17/03/2013
Outras leituras
BD histórica pela Sergio Bonelli Editore
Sergio Codespoti no Universo HQ
Capas da Mad para super-heróis
Érico Assis no Omelete
James Bond: o integral das tiras de BD
Guido no Quadro a Quadro
E se a Marvel e a DC Comics se fundissem?
Ivo Neuman no Treta
IDW vai publicar tiras clássicas da DC Comics
Francis "Zoroastro" Fusillo no Comics blog it
Leituras relacionadas
Bonelli,
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IDW,
James Bond,
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Outras Leituras
16/03/2013
A arte de... Rui Ricardo
15/03/2013
As Tiras Clássicas do Pelezinho #1
Maurcio
de Sousa
Panini
Comics
Brasil,
Agosto de 2012
205
x 205 mm, 128 p., pb, brochado
R$
19,80 / 7,30 €
Em 1976, quando se concretizou o acordo entre
Maurício de Sousa e Pelé para uma versão infantil deste último protagonizar uma
nova série de histórias aos quadradinhos elaboradas pelo criador da Turma da
Mônica, isso aconteceu a dois níveis: em revistas e em tiras diárias publicadas
na imprensa.
O actual volume, de momento disponível nos quiosques
portugueses, é o primeiro da compilação integral destas últimas e tem prefácio do
“Rei”. Nele, encontramos Pelezinho (que tantos de nós lemos em pequenos)
acompanhado pela versão desenhada dos amigos que acompanharam o craque na sua
infância (real): o guarda-redes Frangão, o exaltado e pouco inteligente Cana
Braba, o cão Rex ou a sensual Bonga, entre outros.
A combinação entre o mundo da infância,
imaginativo e inesgotável, e o mundo do futebol com tudo o que lhe é inerente,
da arte à paixão, da competitividade aos ânimos acirrados, da imbecilidade à
magia de que pelé foi um dos expoentes, revelam-se um campo fértil para ser
(bem) trabalhado pelo humor característico de Maurício de Sousa, tão capaz de
exagerar as características de cada interveniente quanto de os fazer interagir
com as componentes da própria BD, numa hábil combinação de anedotas, nonsense e
humor visual, capaz de agradar tanto aos que vibram com o futebol tanto aos que
o detestam.
Leituras relacionadas
Maurício de Sousa,
Panini,
Pelezinho
14/03/2013
Leituras a fazer
Edições publicadas
recentemente, um pouco por toda a parte,
que eu gostava de ter.
que eu gostava de ter.
E que nalguns casos
até já tenho!
Hombre 1 (de 2)
Segura e Ortiz
EDT - Editores de Tebeos
Espanha
Segredo de Família
Eric Heuvel
Quadrinos na Cia.
Brasil
Rugas
Paco Roca
Bertrand Editora
Portugal
Principe Valiente (VIII) - Los hijos de Odin
Hal Foster
(restaurado por Manuel Caldas)
La Imprenta
Uruguai
Buck Danny - L'Intégrale Tome 8
Hubinon e Charlier
Dupuis
Bèlgica
Old Boy
Garon Tsuchiya e Nobuaki
Minegishi
Nova Sampa
Brasil
Apresentação Banzai #3
O Festival
Monstra recebe a equipa da NCreatures no Cinema S. Jorge, no próximo sábado, 16 de Março, das 18h às 20h, para o lançamento muito desejado da terceira edição da BANZAI, a
revista de banda desenhada no estilo manga de autores portugueses.
Esta edição
tem o destaque de capa para o manga "O Mundo de Joana Presunto",
vencedora do evento 24H MANGA de Março de 2012.
(Texto da
responsabilidade da organização)
13/03/2013
Ella Mahé #1
La joven de los ojos heterocromos
Maryse e Jean-François Charles (argumento)
Jean-François Charles e André Taymans (desenho)
Jean-François Charles e Bruno Wesel (cor)
NetCon2 Editorial
Espanha, Março de 2012
240 x 320 mm, 48 p., cor, cartonado
15,00 €
Resumo
Ella Mahé, restauradora de manuscritos antigos, aproveita um
trabalho no Museu do Cairo para visitar alguns dos lugares mais emblemáticos da
História do Egipto.
À chegada a Abu Simbel, conhece Thomas Reilly, arqueólogo e
neto de um dos companheiros de Howard Carter na descoberta do túmulo de
Tutankámon, que lhe revela estar na pista do túmulo de uma princesa que tinha
uma particularidade física especial: um olho negro e outro azul. Tal como Ella Mahé.
