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18/11/2020

Os Vingadores #13 + Turma da Mônica Jovem #42 + Quarteto Fantástico: Etern4mente

Mais três

Entre descoberta, surpresa e confirmação - ou até um pouco de tudo, em todas - deixo três referências rápidas a outras tantas publicações da Panini Comics Brasil, distribuídas/a distribuir este mês em (alguns) quiosques e bancas portuguesas.

18/02/2020

Ms. Marvel #3 e #4

 
Mais uma
Mais uma” - escrevi acima - série completa em Portugal: Ms. Marvel.
Mais uma - não por acaso, mas também não obrigatoriamente - série editada integralmente pela G. Floy.
Mas não é só por isso - embora também - que hoje trago uma banda desenhada que, na sua essência, bebe nos quadradinhos de super-heróis dos anos 1960 aspectos determinantes que tantas vezes esquecemos: identifica-se com o seu público-alvo, ao mesmo tempo que distrai e diverte.

02/08/2017

Homem-Aranha #1

Bom início




Depois da sua experiência com a banda desenhada Disney - ou a par dela, mesmo que noutros moldes? - esta é a segunda incursão a sério da Goody na banda desenhada, trazendo de novo, para as bancas e quiosques nacionais, heróis populares – no caso os super-heróis da Casa das Ideias.
E o mínimo que se pode dizer é que começou bem.

18/03/2016

Homem-Aranha Superior








1. A distribuição em Portugal da revista brasileira Homem-Aranha Superior #19, que publica a edição final da saga Superior Spider-Man, foi o pretexto para a releitura integral das suas cerca de 800 páginas, numa (quase) mini-maratona.

24/09/2014

Homem-Aranha Superior #7 e #8







Com a revista Homem-Aranha Superior #8 a chegar hoje às bancas, esta afirma-se cada vez mais como uma série que, episódio a episódio, impressiona e cativa num crescendo, com Dan Slott a continuar a narrativa da ascensão do ‘seu’ Homem-Aranha Dr. Otto Octavius Superior rumo a um aparente apogeu que certamente se revelará a (esperada) queda.
Mas, até lá, vale bem a pena a leitura, como tento explicar já a seguir, num texto que poderá revelar mais do que querem realmente saber...

22/04/2014

Homem-Aranha Superior #3






A conduta divergente do novo Homem-Aranha (Superior) – mais assertivo e violento do que nunca, como o comprova o Cardíaco num embate quase mortal - provoca dúvidas crescentes naqueles que conheciam o alter-ego de Peter Parker, por isso, Carlie Cooper, por um lado, e os Vingadores, por outro, começam a investigar o que se passa com o super-herói aracnídeo.
Só que… nem sempre boas – e legítimas – intenções conseguem os melhores resultados.
Já a seguir levanto um pouco mais do véu sobre uma das fases do Homem-Aranha que mais me entusiasmou desde há muito tempo.

06/03/2014

Homem-Aranha Superior #0/#1








Sejamos claros: o pretexto que está na origem do Homem-Aranha Superior é um absurdo. Mais a mais, um absurdo insuficientemente explicado.
Mas, será que uma história que parte de um absurdo pode dar origem a uma boa história?
Para saberem a minha resposta, têm que continuar a ler, já a seguir.

23/04/2013

Palavras para quê?




Com o seu nascimento estabelecido “oficialmente” em função (também) da utilização regular de balões de fala, a banda desenhada tem provado recorrentemente que o texto escrito é muitas vezes desnecessário para a narração das histórias e para que os seus protagonistas se façam ouvir e entender.
A leitura recente e coincidente no tempo de (mais) três exemplos – dois deles em géneros em que isto é pouco habitual - são a justificação para este alinhavar de ideias, apresentado em função da ordem cronológica em que os li.






Donald e Peninha em Póquer de Ases
Enrico Faccini
In Comix #19
Goody
Portugal, 10 de Abril de 2013
135 x 190 mm, 132 p., cor, brochado, mensal
1,90 €


Viva e expressiva, a BD Disney – ao contrário da Turma da Mônica em que as histórias mudas são recorrentes – socorre-se habitualmente do texto escrito, o que torna mais surpreendente esta história publicada originalmente em Itália há apenas um ano com o título “Paperino & Paperoga in poker d'assi!”.
Relato de uma (surpreendente?) partida de póquer entre os primos Donald e Peninha, embora podendo ser interpretada linearmente, reveste-se de maior interesse se for lida enquanto metáfora dos truques, estratagemas e ardis utilizados pelos jogadores ao longo de uma partida de cartas para espreitar, adivinhar ou intuir o jogo e a estratégia do adversário.
São apenas 13 páginas, com excepção da primeira sempre assentes numa estrutura de três tiras de duas vinhetas, o que acentua o estatismo dos dois intervenientes e destaca mais os subterfúgios que utilizam, num conjunto sem dúvida muito bem conseguido.






