a entrar no seu ocaso.

07/04/2020

Duke #4: A última vez que rezei

Continuidade, ainda...





Sinopse
À procura do irmão Clem, para tentar evitar que este sofra a vingança de Mullins, sem saber que a sua amiga Peg também está em perigo, Duke prossegue um percurso errático que, de cada vez, o parece aproximar mais dos(s) perigo(s).

18/03/2019

Duke #3: Sou uma sombra

Uma sombra...





Há duas coisas que impressionam na obra a solo - ou com o filho - de Hermann: a sua (quase) obsessão pela decadência do género humano e a sua enorme qualidade gráfica.

04/06/2018

Duke #1 e #2


 
Confiança

Uma das coisas boas que o actual momento editorial trouxe, foi fazer com que os leitores voltassem a ganhar confiança nas editoras, acreditando que quando começam uma série, ela terá (quase sempre) continuidade.

29/10/2017

Leitura Nova: Duke - A lama e o sangue





(nota informativa disponibilizada pela editora)

EM 1886, UM DOS PEQUENOS POVOADOS DO COLORADO, NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, VÊ-SE ATEMORIZADO POR SÁDICOS PISTOLEIROS CONTRATADOS PELO PROPRIETÁRIO DE UMA MINA, OS QUAIS NÃO TÊM QUAISQUER ESCRÚPULOS EM ASSASSINAR TODOS OS QUE CRUZAM O SEU CAMINHO.

27/01/2016

22/01/2016

Old Pa Anderson








O que continua a surpreender-me, em cada novo (re)encontro com Hermann, é a sua invulgar capacidade de trabalho, pese embora os já 77 anos que conta. Mas que não se notam no seu traço fantástico.

22/01/2015

Sans pardon












Se o reencontro regular – duas vezes ao ano… - com a arte de Hermann é um prazer, este ano – agora – acentuou-se pois Sans pardon é um western ambientado no Wyoming onde cavalgou um dos heróis que marcou a minha adolescência/juventude: Red Dust – que ao longo do álbum esperei sempre ver aparecer ao virar de uma esquina ou cavalgando pela planície…
História dura e amoral, plena de ódios, vinganças e violência – cujas razões, origem e fundamentos passam ao lado do leitor - Sans pardon mostra um outro lado do western e da vida dura que levavam os cowboys que viveram na segunda metade do século XIX nos territórios selvagens dos Estados Unidos.
Linear mas forte, a história de Yves H., foi desenhada com a mestria habitual por Hermann, permitindo o regresso – mesmo que apenas por sessenta (belas) páginas – ao oeste que ficou para sempre gravado na minha memória – e nas minhas preferências de leitura.

  

Sans pardon
Colection Signé
Yves H. (argumento)
Hermann (desenho)
Le Lombard
Bélgica, 9 de Janeiro de 2015
241 x 318 mm, 64 p., cor, cartonado
EAN 9782803634958
14,45 €

17/01/2014

Station 16










A comemorar 20 anos em 2014, a colecção Signé abre as “hostilidades” com um dos autores que mais vezes aproveitou a liberdade que ela lhe proporcionava.
Trata-se de Hermann que, de novo em parceria com o seu filho Yves H., explora uma temática fantástica pouco habitual no duo.
As Leituras do Pedro abrem o apetite para o álbum já a seguir.

08/06/2012

Les Tours de Bois-Maury #15 – Oeil de Ciel








  



Yves H. (argumento)
Hermann (desenho)
Glénat (França, 9 de Maio de 2012)
215 x 293 mm, 48 p., cor, cartonado
11,50 €


 
Resumo
1660, província do Yucatan, México.
Um grupo de homens, exaustos, feridos, famintos, avança pela floresta densa e luxuriante. São os poucos sobreviventes de uma expedição espanhola, dizimada pelos sucessivos ataques dos índios. Para lá de uma dúzia de solados, encontramos um padre e um francês, este último um descendente do senhor de Bois-Maury.
Enquanto os primeiros querem a todo o custo encontrar o caminho de regresso e o padre só pensa em impor a sua fé aos índios, Bois-Maury anseia por encontrar uma suposta cidade perdida, feita de ouro e jóias.