Desenvolvimento
Por vezes, a proximidade dificulta a visão. Durante anos “fornecedora”
de (boa) banda desenhada aos leitores portugueses, a Espanha parece hoje mais
distante do que os “longínquos” Estados Unidos.
Alguns dirão que os gostos mudaram, mas para os que
continuam a ler franco-belga, as edições em castelhano poderão ser uma boa
alternativa, em especial se o francês é um impedimento…
A chegada da NetCom2 Editorial ao nosso país, despertou-me a
curiosidade para o seu catálogo original (em castelhano) que conta mais de uma
centena de títulos, divididos em três grandes categorias: obras de Jacques
Martin, BD histórica e linha clara (nova e clássica).
Entre eles, encontrei este volume inicial de Ella Mahé (já
integralmente editada em quatro tomos que abordam períodos específicos da
História egípcia) cuja leitura evocou em mim boas recordações da viagem que fiza esse país já lá vão uns bons aninhos, pois com a protagonista pude rever alguns dos
locais que então visitei.
A narrativa está dividida em duas partes, uma com 10
pranchas desenhadas por Jean-François Charles, correspondentes ao período actual,
e as restantes com o traço de Bruno Wesel, que abordam o período do início do
século XX em que se deu a descoberta do túmulo de Tutankámon.
Esta estrutura mantém-se nos tomos seguintes, que contam com
outros desenhadores convidados: Francis Carin, Brice Goepfert e Christophe
Simon.
No presente álbum, essa dualidade criativa é algo
desconcertante, pois ao traço mais delicado, realista e sensual de Charles,
servido por um colorido mais suave e diáfano, segue-se uma linha clara pura e de
cores planas, embora em ambos os casos os tons e a luminosidade respeitem e se adeqúem
ao cenário em que a trama decorre.
Esta, assume inicialmente um tom romântico e misterioso, que
capta facilmente a atenção do leitor, mas que aos poucos se combina com um registo ficcional e histórico, para tudo terminar de forma algo inesperada e até desconcertante,
deixando ao leitor a interpretação das questões que ficam em aberto.
A reter
- Tal como as edições lançadas em Portugal, este álbum tem
bom papel, impressão e acabamentos, tendo o “bónus” de ter uma legendagem bem
próxima da original da série.
- O clima de mistério e conspiração que se prolonga ao longo
das páginas.
- O reencontro (para mim…) com locais que me marcaram
bastante.
Disney em Março
(Goody)
Comix #14
06/03/13
Comix #15
13/03/13
Comix #16
20/03/13
Hiper#4
22/03/13
Comix #17
27/03/13
12/03/2013
Morro da Favela
André Diniz
Polvo,
Portugal, Fevereiro de 2013
165 x 230 mm, 128 p., pb e cor, brochado com badanas
16,85 €
Resumo
Uma biografia de Maurício Hora, fotógrafo brasileiro
residente na favela do Morro da providência.
Desenvolvimento
Preconceitos.
Vivemos num mundo preconceituoso, somos educados com base em
(mais ou menos) preconceitos – sociais, religiosos, rácicos, comportamentais… Que,
mesmo que (parecendo) justificados, nos impedem de ver, de ver os outros, de
ver para lá dos outros, do retrato que deles nos traçaram ou impuseram, de ver
o que nos rodeia, de forma isenta, sem juízos prévios.
Acima de tudo, somos ensinados a temer a diferença, a
evitá-la, a rejeitá-la.
“Morro da Favela” é,
de certa forma, também, um libelo contra os preconceitos. Destrói – destrói? –
um dos mais arreigados no que ao Brasil diz respeito: que as favelas são
lugares malditos, cheios de bandidos, drogados, traficantes, polícias
corruptos, violência…
Não quer dizer que eles não existam e não estejam lá. E
“Morro da Favela” não branqueia o que são ou o que fazem. Porque querem.
Mas também mostra – principalmente – que, nas favelas, há
muitos que não são drogados, traficantes ou bandidos, gente como nós que está
na favela porque nela nasceu, por opção (ou por falta dela), que passam ao lado
– tentam passar – de tudo isto e levar uma vida normal.
Filho de um dos primeiros traficantes de droga, habituado a
visitar o pai na prisão em criança – e que dias de festa eram esses! –
resistente desde sempre a seguir o caminho mais fácil – o da dependência, do
tráfico, do roubo, da violência – Hora (con)seguiu uma vida normal sem sair da
favela e tornar-se um fotógrafo respeitado dentro e fora do Brasil.
