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30/10/2021
Apresentação: O Heroísmo de uma Vitória
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Lançamento
06/02/2021
Lançamento: O Heroísmo de uma vitória
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03/11/2019
Lançamento: Levem-me nesse novo sonho!
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14/03/2018
Leitura Nova: Nascida das Águas e o 16 de Março de 1974 (versão alargada)
(imagens e informação disponibilizadas pelo autor; clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)
Lançamento:
Centro Cultural das Caldas da Rainha
16 de Março, 10h00
Com a presença de José Ruy e do Coronel Otelo Saraiva de Carvalho
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25/01/2017
3 em português
Ruy, Sales, Mosi
Para além de serem portugueses e fazerem banda desenhada, suponho que
nada (?) mais une aqueles três nomes.
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José Ruy,
Rafael Sales
12/12/2016
Apresentação: Carolina Ângelo Beatriz
23/10/2016
Leitura Nova: Carolina Beatriz Ângelo
Carolina Beatriz Ângelo – Pioneira na Cirurgia e no Voto, é
o 81.º álbum publicado pelo mestre José Ruy e conta com a colaboração do Dr.
João Esteves, como consultor Científico. Retrata a vida de Carolina Beatriz
Ângelo (1878-1911), figura de vulto da Medicina Portuguesa, tendo sido a
primeira mulher a operar em Portugal.
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José Ruy,
Leituras Novas
21/08/2016
Leitura Nova: Histórias de Valdevez
Em 1141, os exércitos de Afonso Henriques, futuro primeiro
rei de Portugal, e os de seu primo, o imperador Afonso VII de Leão e Castela,
encontram-se no Vale do Vez, protagonizando um dos mais importantes e
fundadores acontecimentos da nação portuguesa, o Recontro de Valdevez, momento
que inspirou, de igual modo, a frase símbolo do nosso concelho: "Arcos de
Valdevez- Onde Portugal se Fez".
Leituras relacionadas
Âncora Editora,
José Ruy,
Leituras Novas
26/10/2015
03/02/2015
BD de José Ruy apresentada na Amadora
O álbum de banda desenhada O Juiz do Soajo, de José
Ruy, é apresentado hoje, terça-feira, 3 de Fevereiro, pelas 18:30 horas,
na Bedeteca da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, na Amadora, terra
natal do autor e grande centro de divulgação da BD portuguesa.
Leituras relacionadas
Amadora,
Âncora Editora,
José Ruy
28/09/2014
Leituras Novas: Setembro
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Leituras Novas,
Mmmnnnrrrg,
Polvo,
Verbo
05/09/2014
Leitura Nova: O Juiz de Soajo
A propósito da comemoração dos 500 anos do Foral de Soajo,
assinalados no passado dia 16 de Agosto, a Âncora Editora reedita a obra de
banda desenhada O Juiz de Soajo,
de José Ruy, em que o autor português de BD com mais álbuns publicados retrata
a história, os costumes e as tradições da vila de Soajo, em Arcos de Valdevez.
Mais informação já de seguida.
Leituras relacionadas
Âncora Editora,
José Ruy,
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07/03/2014
184.º aniversário de João de Deus celebrado com lançamento de BD de José Ruy
A obra de banda desenhada João de Deus – A Magia dasLetras, de José Ruy, é apresentada na próxima segunda-feira, 10 de Março, no
âmbito da comemoração do 184.º aniversário de João de Deus. A apresentação, a
cargo de Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas e do
Centro Nacional de Cultura, decorre pelas 16:30 horas, no Museu João de Deus,
em Lisboa.
Este é um duplo lançamento, das versões em português e em
mirandês, João de Deus – La Magie de Las Letras, com tradução de Amadeu
Ferreira e a colaboração de António Cangueiro.
Conheça mais sobre o autor e a obra já a seguir.
18/02/2014
João de Deus: A Magia das Letras
Kcecezêche, cequexe, metil, jêgue, rêre, zêxe, nenhetil…
Não, As Leituras do Pedro não mudaram de idioma nem adormeci
em cima das teclas do computador. O que atrás fica escrito tem uma explicação
lógica e coerente (por estranho que possa parecer…!) que podem descobrir já a
seguir.
