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21/09/2013

Leituras Novas – Setembro de 2013

Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras, com alteração para a grafia pré-Acordo Ortográfico da responsabilidade de As Leituras do Pedro.
Algumas das edições aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei conhecimento delas.

Âncora Editora
João de Deus – A magia das letras
José Ruy
O novo álbum de banda desenhada de José Ruy dedica-se à vida e obra de João de Deus. Poeta, pedagogo e humanista, João de Deus deu origem a um método de aprendizagem de grande difusão com a sua Cartilha Maternal, tornando-se numa importante, senão a principal, referência pedagógica do século XIX. Actualmente, a obra de João de Deus é detentora de 55 centros educativos, entre eles um museu, uma casa-museu e uma Escola Superior de Educação.


Associação Juvemédia
JuveBêDê #54 



Bizâncio
Pérolas a Porcos #9 - 50 milhões de fãs não podem estar enganados
Stephan Pastis
Pérolas a Porcos, de Stephan Pastis, é o relato, tira a tira, da história de dois amigos: o Rato, arrogante e egocêntrico, e o Porco, lento de cabeça, penosamente ingénuo, um «ursinho de peluche».
Acompanham-nos a Zebra, activista dos direitos herbívoros; o Bode, um crânio relutante que gosta de ser tratado com o devido respeito; e os Crocs obsessivamente carnívoros.
Com esta trupe diversa, Pérolas traça uma caricatura deliciosa dos defeitos e limitações da natureza humana.
Senhoras e Senhores, o espectáculo continua…


Kingpin Books
Palmas para o Esquilo
David Soares e Pedro Serpa
PALMAS PARA O ESQUILO, escrito por David Soares e desenhado por Pedro Serpa, consiste numa observação sobre a distância que separa a imaginação da loucura e como a primeira pode transformar-se na segunda.
Passado numa instituição para doentes mentais, Palmas Para o Esquilo recusa os lugares-comuns associados aos asilos para apresentar os loucos numa luz positiva e compassiva, numa abordagem que parte da loucura como alegoria para a condição humana.
O asilo é um mundo, mas a loucura é uma anti-linguagem, porque não permite a comunicação. Isolados dentro das suas próprias mentes, só a imaginação pode libertar a alma.
Dos mesmos autores de "O Pequeno Deus Cego", vencedor em 2012 do Prémio Nacional de BD para o Melhor Argumento, atribuído pelo Amadora BD.
Ler mais sobre este livro aqui.


NetCom 2
Caroline Baldwin #1 – Moon River
Andre Taymans
Bonita, inteligente, desportista e solteira, Caroline Baldwin trabalha para a Wilson Investigation. Encarrega-se de resolver os enigmas mais díficeis. No momento em que a conhecemos, a sua missão é encontrar Frank White, um brillante astronauta, veterano na conquista da Lua. 
White é administrador da multinacional Kristal, especializada em material de vanguarda de exploração espacial e tem de assinar um importante contrato com uma empresa japonesa. Sem White, não há contrato. Caroline segue as pistas para descobrir o seu paradeiro e é então que começam os problemas. Quem tem interesse em encontrar o astronauta?
Taymans criou a personagem de uma mulher forte, moderna, muito independente, tanto no seu trabalho como no amor, mas também carinhosa e sensível. Com uma boa dose de suspense, muita nostalgia, um pouco de fantasia e paixão, Moon River é o primeiro título das investigações de Caroline Baldwin.

Keos #3 – O bezerro de ouro
Jacques Martin e Jean Pleyers
Keos é um jovem que nasceu entre os milagres e as tempestades do Antigo Egipto. 
Companheiro fiel do faraó Mineptah, recebeu a protecção do deus Osíris sob a forma de um anel mágico que dá um poder salvador da humanidade.
Keos é emissor de paz entre os povos egípcio e hebreu, que se massacram pelos seus deuses e pelas suas terras.