A sua vida – sofrida, esforçada, empenhada, lutadora - serve
de base a um retrato mais vasto de uma realidade que apesar de tanta
mediatização desconhecemos quase totalmente.
E esse é o grande mérito de André Diniz, conseguir ter a
favela “como cenário” sem contar “mais uma história de violência, embora
soubesse que era impossível eliminá-la completamente…” como referiu na
entrevista que me concedeu há algumas semanas.
Ao centrá-la em Maurício Hora, humanizou-a, conseguindo em
simultâneo contar várias histórias – dos pais, dos vizinhos, dos amigos, também
dos traficantes e dos polícias corruptos… - criando uma história de descoberta
de uma realidade (que pode ser) diferente.
Da qual nos afastamos voluntariamente, de forma
preconceituosa. Como André Diniz que, morador no Rio de Janeiro há 27 anos,
“nunca havia pisado em uma favela”
A opção por um traço estilizado, anguloso, também
semi-caricatural, revela-se bem acertada.
Primeiro, porque reduz a carga de violência que associamos
ao local, afasta-nos da realidade mediatizada – despe a favela dos
preconceitos?
Depois, passado o impacto inicial que obriga a redobrar a concentração
para o interpretar e captar em toda a sua dimensão, revela-se até agradável,
extremamente legível e capaz de transmitir de forma equilibrada a carga
emocional associada ao relato.
Finalmente, ao ser trabalhado num preto e branco bem
contrastado, mas mostrado em “negativo”, parece aproximar-nos de Maurício Hora
e do seu trabalho fotográfico, mostrando como ele vê/vive num “mundo ao
contrário” do que nós esperaríamos.
- A força do relato de André Diniz: contido, equilibrado mas
poderoso.
- O traço adoptado, pela originalidade e eficiência.
- A boa edição da Polvo, complementada com algumas
fotografias de Maurício Hora e, relativamente à edição original brasileira,
enriquecida com ilustrações de alguns autores brasileiros: Marcelo e Magno
Costa, José Aguiar, Laudo Ferreira, Pablo Mayer, Ricardo Manhães e Will…
- … que tem o mérito de divulgar em Portugal uma das muitas
e muito interessantes obras recentes dos quadradinhos brasileiros, que
raramente chegam a Portugal, apesar da estranheza que de certa forma causa ver
editada entre nós uma obra brasileira – perfeitamente legível na língua
original que (naturalmente) foi mantida nesta edição…
11/03/2013
daytripper chega a Portugal
Esta é para mim a melhor notícia do ano até agora: a
distribuição de “daytripper”, dos gémeos brasileiros Fabio Moon e Gabriel Bá,
em Portugal, juntamente com as revistas (Marvel, DC Comics, Turma da Mônica) de
Março, o que deverá acontecer durante a próxima semana.
Não só pela notícia em si – “daytripper” foi, provavelmente,
a melhor banda desenhada que li em 2012 – mas pela porta que abre em termos de
futuro, pois cria fundadas esperanças de que outras edições similares possam
chegar ao nosso país.
Como já escrevi sobre “Daytripper” aqui, deixo a nota de imprensa da Panini:
QUAIS SÃO OS DIAS MAIS IMPORTANTES DA SUA VIDA?
Conheça Brás de Oliva Domingos. Milagroso filho de um
mundialmente famoso escritor brasileiro, Brás passa os dias escrevendo
obituários e as noites sonhando em se tornar um autor de sucesso – ele escreve
o fim da história de outras pessoas enquanto a sua própria mal começou. Mas, no
dia que sua vida começar, ele será capaz de perceber?
Ela começará aos 21, quando ele conhece a garota dos seus
sonhos? Ou aos 11, quando dá seu primeiro beijo? É mais adiante na vida quando
seu primeiro filho nasce? Ou antes, quando pode ter encontrado sua voz como
escritor?