21/09/2013
Leituras Novas – Setembro de 2013
Os textos, quando
existem, são da responsabilidade das editoras, com alteração para a grafia
pré-Acordo Ortográfico da responsabilidade de As Leituras do Pedro.
Algumas das edições
aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei
conhecimento delas.
Âncora Editora
João de Deus – A magia das letras
José Ruy
O novo álbum de banda
desenhada de José Ruy dedica-se à vida e obra de João de Deus. Poeta, pedagogo
e humanista, João de Deus deu origem a um método de aprendizagem de grande
difusão com a sua Cartilha Maternal, tornando-se numa importante, senão a principal,
referência pedagógica do século XIX. Actualmente, a obra de João de Deus é
detentora de 55 centros educativos, entre eles um museu, uma casa-museu e uma
Escola Superior de Educação.
Associação Juvemédia
JuveBêDê #54
Bizâncio
Pérolas a Porcos #9 - 50 milhões
de fãs não podem estar enganados
Stephan Pastis
Stephan Pastis
Pérolas a Porcos, de
Stephan Pastis, é o relato, tira a tira, da história de dois amigos: o Rato,
arrogante e egocêntrico, e o Porco, lento de cabeça, penosamente ingénuo, um
«ursinho de peluche».
Acompanham-nos a
Zebra, activista dos direitos herbívoros; o Bode, um crânio relutante que gosta
de ser tratado com o devido respeito; e os Crocs obsessivamente carnívoros.
Com esta trupe
diversa, Pérolas traça uma caricatura deliciosa dos defeitos e limitações
da natureza humana.
Senhoras e Senhores,
o espectáculo continua…
Kingpin Books
Palmas para o Esquilo
David Soares e Pedro Serpa
PALMAS PARA O ESQUILO,
escrito por David Soares e desenhado por Pedro Serpa, consiste numa observação
sobre a distância que separa a imaginação da loucura e como a primeira pode
transformar-se na segunda.
Passado numa instituição
para doentes mentais, Palmas Para o Esquilo recusa os lugares-comuns associados
aos asilos para apresentar os loucos numa luz positiva e compassiva, numa
abordagem que parte da loucura como alegoria para a condição humana.
O asilo é um mundo, mas a
loucura é uma anti-linguagem, porque não permite a comunicação. Isolados dentro das suas
próprias mentes, só a imaginação pode libertar a alma.
Dos mesmos autores de "O Pequeno Deus Cego", vencedor em 2012 do Prémio Nacional de BD para o Melhor Argumento, atribuído pelo Amadora BD.
Dos mesmos autores de "O Pequeno Deus Cego", vencedor em 2012 do Prémio Nacional de BD para o Melhor Argumento, atribuído pelo Amadora BD.
Ler mais sobre este livro aqui.
NetCom 2
Caroline Baldwin #1 – Moon River
Andre Taymans
Bonita, inteligente,
desportista e solteira, Caroline Baldwin trabalha para a Wilson Investigation.
Encarrega-se de resolver os enigmas mais díficeis. No momento em que a
conhecemos, a sua missão é encontrar Frank White, um brillante astronauta,
veterano na conquista da Lua.
White é administrador da multinacional Kristal, especializada em material de
vanguarda de exploração espacial e tem de assinar um importante contrato com
uma empresa japonesa. Sem White, não há contrato. Caroline segue as pistas para
descobrir o seu paradeiro e é então que começam os problemas. Quem tem
interesse em encontrar o astronauta?
Taymans criou a personagem de uma mulher forte, moderna, muito independente, tanto no seu trabalho como no amor, mas também carinhosa e sensível. Com uma boa dose de suspense, muita nostalgia, um pouco de fantasia e paixão, Moon River é o primeiro título das investigações de Caroline Baldwin.
Taymans criou a personagem de uma mulher forte, moderna, muito independente, tanto no seu trabalho como no amor, mas também carinhosa e sensível. Com uma boa dose de suspense, muita nostalgia, um pouco de fantasia e paixão, Moon River é o primeiro título das investigações de Caroline Baldwin.