Polvo
Ar puro e água fresca
Pero
Filho de caçador, Joshua vê-se brutalmente órfão após o ataque à casa familiar por um grupo de índios. Terá então de aprender a sobreviver sozinho e a tornar-se adulto no ambiente vasto e rude das Montanhas Rochosas de meados do século XIX.
Nesta história, o autor coloca o seu traço elegante ao serviço de uma fábula inteiramente muda que conta a natureza selvagem dos grandes espaços e a natureza não menos frustrada dos homens.
Este é um western iniciático, trágico, com toques de humor, um romance que alia uma radicalidade gráfica e de argumento, que se mantém de uma extraordinária fluidez de fio a pavio, pois Pero escolheu o silêncio para deixar exprimir a força das ilustrações.

Originário de Grenoble, França, Pero, pseudónimo de Olivier Peret, começou por estudar Desporto antes de ingressar na Academia de Belas-Artes de Tournai. Acabados os estudos, dedicou-se de corpo e alma à criação e animação da revista “Cheval de Quatre”. Vive em Lille.
Com “Ar puro e água fresca”, a sua primeira obra enquanto autor completo, Pero aceita o desafio de uma história muda, onde revela um belo domínio gráfico e narrativo.


Edições Online

A Filactera
Calafrios #1
Tenho o prazer de vos apresentar a Calafrios!, uma revista de BD dedicada a histórias de terror da década de 1950. Contém histórias curtas ilustradas por autores de renome como Alex Toth e Basil Wolverton, anteriores ao famigerado selo da Comics Code Authority que veio impôr restrições acerca do que se podia mostrar ou dizer nos comics dos E.U.A. Isso permitia algumas ousadias visuais para a época, como podem ver pela capa deste primeiro número.
O objectivo da Calafrios! é divulgar em português algumas obras praticamente desconhecidas do lado de cá do Atlântico mas que fazem parte da História dos horror comics.
Podem ler a revista online (ISSUU) ou transferi-la para o vosso computador ou tablet num dos formatos disponíveis (PDF ou CBR) clicando aqui.
Espero que gostem e que passem uns bons momentos a ler estas histórias “horrorosas”. 
Partilhem, ofereçam, divulguem e dêem as vossas opiniões, sugestões e críticas.


Qual Albatroz
Buterfly Chronicles – Crónica primeira: Hanako
João Mascarenhas
O mais recente trabalho de João Mascarenhas chama-se Butterfly Chronicles, será multilingue e terá edição ex­clusiva em formato digital. A primeira das dez crónicas da série já pode ser descarre­gada gratuitamente no site da editora Qual Albatroz.
O autor João Mascarenhas, conhecido pela sua personagem e alter ego Menino Triste, acaba de iniciar um novo projecto editorial intitulado Butterfly Chronicles. Terá periodicidade bimestral e estão previstas, no total, dez crónicas, que serão publicadas durante este e o próximo ano, em três línguas diferentes: português, inglês e japonês.
A acção de Butterfly Chronicles passa-se num univer­so alternativo em que a investigação científica no domínio da robótica e da inteligência artificial estão prestes a entrar numa nova era, e irão alterar o modo como seres humanos e máquinas coexistem. É no seio deste novo mundo tecnológico que surge Hanako, uma jovem com um poder muito especial e cuja personalidade se começa a desenhar nesta primeira crónica.
Butterfly Chronicles é uma banda desenhada de inspiração manga, estilo que tem conquistado grande popularidade sobretudo graças aos leito­res de e-books e tablets de sete polegadas, que se adequam perfeitamente a este formato de banda desenhada.
Como um dos objectivos do autor é mergulhar por completo nesta cultura da BD japonesa, seja no universo e no estilo do desenho, seja nas for­mas de divulgação, o livro foi pensado, desde o início, como uma edição exclusiva para e-book. Neste momento, estão disponíveis versões em PDF de alta resolução e em MOBI (o formato do Kindle da Amazon).
A Qual Albatroz aprimorou a experiência de leitu­ra para aparelhos Kindle, fazendo uso das novas potencialidades específicas para livros de banda desenhada que só este formato oferece. Se tiver um Kindle, poderá alternar entre a leitura por prancha ou por vinhetas. Em aparelhos de tinta electrónica, a última opção torna a leitura muito mais confortável.
Butterfly Chronicles já está disponível e pode ser descarregado gratuitamente da loja online da QualAlbatroz. Venha conhecer a Hanako.