Em memória de Marla Jameson
In “Homem-Aranha” #128
Dan Slott (argumento)
Marcos Martin (desenho)
Panini Comics
Brasil, Agosto de 2012
170 x 260 mm, 68 p., cor, brochado, mensal
R$ 6,50 / 2,80 €


Actualmente nas bancas portuguesas, esta edição do Homem-Aranha inicia-se com uma história que abre e fecha com longas sequências mudas.
No seguimento da aventura narrada na revista anterior, mostra os preparativos e o funeral de Marla, a esposa de J.J. Jameson, ex-director do Clarim Diário e actual presidente da câmara de Nova Iorque, dando especial atenção ao estado de espírito dele próprio – que acaba de perder a mulher - e de Peter Parker/Homem-Aranha – que se sente culpado por não ter conseguido evitar essa tragédia.
Aqui, o silêncio na narrativa – de onde as habituais sequências de confronto e de acção estão ausentes - acentua a saudade, a tristeza, a dor e o sentimento de culpa que, em doses diferentes, afectam os dois, e revela-se bem mais expressivo e eloquente do que muitas palavras que poderiam ter sido usadas.





Caroline Baldwin #1 – Moon River
André Taymans
In NetComic #11 a #19
NetCom 2 Editorial
Espanha, Abril de 2012 a Fevereiro de 2013
210 x 297 mm, 32 ou 48 p., cor, brochada, mensal
Gratuita, em papel ou em versão online


Primeira aventura de Caroline Baldwin, a detective privada criada por André Taymans, apresenta uma estrutura narrativa que intercambia sequências completamente mudas com outras em que os balões de fala desempenham o papel habitual.
As primeiras são bem utilizadas quer para descrever, sem recurso a texto escrito, situações banais – o despertar, uma viagem de carro, a inspecção de uma moradia… - , quer para apresentar ao leitor momentos de introspecção e de solidão, nos quais, aliás, está o segredo por detrás do relato.
Este conta o desaparecimento de Frank White, um ex-astronauta actualmente quadro de uma destacada empresa de aeronáutica, cuja presença é fundamental para garantir a assinatura de um importante contrato. Chamada para o encontrar, Caroline terá de enfrentar não só aqueles que na sombra querem fazer desaparecer White – que na realidade fugiu apenas assombrado por remorsos que há muito o atormentam – quer os seus próprios fantasmas.
Lida na revista gratuita espanhola da NetCom 2 – similar à portuguesa BDNet – encheu-me mais uma vez de um reprovável sentimento - a inveja – em relação a “nuestros hermanos”. Já com 21 números publicados, periodicidade mensal e 32 a 48 páginas (!), inclui muita informação sobre as séries e autores que a NetCom 2 edita em Espanha e permitiu-me perceber como uma editora que nasceu editando apenas Alix, não só completou esta colecção em tempo recorde como também cresceu de forma surpreendente.
Na NetComic, para além de Caroline Baldwin, pude também (re)encontrar Yoko Tsuno, Vasco, Lois, Allan MacBride (também em publicação na versão portuguesa BDNet) e até algumas criações espanholas…
Sendo difícil consegui-la em papel à distância a que nos encontramos, resta o consolo – para mim incompleto – da sua leitura online

23/10/2012

The Amazing Spider-Man #692


 

 

 

 
 

 

Marvel Comics (EUA, Outubro 2012)
170 x 260 mm, 64 p., cor, comic-book mensal
$5,99 US
 
 
 
Este é um número integrado na comemoração dos 50 anos do Homem-Aranha e também da proximidade do “redondo” #700 – no qual o título vai acabar. Sem grandes razões para além da febre dos “números 1” que afecta actualmente a indústria dos comics norte-americana e para dar origem a um ainda (inexplicado) “Superior Spider-man”.
Inspirou-me três leituras diferentes, correspondentes ao trio de bandas desenhadas nele incluídas.