Keos #3 – O bezerro de ouro
Jacques Martin e Jean Pleyers
Keos é um jovem que
nasceu entre os milagres e as tempestades do Antigo Egipto.
Companheiro fiel do faraó Mineptah, recebeu a protecção do deus Osíris sob a
forma de um anel mágico que dá um poder salvador da humanidade.
Keos é emissor de paz
entre os povos egípcio e hebreu, que se massacram pelos seus deuses e pelas
suas terras.
Polvo
Ar puro e água fresca
Pero
Filho de caçador,
Joshua vê-se brutalmente órfão após o ataque à casa familiar por um grupo de
índios. Terá então de aprender a sobreviver sozinho e a tornar-se adulto no
ambiente vasto e rude das Montanhas Rochosas de meados do século XIX.
Nesta história, o
autor coloca o seu traço elegante ao serviço de uma fábula inteiramente muda
que conta a natureza selvagem dos grandes espaços e a natureza não menos
frustrada dos homens.
Este é um western iniciático,
trágico, com toques de humor, um romance que alia uma radicalidade gráfica e de
argumento, que se mantém de uma extraordinária fluidez de fio a pavio, pois
Pero escolheu o silêncio para deixar exprimir a força das ilustrações.
Originário de
Grenoble, França, Pero, pseudónimo de Olivier Peret, começou por estudar
Desporto antes de ingressar na Academia de Belas-Artes de Tournai. Acabados os
estudos, dedicou-se de corpo e alma à criação e animação da revista “Cheval de
Quatre”. Vive em Lille.
Com “Ar puro e água
fresca”, a sua primeira obra enquanto autor completo, Pero aceita o desafio de
uma história muda, onde revela um belo domínio gráfico e narrativo.
Edições Online
A Filactera
Calafrios #1
Tenho o prazer de vos
apresentar a Calafrios!, uma
revista de BD dedicada a histórias de terror da década de 1950. Contém
histórias curtas ilustradas por autores de renome como Alex Toth e Basil
Wolverton, anteriores ao famigerado selo da Comics Code Authority que veio
impôr restrições acerca do que se podia mostrar ou dizer nos comics dos E.U.A.
Isso permitia algumas ousadias visuais para a época, como podem ver pela capa
deste primeiro número.
O objectivo da Calafrios! é divulgar em português
algumas obras praticamente desconhecidas do lado de cá do Atlântico mas que
fazem parte da História dos horror comics.
Podem ler a revista
online (ISSUU) ou transferi-la para o vosso computador ou tablet num dos
formatos disponíveis (PDF ou CBR) clicando aqui.
Espero que gostem e
que passem uns bons momentos a ler estas histórias “horrorosas”.
Partilhem, ofereçam,
divulguem e dêem as vossas opiniões, sugestões e críticas.
Qual Albatroz
Buterfly Chronicles – Crónica primeira:
Hanako
João Mascarenhas
O mais recente
trabalho de João Mascarenhas chama-se Butterfly Chronicles, será multilingue e
terá edição exclusiva em formato digital. A primeira das dez crónicas da série
já pode ser descarregada gratuitamente no site da editora Qual Albatroz.
O autor João
Mascarenhas, conhecido pela sua personagem e alter ego Menino Triste, acaba de
iniciar um novo projecto editorial intitulado Butterfly Chronicles. Terá
periodicidade bimestral e estão previstas, no total, dez crónicas, que serão
publicadas durante este e o próximo ano, em três línguas diferentes: português,
inglês e japonês.
A acção de Butterfly
Chronicles passa-se num universo alternativo em que a investigação científica
no domínio da robótica e da inteligência artificial estão prestes a entrar numa
nova era, e irão alterar o modo como seres humanos e máquinas coexistem. É no
seio deste novo mundo tecnológico que surge Hanako, uma jovem com um poder
muito especial e cuja personalidade se começa a desenhar nesta primeira
crónica.
Butterfly Chronicles é
uma banda desenhada de inspiração manga, estilo que tem conquistado grande
popularidade sobretudo graças aos leitores de e-books e tablets de sete
polegadas, que se adequam perfeitamente a este formato de banda desenhada.