Não é BD mas…
Booksmile
Tommy Fiasco #1 – Sempre a meter água
Stephan Pastis
Eis o "detetive" Timmy Fiasco, estrela do livro cómico do ano.
Ele é o fundador, presidente e administrador da agência de detectives com o seu nome: Fiasco, Lda. A Fiasco, Lda. é a melhor agência de detectives da terra e, provavelmente, da região. Talvez até de todo o mundo.
Mas quando ele passa a ter um sócio, um enorme urso polar chamado Total, o resultado passa a ser Fiasco Total, Lda.
Com personagens irresistíveis e um humor visual que decorre num ritmo perfeito, este livro vai deixar-te a roncar de tanto rir. Um livro e um herói que se distinguem claramente dos seus rivais.

Stephan Pastis é um dos mais conhecidos cartoonistas dos EUA, brilhando com a aclamada BD Pearls Before Swine, publicada em mais de 600 jornais, entre os quais o New York Times.
Ainda que se tenha licenciado em Direito, a sua paixão desde pequeno era desenhar. Durante a infância fechava-se no quarto a criar histórias em BD, e os seus desenhos faziam sucesso no jornal da escola.
Já a exercer advocacia, Stephan Pastis decidiu finamente mostrar os seus desenhos a diversas editoras e, depois de algumas rejeições,Pearls Before Swine fez saltar o autor para a ribalta, com milhares de publicações online, jornais e em muitos livros bestsellers. Em 2013 decidiu arriscar no mundo da literatura infantil, e assim nasceu Timmy Falhado, bestseller do New York Times.


A Booksmile disponibiliza os primeiros capítulos grátis, aqui.

23/04/2013

Palavras para quê?




Com o seu nascimento estabelecido “oficialmente” em função (também) da utilização regular de balões de fala, a banda desenhada tem provado recorrentemente que o texto escrito é muitas vezes desnecessário para a narração das histórias e para que os seus protagonistas se façam ouvir e entender.
A leitura recente e coincidente no tempo de (mais) três exemplos – dois deles em géneros em que isto é pouco habitual - são a justificação para este alinhavar de ideias, apresentado em função da ordem cronológica em que os li.






Donald e Peninha em Póquer de Ases
Enrico Faccini
In Comix #19
Goody
Portugal, 10 de Abril de 2013
135 x 190 mm, 132 p., cor, brochado, mensal
1,90 €


Viva e expressiva, a BD Disney – ao contrário da Turma da Mônica em que as histórias mudas são recorrentes – socorre-se habitualmente do texto escrito, o que torna mais surpreendente esta história publicada originalmente em Itália há apenas um ano com o título “Paperino & Paperoga in poker d'assi!”.
Relato de uma (surpreendente?) partida de póquer entre os primos Donald e Peninha, embora podendo ser interpretada linearmente, reveste-se de maior interesse se for lida enquanto metáfora dos truques, estratagemas e ardis utilizados pelos jogadores ao longo de uma partida de cartas para espreitar, adivinhar ou intuir o jogo e a estratégia do adversário.
São apenas 13 páginas, com excepção da primeira sempre assentes numa estrutura de três tiras de duas vinhetas, o que acentua o estatismo dos dois intervenientes e destaca mais os subterfúgios que utilizam, num conjunto sem dúvida muito bem conseguido.






Em memória de Marla Jameson
In “Homem-Aranha” #128
Dan Slott (argumento)
Marcos Martin (desenho)
Panini Comics
Brasil, Agosto de 2012
170 x 260 mm, 68 p., cor, brochado, mensal
R$ 6,50 / 2,80 €


Actualmente nas bancas portuguesas, esta edição do Homem-Aranha inicia-se com uma história que abre e fecha com longas sequências mudas.
No seguimento da aventura narrada na revista anterior, mostra os preparativos e o funeral de Marla, a esposa de J.J. Jameson, ex-director do Clarim Diário e actual presidente da câmara de Nova Iorque, dando especial atenção ao estado de espírito dele próprio – que acaba de perder a mulher - e de Peter Parker/Homem-Aranha – que se sente culpado por não ter conseguido evitar essa tragédia.
Aqui, o silêncio na narrativa – de onde as habituais sequências de confronto e de acção estão ausentes - acentua a saudade, a tristeza, a dor e o sentimento de culpa que, em doses diferentes, afectam os dois, e revela-se bem mais expressivo e eloquente do que muitas palavras que poderiam ter sido usadas.





