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24/01/2020

O Pacto da Letargia

Inovar na continuidade





Introdução
Obra inovadora na continuidade - tentarei explicar mais à frente o aparente paradoxo - O Pacto da Letargia é o primeiro grande lançamento deste novo ano e, mais do que isso, confirma a mestria de um autor que continua a ser dos maiores que a banda desenhada conhece.

03/12/2009

BD para o Natal – De Profundis

De Profundis Miguelanxo Prado ASA (Portugal, Setembro de 2008) 300 x 212, 88 p., cartonado, edição com DVD
“De Profundis” é a história de uma relação intensa e apaixonada de um pintor pelo mar, contada na forma de filme animado por Miguelanxo Prado. Conhecido (e aclamado) como autor de BD, o autor galego, aquando da sua passagem pelo Fantasporto, em 2007, definiu-o ao JN como “uma pesquisa artística para relacionar a pintura, a música e as novas tecnologias da imagem, um projecto extremamente pessoal" no qual se empenhou "durante quatro anos: os dois primeiros na pré-produção, e os dois seguintes de dedicação total e exclusiva", porque fez "todos os desenhos - em pintura a óleo - necessários para a animação". Mas desengane-se quem pensa ir assistir a uma película animada por computador, em 3D, com ritmo frenético e (algum) humor; Prado optou pela animação tradicional e um ritmo contemplativo, “para quem é capaz de estar 15 minutos a ver um pôr-do-sol no mar". O que não impede que neste filme, talvez como nunca, o desenho virtuoso de Prado brilhe, reluza, cative e atraia, realçado pela forma pausada como a acção decorre, qual mergulho extasiado no mar que o protagoniza, ao som da música original (indissociável da animação) de Nani Garcia “um amigo, músico de Jazz, com larga experiência de escrita de música para cinema e televisão", cujas composições, interpretadas pela Orquestra Sinfónica da Galiza, marcam o ritmo, acentuam a narrativa, exprimem emoções e sensações e são o único som dos 75 minutos deste filme sem diálogos, produzido pela Continental Producciones, em co-produção com a Desembarco Produccións e a Zeppelin Filmes. A história, lê-se na versão em banda desenhada (ou texto ilustrado…?), editada pela ASA, começa numa “casa no meio do mar, que tinha uma torre voltada a Poente, uma escadaria que se estendia pela água adentro e, a Levante, uma árvore que floria entre Março e Abril”. Nesta minúscula e estranha ilhota, um lugar de todo improvável, que desde logo marca o tom do filme, fantástico e maravilhoso, mais próximo do sonho do que da (nossa) realidade cinzenta, “viviam, apaixonados, uma mulher que tocava violoncelo e um pintor fascinado pelo mar e pelas suas criaturas…”. Pintor que, após um naufrágio, enceta uma viagem iniciática pelo misterioso fundo do mar, onde redescobre tudo o que já pintou - memórias que desconhecia serem-no – de desfecho fantástico.
Mais aberto no filme, que apela mais à descoberta, à capacidade de nos maravilharmos; mais directo no livro, de respostas mais concretas. Na origem desta história, simples e maravilhosa, combinação onírica de fantasia e lendas marítimas, está a paixão pelo mar (da Corunha, onde o autor vive). Prado acredita que os portugueses "que vivem com o mesmo Atlântico que me inspirou" e que têm “uma cultura marítima e uma relação próxima com o mar, terão uma sensibilidade especial para entender a história, o seu lado onírico, a mitologia de sereias e monstros marinhos, os sonhos e terrores que o mar inspira". E, se a gestação de "De Profundis" coincidiu com a catástrofe do petroleiro "Prestige", Prado nega "a ideia de denúncia”; o filme tem “uma clara vocação de redenção, uma espécie de ritual propiciatório, um pedido de perdão. Pretende recuperar o oceano na sua concepção mais limpa, mais brilhante, mais tradicional. É um conto, com muita poesia". (Versão revista e actualizada de dois textos publicados no Jornal de Notícias em 17 de Novembro de 2008 e em 28 de Julho de 2009)

10/07/2017

Traço de Giz (III)

Leituras
(introdução publicada na edição da colecção Novela Gráfica 2017)

Tu viste e ouviste o mesmo que eu, mas só que interpretamos os acontecimentos de modo diferente.
S.S. Van Dine, The Kidnap Murder Case, citado por Miguelanxo Prado in Traço de Giz

Quantas histórias tem um livro?
A resposta simplista é: uma, a que o autor escreveu (e desenhou, no caso de uma BD).
A mais extensa, preconiza que são “tantas quantas os leitores que o lerem”.
A resposta verdadeira - se num caso destes há verdade - ficará inevitavelmente entre as duas, mais próxima da quantidade do que da unidade.