Como um dos
objectivos do autor é mergulhar por completo nesta cultura da BD japonesa, seja
no universo e no estilo do desenho, seja nas formas de divulgação, o livro foi
pensado, desde o início, como uma edição exclusiva para e-book. Neste momento,
estão disponíveis versões em PDF de alta resolução e em MOBI (o formato do Kindle
da Amazon).
A Qual Albatroz
aprimorou a experiência de leitura para aparelhos Kindle, fazendo uso das
novas potencialidades específicas para livros de banda desenhada que só este
formato oferece. Se tiver um Kindle, poderá alternar entre a leitura por
prancha ou por vinhetas. Em aparelhos de tinta electrónica, a última opção
torna a leitura muito mais confortável.
Butterfly Chronicles já
está disponível e pode ser descarregado gratuitamente da loja online da QualAlbatroz. Venha conhecer a Hanako.
Não é BD mas…
Booksmile
Tommy Fiasco #1 – Sempre a meter
água
Stephan Pastis
Eis o
"detetive" Timmy Fiasco, estrela do livro cómico do ano.
Ele é o fundador,
presidente e administrador da agência de detectives com o seu nome: Fiasco,
Lda. A Fiasco, Lda. é a melhor agência de detectives da terra e, provavelmente,
da região. Talvez até de todo o mundo.
Mas quando ele passa
a ter um sócio, um enorme urso polar chamado Total, o resultado passa a ser
Fiasco Total, Lda.
Com personagens
irresistíveis e um humor visual que decorre num ritmo perfeito, este livro vai
deixar-te a roncar de tanto rir. Um livro e um herói que se distinguem
claramente dos seus rivais.
Stephan Pastis é um
dos mais conhecidos cartoonistas dos EUA, brilhando com a aclamada BD Pearls
Before Swine, publicada em mais de 600 jornais, entre os quais o New York Times.
Ainda que se tenha
licenciado em Direito, a sua paixão desde pequeno era desenhar. Durante a
infância fechava-se no quarto a criar histórias em BD, e os seus desenhos
faziam sucesso no jornal da escola.
Já a exercer
advocacia, Stephan Pastis decidiu finamente mostrar os seus desenhos a diversas
editoras e, depois de algumas rejeições,Pearls Before Swine fez saltar o autor
para a ribalta, com milhares de publicações online, jornais e em muitos livros bestsellers.
Em 2013 decidiu arriscar no mundo da literatura infantil, e assim nasceu Timmy
Falhado, bestseller do New York Times.
A Booksmile
disponibiliza os primeiros capítulos grátis, aqui.
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Qual Albatroz
06/08/2013
Biografias aos quadradinhos
Recém-chegada às livrarias nacionais, “Anne Frank: Biografia
Gráfica”, uma edição da Devir, é uma obra que exemplifica um género a que a
banda desenhada regressa recorrentemente: a biografia.
Se a história de Anne Frank, a pequena judia que narrou num
diário a sua experiência como refugiada judia na Holanda, durante a segunda Guerra
Mundial, é razoavelmente conhecida, recontá-la aos quadradinhos pode ser uma
forma de a fazer chegar a leitores menos familiarizados com as atrocidades
sofridas pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Os seus autores, Sid Jacobson e Ernie Colón, para além do
diário de Anne, basearam-se também em testemunhos de pessoas que a conheceram, para
fazerem um enquadramento histórico e narrarem a história da sua família antes e
depois do holocausto nazi.
Da mesma editora é também “O Zen de Steve Jobs”, que num
registo mais ficcional, ilustra diversos episódios da vida do fundador da Apple
entre 1970 e 2011, que mostram a sua relação com Kobun Chino Otogawa, um monge
zen dissidente do budismo, e como se inspiraram mutuamente.
Acreditando nas potencialidades desta forma de expressão e
na facilidade com que chega a leitores mais novos, a Fundação Nelson Mandela compilou
diversos episódios da vida do antigo presidente sul-africano em “Nelson
Mandela: The Authorized Comic Book”, um projecto que teve supervisão do próprio.