Caroline Baldwin #1 – Moon River
André Taymans
In NetComic #11 a #19
NetCom 2 Editorial
Espanha, Abril de 2012 a Fevereiro de 2013
210 x 297 mm, 32 ou 48 p., cor, brochada, mensal
Gratuita, em papel ou em versão online


Primeira aventura de Caroline Baldwin, a detective privada criada por André Taymans, apresenta uma estrutura narrativa que intercambia sequências completamente mudas com outras em que os balões de fala desempenham o papel habitual.
As primeiras são bem utilizadas quer para descrever, sem recurso a texto escrito, situações banais – o despertar, uma viagem de carro, a inspecção de uma moradia… - , quer para apresentar ao leitor momentos de introspecção e de solidão, nos quais, aliás, está o segredo por detrás do relato.
Este conta o desaparecimento de Frank White, um ex-astronauta actualmente quadro de uma destacada empresa de aeronáutica, cuja presença é fundamental para garantir a assinatura de um importante contrato. Chamada para o encontrar, Caroline terá de enfrentar não só aqueles que na sombra querem fazer desaparecer White – que na realidade fugiu apenas assombrado por remorsos que há muito o atormentam – quer os seus próprios fantasmas.
Lida na revista gratuita espanhola da NetCom 2 – similar à portuguesa BDNet – encheu-me mais uma vez de um reprovável sentimento - a inveja – em relação a “nuestros hermanos”. Já com 21 números publicados, periodicidade mensal e 32 a 48 páginas (!), inclui muita informação sobre as séries e autores que a NetCom 2 edita em Espanha e permitiu-me perceber como uma editora que nasceu editando apenas Alix, não só completou esta colecção em tempo recorde como também cresceu de forma surpreendente.
Na NetComic, para além de Caroline Baldwin, pude também (re)encontrar Yoko Tsuno, Vasco, Lois, Allan MacBride (também em publicação na versão portuguesa BDNet) e até algumas criações espanholas…
Sendo difícil consegui-la em papel à distância a que nos encontramos, resta o consolo – para mim incompleto – da sua leitura online

22/04/2013

Leituras Novas - Abril de 2013


Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras, com alteração para a grafia pré-Acordo Ortográfico da responsabilidade de As Leituras do Pedro.
Algumas das edições aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei conhecimento delas.

ASA
Oh, Miúdas!
Sophie Michel e Lepage
Este álbum é composto por duas partes e dá-nos a conhecer o quotidiano de Chloé, Leila e Agnès, três raparigas da mesma idade, que pertencem a meios sociais bastante diferentes, mas cujos caminhos acabam por se cruzar. Chloé sonha ser bailarina e a sua mãe trabalha arduamente para conseguir pagar-lhe as aulas de dança; Leila, oriunda de uma família de imigrantes marroquinos, é confrontada com o racismo a que a sua família por vezes é sujeita; Agnès, nascida no seio de uma família burguesa, pode ter tudo menos a atenção dos pais. Apesar das suas origens díspares, tornam-se amigas e juntas vão descobrir que crescer pode ser complicado…

Enorme, Brutal, Colossal 2012!
Henrique Monteiro
Henrique Monteiro é um autor português (cartoonista), que tem publicado no SAPO páginas de cartoons/BD sob a forma de gags.
Em 2012, esses gags obtiveram uma média de três milhões de visualizações mensais, tendo sido copiados e divulgados via mail e Facebook por outros tantos milhões de portugueses.
Este livro contém uma síntese das melhores sátiras que caracterizaram a actividade política e social ao longo de 2012.
A obra conta com o prefácio de António, o conhecido cartoonista do jornal Expresso.