Cada dia na vida de Brás é como a página de um livro. Cada
um deles revela as pessoas e coisas que o fizeram ser quem é: sua mãe e seu
pai, seu filho e seu melhor amigo, seu primeiro amor e o amor de sua vida. E,
como em todas as grandes histórias, seus dias têm reviravoltas que ele nunca
antecipou…
Em DAYTRIPPER, os ganhadores dos Prêmios Eisner e Jabuti
Fábio Moon e Gabriel Bá contam uma história mágica, misteriosa e tocante sobre
a vida – uma jornada lírica que usa os momentos silenciosos para fazer as
grandes perguntas.
daytripper
Fábio Moon e Gabriel Bá (argumento e desenho)
Dave Stewrat (cor)
Panini Comics (Brasil, Abril de 2012)
170 x 260 mm, 260 p., cor, brochada
12,00 €
Star Wars em Março
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Planeta DeAgostini,
Star Wars
10/03/2013
A arte de... Paolo Bacilieri
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Delcourt
Turma da Mônica Jovem #50
O Casamento do Século
Flávio T. de Jesus (argumento)
Estúdios Maurício de Sousa (desenho)
Panini Comics
Brasil, Setembro de 2012
160 x 210 mm, 128 p., preto e branco,
brochada, mensal
R$ 7,50 / 3,00 €
Há cerca de seis meses, o
Brasil - aos qua(dra)dinhos pelo menos – parou para ler “O Casamento do Século”,
que agora está nas bancas e quiosques portugueses.
Na verdade, após praticamente
meio século de zangas, discussões, planos infalíveis e coelhadas, a Mônica e o
Cebol(inh)a finalmente iam dar o nó.
Na base desta história,
estavam três objectivos: assinalar os 50 números da revista Turma da Mônica
Jovem; criar um facto mediático que impulsionasse (mais?) as vendas da
publicação (tal como já acontecera com o “primeiro beijo” dos dois no n.º 34);
reforçar um dos princípios que presidiu à criação da Turma da Mõnica Jovem: orientar
os leitores nas situações novas que a vida adolescente/jovem lhes depara.
E a verdade é que esta
história – uma vez satisfeitos os dois pressupostos iniciais - cumpre bem este
propósito, dando sentido a um relacionamento sério e de compromisso a dois,
algo cada vez menos valorizado e defendido nos nossos (tristes) dias…
No entanto, essa carga pedagógica/moral
– que existe e é intencional – numa história escrita primeiramente para agradar
às leitoras (mas que pode fazer muito bem a muitos leitores…) e que aborda
temas como o pedido de casamento, os preparativos, a cerimónia, a vida a dois,
a rotina ou a primeira zanga, está bem contrabalançada com sucessivos e
conseguidos momentos de humor típicos da Turma, evitando que a leitura se torne
mais pesada ou mesmo aborrecida.
Leituras relacionadas
Maurício de Sousa,
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Turma da Mônica Jovem
09/03/2013
Pedro Burgos na Mundo Fantasma
“Crónicas
de Arquitectura”
Data: 9 a 30 de Março
Local: Galeria Mundo
Fantasma, loja 509/510, Centro Comercial Brasília, Avenida da Boavista, 267,
Porto
Horário: de 2ª a sábado, das
10h às 20h: Domingos e feriados, das 15h às 19h
Pedro Burgos, arquitecto, ilustrador e autor de
banda desenhada, vai estar hoje, a partir das 17 horas, na galeria Mundo Fantasma,
no Porto, para apresentar e autografar o seu novo livro “Crónicas de
Arquitectura”. Na altura será inaugurada uma exposição com originais do mesmo.
Editado pela Turbina Associação Cultural e pela
Mundo Fantasma, “Crónicas de Arquitectura” é uma colectânea de bandas
desenhadas publicadas entre 2009 e 2012 no JA – Jornal dos Arquitectos,
publicação oficial da respectiva ordem. Assumindo o tom de crónica desenhada,
abordam as convenções, ambições e frustrações do meio arquitectónico num
registo “lúdico” e autocrítico.
A presente edição inclui uma crónica inédita,
escrita a meios por Pedro Burgos e pelo arquitecto Manuel Graça Dias, bem como
os desenhos preparatórios que antecederam a criação de cada uma das páginas
publicadas.
Pedro Burgos, que nasceu em Lisboa, a 4 de Julho
de 1968, começou nos quadradinhos com um 1.º lugar no Concurso Nacional de BD
de 1984, passou pelas páginas da revista “Lx Comics” (1990), representou Portugal
na Bienal dos Jovens Criadores da Europa Mediterrânea em 1992 e tem editados os
álbuns “À Esquina” e “Airbag e outras histórias”.
A exposição “Crónicas de Arquitectura”, fica
patente na galeria Mundo Fantasma, no Centro Comercial Brasília, até 30 de
Março.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de
Notícias de 9 de Março de 2013)
Leituras relacionadas
BD para ver,
Mundo Fantasma,
Pedro Burgos
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