Temática usada em Portugal e noutros países ocidentais
durante décadas para contornar as limitações que a censura impunha, a biografia
aos quadradinhos continua a ter cultores como o veterano José Ruy, autor de “Leonardo Coimbra e os Livros Infinitos” (Âncora), na qual provoca o encontro entre duas
“versões” do biografado, o homem maduro e o jovem de 14 anos, que vão
conversando e percorrendo os diversos locais onde viveu uma das figuras mais
proeminentes do movimento da Renascença Portuguesa.
Já “Pessoa & Cia” (ASA), da catalã Laura Pérez Vernetti,
apresenta o poeta português através de uma biografia desenhada e da
reinterpretação de alguns dos seus poemas aos quadradinhos.
Menos conhecido é o fotógrafo brasileiro Maurício Hora, natural
da favela do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, onde ainda hoje habita
por opção, cujas dificuldades de vida inerentes ao meio são traçadas em “Morro da Favela” (Polvo) do também brasileiro André Diniz.
No campo do desporto, a vida de um dos maiores ciclistas de
todos os tempos foi lembrada aos quadradinhos nos anos 1970 pelo jornal “A
Capital”, numa BD recuperada pelo GICAV em “Um campeão chamado Joaquim
Agostinho”, a propósito do centenário do seu criador, Fernando Bento
(1910-2010).
Nos Estados Unidos, os quadradinhos biográficos dedicados a personalidades
e celebridades das mais diversas áreas encontraram um nicho de mercado que a
Bluewater Productions tem explorado a fundo. O actor Lou Ferrigno, o escritor
George R.R. Martin, o basebolista Jackie Robinson ou os One Direction são
alguns dos nomes que recentemente integraram um já vasto catálogo onde também
se encontram biografias de Barack Obama,
dos príncipes William e Kate, de Michael Jackson ou de Angelina Jolie, esta
última desenhada pelo português Nuno Nobre.
Entretanto, nalgumas bancas e quiosques portugueses está
neste momento disponível o segundo tomo de “La Vie de Mahomet”, uma biografia do
profeta do islão.
Editada pela revista satírica “Charlie Hebdo”, conhecida
pelas muitas polémicas que tem provocado e cuja sede chegou a ser alvo de um
atentado bombista, desencadeou uma tempestade mediática quando foi editado o
primeiro volume, mas a obra revelou-se fiel à versão histórica, fruto de um
profundo trabalho de pesquisa por parte de Zineb e Charb, que entre outras
bases utilizaram os textos sagrados do Corão “para ilustrar o percurso de um
homem, Maomé, tal e qual é descrito nas próprias fontes islâmicas”.
Apesar disso, não escapou a tornar-se alvo de alguns
extremistas e recentemente, em França, donos de quiosques foram ameaçados e
mesmo agredidos por a exporem e o Facebook chegou a suspender a página da “Charlie
Hebdo” por “publicação de conteúdos que violavam” as suas regras…
A finalizar, a título de curiosidade fica uma referência a
três biografias intimamente ligadas ao género narrativo que as suporta: “Maurício
de Sousa: biografia em quadrinhos”, assinada pelo respectivo estúdio, mas que
assume alguns contornos autobiográficos, “Osamu Tezuka – Biographie”, obra
póstuma sobre o criador de Astroboy, e “A Saga do Tio Patinhas”, editada em
Portugal pela Edimpresa, na qual Don Rosa recriou cronologicamente o percurso
do pato mais rico do mundo a partir dos muitos episódios escritos e desenhados
por Carl Barks, o seu criador.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
6 de Agosto de 2013)
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21/06/2012
Entrevista com José Ruy
"Não fico à espera de convites.
Faço."
José Ruy (foto do Blog do Centro Artístico e Cultural Artur Bual) |
Faço."
O álbum
“Leonardo Coimbra e os Livros Infinitos”, de José Ruy, é hoje apresentado na
Casa da Cultura Leonardo Coimbra, na Lixa, às 17 horas, com a presença do autor,
num evento integrado nas comemorações do 17º aniversário da elevação a cidade
daquela localidade.
A obra,
teve o apoio da Câmara Municipal de Felgueiras, terra natal do filósofo, que
adquiriu uma parte da edição de modo a garantir que todas as Escolas e
Bibliotecas do Concelho tenham exemplares.