Paul Karasik e David Mazzucchelli
Um escritor de romances policiais, Quinn, recebe em três dias consecutivos um estranho telefonema que o incita a tornar-se detective e a proteger Peter Stillman.
Quinn, procurado pelo nome de detective Auster, deixa de ser escritor, assume o papel de detective e inicia uma investigação que nos conduz a uma história bizarra e opressiva que nos prende até à última página.


Bertrand Editora
Francisco Louçã, Mariana Mortágua e Nuno Saraiva
Com ilustrações e BD de Nuno Saraiva e design de Rita Gorgulho, este livro descreve o assalto que Portugal está a sofrer.
Eles estão a cobrar impostos acima das nossas possibilidades, a retirar subsídios de férias e de Natal que eram as nossas possibilidades, a destruir o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública e a Segurança Social que deveriam ser a devolução dos nossos tributos. Eles querem tudo. Eles, a finança, cobram uma renda sobre o nosso futuro e ainda querem convencer-nos de que somos culpados.
Por isso, em Isto é um Assalto, faz-se a conta e cobra-se a factura: verá como os bancos foram financiados pelos nossos impostos, como a austeridade e a chantagem da dívida estão a criar o maior desemprego da história do nosso país, como a troika destrói a vida das pessoas.


Bizâncio
Baby Blues 30 - Indo eu, Indo eu, a Caminho do Museu
Rick Kirkman e Jerry Scott
Os McPherson retratam, da melhor forma, as saídas em família...
Com 3 crianças pequenas.



Câmara Municipal de Moura
Cadernos MouraBD #9
Vassalo Miranda


Eros uma vez... o humorista Zé Manel
Zé Manel


Joaquim Costa, Poeta de Moura
Carlos Rico


Chiado Editora
Dead Combo Sound Files
Pedro Gonçalves
 

  
Devir
The Walking Dead #5 – A melhor defesa
Robert Kirkman, Charlie Adlard e Cliff Rathburn
As limpezas na prisão continuam e a cada dia que passa a vida de Rick e do grupo parece mais organizada, apesar das constantes tensões emocionais.
A queda de um helicóptero nas proximidades e a tentativa de salvamento dos seus ocupantes levam Rick, Glenn e Michonne a descobrir a hospitalidade da cidade de Woodbury onde o seu
“carismático” líder rapidamente mostra as suas verdadeiras intenções.
Facilmente se descobre que a natureza humana é mais assustadora do que qualquer zombie...

Death Note #5 – Recomeço
Tsugumi Ohba e Takeshi Obata
Ao cabo de uma semana encarcerado, tendo apenas Ryuk a fazer-lhe companhia, Light está pronto a desistir do seu Death Note e de todas as memórias associadas ao caderno.
Libertado das suas acções passadas, Light fica convencido que está inocente.
Mesmo assim, L tenciona manter Light fechado a sete chaves para sempre, sobretudo porque os assassinatos pararam a partir do momento em que ele foi preso.
Porém, de repente, uma nova vaga de homicídios do tipo Kira assola o Japão. Mais alguém deitou as mãos a um Death Note, só que estas novas mortes não apontam para tornar o mundo um lugar melhor, mas sim para fazer dinheiro.
O mundo dos negócios pode ser de morrer, e Kira quer ser uma corporação!


Gradiva
Jerry Scott e Jim Borgman
Um novo álbum da família já conhecida dos leitores, que retrata a angústia, as contrariedades e as alegrias vividas pelos pais de adolescentes.
Uma colecção imperdível, das mais criativas e originais da actualidade, considerada duas vezes como Best Newspaper Comic Strip pela National Cartoonists Society norte americana.
Não vai querer perder mais esta série de tiras que, com muito humor e imaginação, nos dá em directo as aventuras e desventuras da família Duncan!


NetCom 2
Keos #2 – A Cobra
Jacques Martin e Jean Pleyers
No palácio, Moisés ameaça o Faraó com grandes desgraças se este não autorizar o seu povo a abandonar o Egipto. Na sombra, o grande sacerdote Roy prepara a sua vingança.
Cumprirá Moisés as suas ameaças?
Que vingança prepara Roy?
Porque querem assassinar a amiga de Keos?
Será libertado o povo escravizado?