Desenvolvimento
Quase a atingir a centena de álbuns – número ainda mais impressionante se considerarmos a escola clássica de que é oriundo e a superior qualidade do seu traço – Hermann consegue mesmo assim surpreender-nos e deslumbrar-nos obra após obra.
Porque o seu traço – aos 74 anos! – se não está cada vez melhor – fasquia que é difícil de estabelecer – pelo menos continua ao mais alto nível, sendo notável a destreza com que alterna os ambientes em que se movem as suas personagens, de cenários urbanos para mundos pós-apocalípticos, do tempo medieval para a selva virgem em que se desenrola este Oeil de ciel.
Que Hermann retrata como (muito) poucos, num sublime jogo de luz e sombras, com estas últimas omnipresentes, cobrindo tudo e todos, brilhe o Sol no céu ou esteja a Lua no seu lugar, num mundo que a folhagem cerrada priva de luz directa. Mas, mesmo nessa penumbra constante, Hermann, regressado à cor directa, baseado numa gama limitada de tons verdes e cinzentos, consegue dar uma imensa legibilidade em qualquer momento do dia.
(Para próximo do final, num momento de pura magia, quando Bois-Maury chega às portas da cidade sonhada, quase nos cegar com o mesmo brilho intenso com que o protagonista se depara, em duas pranchas em que predominam os tons laranja).
Pela extensão do texto, pelos muitos elogios que já fiz, facilmente se percebe que – mais uma vez – a estrela desta obra é Hermann. O que não invalida que o seu filho, Yves H., tenha tido, pelo menos, a capacidade de criar uma história à medida do talento do pai.
Uma história simples e linear, é verdade, sem grandes surpresas, construída de forma competente, embora com personagens tipificadas e de comportamento espectável, mas que se lê com agrado. Uma história em que a avidez dos conquistadores brancos choca com a simplicidade dos indígenas, em que o absolutismo da fé católica, tantas vezes caindo no absurdo, encontra dificuldade em se impor e em que a avidez se sobrepõe ao bom senso e aos princípios. 

A reter
- Hermann. Hermann e a sua arte. Bela, magnífica, sublime, mesmo que, possivelmente, o papel e a impressão – a que nada há a apontar - não lhe façam justiça completa…


Menos conseguido
- A tipificação e alguma previsibilidade do argumento, que Hermann resgata com a sua arte.
- O país em que vivemos – com as editoras, leitores, distribuidores, livrarias, divulgadores que temos… - que foi capaz de desperdiçar a oportunidade – que gozou durante anos – de publicar em português, em simultâneo com a edição original, cada nova obra do mestre Hermann.



05/10/2011

Une nuit de pleine lune

Yves H. (argumento)
Hermann (desenho)
Sébastien Gérard (cor)
Glénat (França, Setembro de 2011)
240 x 320 mm, 56 p., cor, cartonado
13,50 €

Resumo
Cinco jovens decidem assaltar um casal idoso que vive numa casa isolada, atraídos por um cofre supostamente bem recheado.

Desenvolvimento
Surpresa: o abrir do álbum deu a sensação de um regresso ao passado, ao tempo (já algo distante) em que Hermann não trabalhava em cor directa, fazendo o desenho a tinta-da-china, posteriormente colorido. Opção que o autor me tinha referido numa conversa no Festival de Beja, em 2010, que de imediato me veio à mente.
Por isso, o grafismo surge algo estranho, diferente, evocando em parte os últimos tomos de “Comanche” ou os primeiros de “Jeremiah”. Apesar da cor, aplicada por Sébastien Gérard, surgir menos exuberante, baseada em tons mais frios e sombrios, evidentemente ajustados ao tom da narrativa e à penumbra, apenas parcialmente quebrada pela lua cheia, em que quase toda ela decorre.
O relato começa de forma lenta, dando a conhecer os cinco jovens envolvidos no golpe. Cinco jovens – quatro rapazes e uma rapariga; quatro brancos e um negro; um inadaptado e quatro acomodados… – com razões e motivos diferentes para estarem ali: o regresso ao Marrocos natal, o desejo de uma vida com luxo, álcool e mulheres, o jeito para a electrónica, o conhecimento do local…
Cinco jovens cujas diferenças vêm de imediato ao de cima, revelando pontos de atrito, desentendimentos, formas de estar e de agir que farão com que rapidamente entrem em choque, pondo em causa o objectivo (que devia ser) comum mas que, afinal não os move a todos de igual modo. Num retrato ajustado de uma certa realidade comum a (quase) todos os países ocidentais, o que confere a “Une nuit de pleine lune” uma incómoda actualidade.
Depois, após cerca de um terço do livro que serve então como introdução e apresentação dos principais (serão?) intervenientes, o ritmo torna-se mais intenso, ao mesmo tempo que a tensão sobe, com a chegada à casa (já invadida) do casal idoso. Momento em que o plano, aparentemente tão bem traçado, começa a descarrilar.
Primeiro, porque as divergências quanto ao modo de acção vêm claramente ao de cima; depois, porque um infeliz acidente (será?) provoca uma morte e desencadeia um banho de sangue de consequências de todo inesperadas; finalmente, porque afinal o casal – o homem – não era tão dócil e submisso quanto os cinco jovens esperavam…
Thriller de acção, intenso e dramático, “Une nuit de pleine lune”, escrito de forma competente e muito legível (o que nem sempre tem acontecido…) por Yves H., revela mais uma vez Hermann como um dos grandes desenhadores de BD da actualidade, mesmo neste seu regresso (gráfico) ao passado.