Este foi
o pretexto para uma conversa à distância (por mail) com José Ruy, centrada
especialmente na sua relação com as autarquias e o seu método de trabalho.
Nesta conversa também foram abordados o álbum agora apresentado e o que se vai
seguir - “Carolina Beatriz Ângelo, Pioneira na Cirurgia e no Voto” - do qual As
Leituras do Pedro apresentam a capa e algumas pranchas, em estreia absoluta, o
que constitui mais um motivo de agradecimento a José Ruy.
As Leituras do Pedro - Há muito que o
José Ruy trabalha com o apoio de autarquias portuguesas. Sem querer entrar no
“segredo do negócio”, como funcionam normalmente essas parcerias? De quem
costuma partir a iniciativa, de si ou da autarquia?
José Ruy – Praticamente comecei a fazer histórias
relacionadas com Autarquias, com a “História de Macau”, depois de regressado
desse território chinês sob administração portuguesa, e por sugestão da
delegada em Lisboa, Dr.ª Amélia Dias. Mas não teve qualquer comparticipação da
Autarquia; As Edições ASA colocaram os livros directamente à venda no
território em livrarias previamente indicadas. As iniciativas para realizar estas
obras têm partido de mim, de professores, de autarcas e de editores. Mas nunca
realizei Histórias em Quadrinhos directamente para nenhuma Autarquia, como tem
acontecido com colegas meus.
Só
trabalho com editores, e são estes que por sua vez contactam e contratam com
algum promotor, que pode ser realmente uma Autarquia, um instituto, um museu ou
uma fundação.
ALP - É fácil chegar a acordo com essas
instituições em termos de valores envolvidos, prazos, condições de
impressão/distribuição, liberdade criativa, etc.?
JR - Esta sua pergunta está em parte já respondida, mas
explicarei melhor: Quando o editor decide publicar a obra, (apresentada sempre
por mim), devido ao meu processo de trabalho, não se levantam os problemas a que
faz alusão. A importância dos apoios para o editor, é de ter à partida a
garantia (de palavra) de uma quantidade de livros a serem adquiridos depois de
impressos, e só depois dessa altura pagos. Naturalmente que faz diferença uma
edição ser projectada para cinco mil exemplares, se puder atingir os dez mil. Quanto
mais elevada é a tiragem mais embaratece o preço unitário. Assim o promotor
adquirirá um produto mais em conta, e o editor também beneficiará disso.
Nunca
tive intromissão de qualquer espécie no que faço, pois o método que uso e que
todos sabem, é o seguinte:
Logo a
seguir a criar o argumento, elaboro toda uma planificação desenhada da história,
embora em rascunho, incluindo as legendas; depois apresento ao editor e ao
promotor, para análise. Sobre esse esboço são trocadas impressões, acrescentes
ou modificações, como um trabalho de equipa; mas uma vez aprovada essa fase,
não haverá qualquer modificação de última hora. Foi assim que trabalhei na ASA,
e apesar de fazer parte dos quadros efectivos, consegui disciplinar os
dirigentes quanto a um velho hábito de “põe e tira” já quase com o livro em
máquina. Quando me convidaram para a empresa, sabiam já que só aceitaria nessas
condições. Portanto a liberdade criativa é total, pois o que se discute por
vezes são pequenos pormenores pontuais.
Leonardo Coimbra e os Livros Infinitos |
ALP - Chega a ter diversas propostas
pendentes, ou trabalha um tema de cada vez?
JR - Por norma trabalho sempre com vários projectos encadeados,
uns sugeridos, outros de minha iniciativa; durante a arte final de uma obra,
estou já a trabalhar no argumento e a reunir material para uma outra, enquanto faço
a pesquisa para uma terceira ou quarta HQ.
A
pesquisa ocupa muitas vezes muito mais tempo do que a realização do livro. Só “arranco”
em definitivo quando tenho todos esses elementos na mão.
ALP - Depois de estabelecido o acordo,
qual o seu método de trabalho?