Margot #3 - Um 2CV para uma Musa
Olivier Marin e Callixte
Abril de 1961. Depois da sua vitória na Copa da Mulheres, Margot tornou-se na musa da Citroën. Percorre os salões do automóvel e apresenta a última novidade, o Ami 6.
O célebre estilista Théophile Saint Cardon acorda um patrocínio com a marca e desenha um modelo especial do 2CV com as cores da sua nova colecção.
Mas uns atentados muito estranhos impedem a apresentação ao público do muito esperado “2CV Margot”, do qual apenas se produziram 22 exemplares...
Quem é o responsável?... Porquê?
Agora, mais do que nunca, Margot conduz a investigação!


Jean-Yves Brouard, Olivier Marin, Patrick Dumas e Calixte


Planeta
A Guerra dos Tronos Vol. 2
George R. R. Martin, Daniel Abraham e Tommy Patterson
George R. R. Martin junta-se ao conhecido romancista Daniel Abraham e ao ilustrador Tommy Patterson para dar uma nova vida à obra-prima da fantasia heróica A Guerra dos Tronos, como nunca foi visto em graphic novels a cores, dando uma visão única do mundo idealizado por Martin.
Este volume é a continuação da adaptação em banda desenhada de A Guerra dos Tronos, a primeira parte da saga best-seller em todo o mundo, que ocupará os primeiros quatro volumes desta série de graphic novels.
  

Edições de Autor

Mário José Teixeira
‘Tamos tramados!
  
Topedro
A minha avó Conceição

11/04/2013

BDNet #3









Jean-Yves Brouard e Olivier Marin (argumento)
Patrick Dumas, Olivier Marin e Emilio Van Der Zuiden (desenho)
NetCom2 Editorial
Portugal, Abril 2013
110 x 150 mm, 16 p., cor, bimestral
Gratuita



Com a periodicidade (bimestral) prometida – o que merece realce num mercado editorial que raramente foi cumpridor - a NetCom 2 acaba de disponibilizar online o terceiro número da revista BDNet.

Enquanto os leitores mais tradicionalistas aguardam pela chegada da versão em papel – que eu também prefiro! – a verdade é que desta forma já se pode seguir a continuação das aventuras egípcias de Allan MacBride – que evocam, sem sombra de dúvida, o tutelar “Blake e Mortimer - O Mistério da Grande Pirâmide, de Jacobs – mas cuja intriga e desenho justificam, sem dúvida, uma edição em álbum.
Num número sem dúvida mais consistente que os anteriores, esta terceira edição da BDNet proporciona igualmente a contextualização histórica de “A Última Profecia”, a criação de Chaillet cuja publicação está em curso, uma entrevista com Jean Pleyers a propósito de “Keos” e ainda as primeiras pranchas de “Um 2CV para uma musa”, o terceiro tomo de Margot lançado este mês em Portugal.
No momento em que as edições da NetCom 2 – finalmente! – foram distribuídas na FNAC, obtendo a exposição (aos potenciais leitores) que justificam, esta é uma boa porta de entrada para os mundos que esta editora espanhola está a proporcionar aos leitores portugueses.

21/03/2013

Lois #4 – Monsieur, El hermano del Rey










Jacques Martin e Patrick Weber (argumento)
Olivier Pâques (desenho)
Ingrid De Vuist (cor)
NetCom2 Editorial
Espanha, Junho de 2012
226 x 305 mm, 48 p., cor, cartonado
15,50 €