A reter
- A surpresa do registo gráfico de Hermann.
- A boa adequação da cor à narrativa.

Menos conseguido
- Alguma previsibilidade do desfecho final.
- A “falta de páginas” para aprofundar as motivações individuais e as tensões entre os cinco jovens.
Curiosidade
- O álbum encontra-se também disponível numa edição a preto e branco, com capa diferente com aplicações de verniz em zonas seleccionadas, lombada em tela e tiragem limitada, que inclui um caderno extra com 8 páginas de esboços, cujo preço é de 25,00 €. E que permite admirar melhor o magnífico traço de Hermann.






03/08/2011

O Diabo dos Sete Mares

Partes 1 e 2
Yves H. (argumento)
Hermann (desenho)
Vitamina BD (Portugal, Agosto de 2008 e Março de 2009)
240 x 320 mm, 48 p., cor, cartonado

Após 40 anos de carreira, Hermann estreia-se numa história de piratas. Aos 70 anos, "O diabo dos sete mares", é (mais) uma confirmação de Hermann como um dos melhores desenhadores realistas da BD franco-belga.
E revela a sua mestria na planificação contida mas variada e dinâmica e, principalmente, no desenho traçado com soberbas cores directas, das múltiplas gamas de cinzentos das cenas nocturnas aos tons luxuriantes dos pântanos da Carolina do Sul.
Isto, depois de incursões por quase todos os géneros: aventura em estado puro (em "Bernard Prince"), western ("Comanche"), Idade Média (revisitada n'"As Torres de Bois-Maury"), futuro pós-apocalíptico ("Jeremiah"), ficção histórica ("Jugurtha") ou humor e fantasia ("Nic, o sonhador").
Agora, tudo se inicia com o casamento em segredo da filha de um rico fazendeiro com um aventureiro de passado duvidoso. Só que o seu acto despoleta um sem número de consequências, do deserdar da jovem ao incêndio da plantação do seu pai, da fuga do casal às sucessivas alianças, lutas e traições pela posse do tesouro do mítico e terrível pirata conhecido como "Diabo dos Sete Mares", em torno de quem tudo gira apesar de uma aparição pouco mais do que fugaz.
Tudo narrado em cadência acelerada, com os aconte-cimentos e as revelações a sucederem-se, obrigando o leitor a parar por vezes para considerar as diversas pistas que o argumentista Yves H., como é habitual nele, vai fornecendo, fazendo de uma intriga aparentemente simples e directa, uma trama elíptica e elaborada.
Só que – e isto tem acontecido pouco na carreira de Hermann – a passagem do primeiro tomo para o segundo revela-se – para mim, pelo menos, foi – uma desilusão. Porque, apesar da explicação de algumas pontas deixadas soltas, a opção narrativa tomada não convence e desvirtua aquilo que o primeiro tomo prometia, uma vez que este volume marca também a estreia de Hermann num outro género – o das histórias de mortos-vivos.
Sobra, no entanto, não sendo pouco, a excelência do seu trabalho gráfico.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 8 de Dezembro de 2008)

PS – Bongop: obrigado pelo empréstimo (involuntário) das pranchas incluídas neste post, pirateadas das tuas Leituras de BD
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