JR - Acontece que não dependo de qualquer “acordo económico”
para iniciar o trabalho. Ninguém irá apostar em adquirir livros para colocar em
escolas ou bibliotecas, se não ler e ver primeiro a história. Naturalmente que
o acabamento final, já pode ser antevisto pelo exemplo das obras por mim realizadas.
O autor tem de investir para ver resultados, não pode estar à espera de saber
quanto vai receber, para depois meter mãos à obra. É esta a minha filosofia.
Carolina Beatriz Ângelo |
ALP - Uma vez o trabalho finalizado, costuma
receber críticas das entidades envolvidas ou mesmo pedidos de alterações? Como
reage?
JR - Devido ao processo de trabalho que descrevi, esta situação
nunca se põe.
ALP - Sem estas parcerias com as câmaras,
o José Ruy ainda era autor de BD?
JR - Claro que não dependo de apoios externos para editar as
minhas HQs. Pode o editor apostar numa tiragem mais reduzida, mas edita sempre.
Dou-lhe um exemplo: o livro “Aristides de Sousa Mendes, Herói do Holocausto”,
não teve apoios, e no entanto está em segunda edição. A editora do Museu Yad
Vashem de Jerusalém fez um contrato comigo para a edição em hebraico que está à
venda em Israel.
Não fico
à espera de convites. Faço.
ALP - Estes acordos com as autarquias ou
outras instituições significam a compra de que parte da edição?
JR - Essa proporção das tiragens depende. No caso de “A Jóia no
Vale!” foi de quatro para a Autarquia e dois para a editora, pois nestes casos
o livro é distribuído pelas escolas e bibliotecas e o tema é trabalhado nas
aulas, onde vou algumas vezes colaborar. Mas em Os Lusíadas em HQ, já no
adiantado da publicação em muitas edições, a Câmara de Almada adquiriu uma proporção
de 1 para 8, portanto uma pequena parte da edição da altura.
Carolina Beatriz Ângelo |
Em
Sintra, a Autarquia adquiriu um terço da tiragem em português, e quase a
totalidade das edições em espanhol, francês e inglês, pois estava mais direccionada
para a colocação destas versões nos postos de turismo da Vila. Em “O Juiz do
Soajo” uma parceria da Junta de Freguesia do Soajo, a Câmara de Arcos de
Valdevez e o Parque Nacional da Peneda Geres adquiriram dois terços, e também
quase a totalidade das versões em francês e inglês.
O “Pêro
da Covilhã”, de que na primeira edição a Região de Turismo da Serra da Estrela
adquirira metade, na segunda edição já só a Câmara da Covilhã adquiriu uma
pequena parte. “Amarante e a Heroica Defesa da Ponte” foi meio por meio.
Neste
caso recente do “Leonardo Coimbra”, a Autarquia adquiriu 4000 exemplares de
seis mil da tiragem.
A Âncora
(que tenho acompanhado mais de perto nos últimos anos) nas suas edições de HQ
não se limita a editar livros para fornecer a promotores; tem editado, obras minhas
e de colegas como o José Pires, o João Amaral e o Baptista Mendes (que tem um
livro a sair muito brevemente nessa editora), os que nos temos mantido mais activos na editora, com mais
ou menos tiragem, mas nunca deixando de o fazer quando não há apoios. Há sempre
o apoio do público. Mas se aparecer alguma aquisição extra, tanto melhor,
engrossa a tiragem.
Carolina Beatriz Ângelo |
ALP - No caso da biografia do Leonardo de
Coimbra, de quem partiu a iniciativa?
JR - A sugestão para o livro “Leonardo Coimbra e os Livros
Infinitos”, nasceu numa reunião com a presença do meu actual editor, em
Felgueiras, aquando de uma das minhas intervenções na Biblioteca Municipal,
pela então Presidente da Câmara Dr.ª Fátima Felgueiras. Foi um desafio a que
apliquei todo o meu empenho, pois cada novo livro representa para mim uma
importância especial pelo respeito e consideração que tenho pelo público a que
se destina.
ALP - Quais foram as maiores dificuldades
com que se deparou para criar esta obra?