Regresso ao catálogo castelhano da NetCom2 Editorial pela curiosidade de ter encontrado uma criação de Jacques Martin em que o tom de inquérito policial predomina  sobre a habitual temática histórica, embora esta sirva de base ao relato, ambientado na corte de Luís XIV.
De regresso a França, depois de ter estado na Luisiana, nas Antilhas e nos Países Baixos, Lois, um jovem pintor, regressa a França, sendo chamado ao palácio de Versalles para decorrar o quarto do príncipe ao mesmo tempo que investiga uma série de mortes por envenenamento.
Entre as intrigas da corte, os desejos de vingança, as ameaças e as tentativas de homicídio e a sombra do escândalo que o rei quer a qualquer custo evitar pois pode afectar o seu próprio irmão, Lois conduz o seu inquérito, que entre avanços e recuos o levará a uma descoberta inesperada mas algo simplista, que não cumpre na totalidade os pressupostos que as muitas pistas libertadas permitiriam supor.
Narrado de forma lenta, em progressão, “Monsieur, El hermano del Rey” merecia um desenhador que aliasse ao trabalho de base que sustenta o rigor histórico típico de Martin, um melhor tratamento da figura humana, em especial ao nível dos rostos, para equilibrar o desenho e transmitir um ambiente mais adequado ao relato.


13/03/2013

Ella Mahé #1


La joven de los ojos heterocromos







Maryse e Jean-François Charles (argumento)
Jean-François Charles e André Taymans (desenho)
Jean-François Charles e Bruno Wesel (cor)
NetCon2 Editorial
Espanha, Março de 2012
240 x 320 mm, 48 p., cor, cartonado
15,00 €



Resumo
Ella Mahé, restauradora de manuscritos antigos, aproveita um trabalho no Museu do Cairo para visitar alguns dos lugares mais emblemáticos da História do Egipto.
À chegada a Abu Simbel, conhece Thomas Reilly, arqueólogo e neto de um dos companheiros de Howard Carter na descoberta do túmulo de Tutankámon, que lhe revela estar na pista do túmulo de uma princesa que tinha uma particularidade física especial: um olho negro e outro azul. Tal como Ella Mahé.

Desenvolvimento
Por vezes, a proximidade dificulta a visão. Durante anos “fornecedora” de (boa) banda desenhada aos leitores portugueses, a Espanha parece hoje mais distante do que os “longínquos” Estados Unidos.
Alguns dirão que os gostos mudaram, mas para os que continuam a ler franco-belga, as edições em castelhano poderão ser uma boa alternativa, em especial se o francês é um impedimento…
A chegada da NetCom2 Editorial ao nosso país, despertou-me a curiosidade para o seu catálogo original (em castelhano) que conta mais de uma centena de títulos, divididos em três grandes categorias: obras de Jacques Martin, BD histórica e linha clara (nova e clássica).
Entre eles, encontrei este volume inicial de Ella Mahé (já integralmente editada em quatro tomos que abordam períodos específicos da História egípcia) cuja leitura evocou em mim boas recordações da viagem que fiza esse país já lá vão uns bons aninhos, pois com a protagonista pude rever alguns dos locais que então visitei.
A narrativa está dividida em duas partes, uma com 10 pranchas desenhadas por Jean-François Charles, correspondentes ao período actual, e as restantes com o traço de Bruno Wesel, que abordam o período do início do século XX em que se deu a descoberta do túmulo de Tutankámon.
Esta estrutura mantém-se nos tomos seguintes, que contam com outros desenhadores convidados: Francis Carin, Brice Goepfert e Christophe Simon.
No presente álbum, essa dualidade criativa é algo desconcertante, pois ao traço mais delicado, realista e sensual de Charles, servido por um colorido mais suave e diáfano, segue-se uma linha clara pura e de cores planas, embora em ambos os casos os tons e a luminosidade respeitem e se adeqúem ao cenário em que a trama decorre.
Esta, assume inicialmente um tom romântico e misterioso, que capta facilmente a atenção do leitor, mas que aos poucos se combina com um registo ficcional e histórico, para tudo terminar de forma algo inesperada e até desconcertante, deixando ao leitor a interpretação das questões que ficam em aberto.

A reter
- Tal como as edições lançadas em Portugal, este álbum tem bom papel, impressão e acabamentos, tendo o “bónus” de ter uma legendagem bem próxima da original da série.
- O clima de mistério e conspiração que se prolonga ao longo das páginas.
- O reencontro (para mim…) com locais que me marcaram bastante.


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