 
Alpha - Part 1: Point of Origin
Dan Slott (argumento)
Huberto Ramos (desenho)
Victor Olazaba (arte-final)
Edgar Delgado (cor) 
Esta é a história de um jovem liceal, mal-amado pelos colegas, vítima das suas partidas, que um dia, ao visitar um laboratório científico, é acidentalmente… não, não foi mordido por uma aranha radioactiva e por isso não se chama Peter Parker. Embora este, alguns anos mais velho do que aquilo que normalmente vemos, estivesse no laboratório como seu responsável.
O jovem em questão, Andy Maguire (evidente referência a Andrew Garfield e Tobey Maguire, os actores que interpretaram o herói aracnídeo no cinema), é sim atingido por uma dose de radiação, transformando-se no mais poderoso adolescente conhecido - com um (incongruente) visual à Lanterna Verde.
Devido à sua inexperiência e predisposição para avançar sem pensar, precisará de alguém para o orientar, sendo o Homem-Aranha naturalmente a encarregar-se disso, numa relação nem sempre pacífica, num registo algo atabalhoado e pouco credível, que recupera num novo contexto a moda dos parceiros adolescentes dos super-heróis (e não só).
Mais um truque comercial? Mais um avanço na completa descaracterização do herói aracnídeo que agora comemora 50 anos? A combinação dos dois? Seja o que for, espero que passe depressa – embora a chamada para o desenhar do excelente Humberto Ramos faça temer que não… - e nos devolva o Peter Parker que conhecemos.
 

Spider-Man for a night
Dean Haspiel (argumento e desenho)
Giulia Brusco (cor)
Numa das vertentes em que está a ser assinalado meio século do herói das teias, esta BD toma como ponto de partida um dos momentos fortes desses 50 anos: quando um desiludido e abalado Peter Parker deixa no caixote do lixo o seu uniforme, decidido a nunca mais o vestir.
Se, naturalmente, todos sabemos que voltou atrás, desconhecia-se o que aconteceu ao fato durante os (longos) minutos em que o Homem-Aranha não existiu.
Dean Haspiel revela esse segredo, numa história de tom humano, bem construída e desenvolvida, que convence pela forma como combina o desespero de um assaltante que só quer dinheiro para pagar o tratamento da neta com a mística do Homem-Aranha.

 
Just Right
Joshua Fialkov (argumento)
Nuno Plati (desenho e cor) 
Finalmente, na terceira BD, destaco o desenhador, o português Nuno Plati, pois a sua presença numa edição com este relevo não deixa de ser significativa.
Plati, fiel ao traço esguio e dinâmico – e à cor baseada em tons quentes - com que tem repetidamente retratado o Homem-Aranha, assina mais uma parceria com o argumentista Josh Fialkov, que enriquece a narrativa com um bem conseguido toque de humor.
Juntos, em duas dezenas de pranchas, narram um dia (não) do Homem-Aranha, que é salvo não pelos seus feitos heróicos, mas sim pela sua capacidade de manter o seu estatuto humano – mesmo com grandes poderes – e dar a um adolescente perseguido por colegas – mais um… - alguns momentos inesquecíveis.

 

26/04/2011

The Amazing Spider-Man #657

Dan Slott (argumento)
Nuno Plati Alves (desenho e cor)
Marcos Martin, Ty Templeton e Stefano Caselli (desenho)
Muntsa Vicente, Javier Rodriguez e Marte Garcia (cor)
Marvel Comics (EUA, Março de 2011)
170 x 210, 32 p., cor,
comic-book, mensal, $3,99 US


Na sequência do desaparecimento do Tocha Humana e da integração do Homem-Aranha no Quarteto Fantástico, surge este número de The Amazing Spider-Man, com sabor evocativo, numa história completa que, de alguma forma, faz a transição entre aqueles dois momentos fortes (e mediáticos) da cronologia recente do universo Marvel.
Nela, o Senhor Fantástico, a Mulher Invisível, o Coisa e o Homem-Aranha, divididos entre a nostalgia e a tristeza, evocam diversos episódios protagonizados por Johhny Storm, entre o curioso, o caricato e o divertido – que passam por uma partida ao Coisa, super-heróis em cuecas (literalmente!) e (mais) um feito de “um rapaz brilhante” - tendo cada um deles sido entregue a um desenhador diferente, o que faz deles episódios autónomos dentro da história base.
A par de uma bela capa, de traço simples, quase discreto, mas com uma forte componente com o tal sabor nostálgico e evocativo, esta edição tem a curiosidade de o segundo episódio ter sido entregue ao desenhador português Nuno Plati Alves, que é o aquele que apresenta o traço mais personalizado (que se destaca bastante do aspecto mais “standard”, deixem-me escrever assim, do todo), e onde ganham mais uma vez realce a expressividade dos rostos e as cores suaves e quentes utilizadas.
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