JR - A grande dificuldade inicial que enfrentei nesta obra, foi
tornar apelativo aos escalões etários alvos, o argumento. Como sabe, em todas
as minhas HQ não me limito a alinhar os documentos históricos ilustrando-os a
seco. Concebo um pequeno enredo romanceado, através do qual o leitor se vai
apercebendo, às vezes sem dar por isso, da parte histórica que precisamos de
contar. Neste caso, como tratar este assunto tão fechado para uma grande parte
do nosso público das HQs, tornando-o acessível, e conseguindo que as páginas fossem
viradas uma a uma até à final, sem saltarem por cima? E no entanto tinha de ser
compreensível tanto para as crianças e jovens, como para o leitor adulto e já
conhecedor da personagem. E segundo parece, pela própria opinião do Pedro Cleto, consegui. Haverá sempre
um anão desconhecido que discorde e deite abaixo. Quem não se quer expor a
franco atiradores, não pode sair da linha defensiva da trincheira. Eu arrisco.
ALP - Está satisfeito com o resultado?
JR - Para lhe ser franco, nunca estou satisfeito, pois no final
penso que poderia ter feito melhor, ou diferente; mas terei de tentar no
trabalho seguinte, porque o terminado já pertence ao editor e terá de seguir os
seus trâmites. No fundo, quem importa que fique realmente satisfeito é o público.
É ele que permite que possamos fazer um próximo livro.
ALP - Sei que já tem um novo álbum pronto
para sair em Setembro. Qual o seu título e tema?
JR - O livro que tenho pronto desde finais de 2011, chama-se: “Carolina
Beatriz Ângelo, Pioneira na Cirurgia e no Voto”. É quanto a mim, um contraponto
ao Leonardo Coimbra. Trata-se de uma notável figura da mesma época, que se
cruzou com Leonardo numa outra luta, bem mais difícil, pela sua condição
feminina. Uma vencedora. Tenho a obra pronta em DVD e no entanto não temos
nenhum apoio definido.
A sua
publicação depende neste momento de se conseguir uma tiragem mais confortável,
de resto como a figura merece, e que o editor está a ponderar atentamente.
José Ruy (foto do Blog do Centro Artístico e Cultural Artur Bual) |
05/06/2012
Leonardo Coimbra e os Livros Infinitos
José Ruy
Âncora Editora (Portugal, Novembro de 2011)
215 x 300 mm, 32 p., cor, cartonado
11,00 €
Convite
A Âncora Editora e a Leya na
Buchholz têm o prazer de a/o convidar para o lançamento do livro Leonardo Coimbra e os Livros Infinitos, de José Ruy.
A sessão, que será precedida
pela inauguração de uma exposição de originais do livro, terá lugar no próximo
dia 5 de Junho, terça-feira, pelas 18:30 horas, na Leya na Buchholz, Rua Duque
de Palmela, n.º 4, Lisboa.
(Texto da responsabilidade da
organização)
Desenvolvimento
A biografia de Leonardo Coimbra
(1893-1936) político, pensador e filósofo, é o tema do mais recente álbum
(publicado) do veterano José Ruy – pois raramente este mestre dos quadradinhos
portugueses está sem novos projectos em mãos! - que nele evoca os momentos mais
marcantes da vida e da obra do protagonista, com o seu traço clássico e personalizado e
uma planificação de matriz que embora mais tradicional e contida apresenta uma assinalável
diversidade.
Para aligeirar a carga didáctico-pedagógica,
sempre inerente a uma obra com as características desta – factor que ao longo
dos anos tem sido uma pecha de muita da banda desenhada histórica nacional - José
Ruy utiliza um artificio narrativo: provoca o encontro entre duas “versões” de
Leonardo Coimbra, o homem maduro e o jovem de 14 anos, que vão conversando e
percorrendo os diversos locais onde Coimbra viveu e desenvolveu as suas
diversas actividades.
Isto acaba por resultar bastante
bem e tornar mais ligeira (no bom sentido do termo) a leitura deste álbum, cuja
edição teve o apoio da Câmara Municipal de Felgueiras, concelho de onde (Borba
de Godim) Leonardo Coimbra era natural.
Leituras relacionadas
Âncora Editora,
BD para ver,
José Ruy
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