12/02/2014

Ardalén










Quem somos nós?
O que pensamos que somos? O que os outros pensam que somos? Aquilo que os outros lembram de nós?
Em Ardalén, sem responder aquelas perguntas, Miguelanxo Prado aponta pistas, levanta hipóteses, sugere para lá do palpável, numa obra notável sobre a memória e o seu funcionamento, que urge descobrir (já a seguir).

30/06/2016

Presas Fáceis








Um dos factores comuns a (praticamente) todas* as obras de Prado, é a crítica social. Mas, possivelmente, ela nunca foi tão dura e violenta como em Presas Fáceis.

28/10/2015

Serie Negra Integral













No dia em que se assinalaram os 30 anos da chegada a 2015 de Marty McFly e Doc Emmet (protagonistas de Regresso ao Futuro), a chegada deste livro levou-me num verdadeiro regresso ao passado.

06/09/2018

Comic Con 2018


Depois de quatro anos na Exponor, em Matosinhos, a Comic Con Portugal 2018, abre hoje, às 14 horas, a sua quinta edição, agora no Passeio Marítimo de Algés em Lisboa.

18/09/2019

Como eu vi a Comic Con

Cair na realidade

Ao segundo ano em Lisboa - tal como tinha sucedido ao terceiro ano em Matosinhos - a banda desenhada foi posta no ‘seu’ sítio.
Que é como quem diz teve um cartaz reduzido, menos expositores, menos autores nacionais, menos filas nos autógrafos. Curiosamente num ano em que decorreu sob a égide da homenagem a Stan Lee...
Na prática, sejamos sinceros, isto é apenas um reflexo do seu verdadeiro peso económico e cultural no nosso país, pese embora o muito bom momento editorial que se tem vivido nos últimos anos.

10/06/2016

Colecção Novela Gráfica 2016


Começa na próxima quinta-feira aquela que pode ser considerada a segunda série da colecção Novela Gráfica.
São 15 – excelentes! – volumes, a um preço excepcional, como bem diz a publicidade, e que vão permitir passar um Verão em cheio com (alguma d)a melhor banda desenhada do mundo.

01/12/2015

Comic Con 2015 - Miguelanxo Prado

Um autor, um livro
Sugestão de leitura para conhecer a obra dos autores presentes na Comic Con Portugal, que terá lugar na Exponor, em Matosinhos, de 4 a 6 de Dezembro.
 
Miguelanxo Prado é convidado da Comic Con Portugal
(Clicar sobre a capa do livro para saber mais)

15/04/2013

“Portugal” distinguido em Barcelona







Profissionais de banda desenhada votaram os premiados do 31.º Salón Internacional del Cómic de Barcelona. Purita Campos, autor da popular série “Esther y su mundo “, ganhou o Grande Prémio do 31.º Salón Internacional del Cómic de Barcelona, numa edição em que também foram premiados “Ardalén”, de Miguelanxo Prado, como melhor obra de autor espanhol, “Portugal”, de Cyril Pedrosa, como melhor título estrangeiro, e Oriol Hernández, como autor revelação.


Nascida em 1937, Purita Campos chegou à editora Bruguera através de Vázquez, e trabalhou nas revistas femininas na casa, como “Dalia”, “Sissi”, “Branca” e “Célia”. Mas só em1971, quando começou a trabalhar para o mercado inglês, é que se tornou realmente famosa. “Patty’s World”, traduzido para castelhano como “Esther y su mundo“, continua a ser a sua série de maior sucesso.

“Ardalén” (Editorial Norma), a obra mais extensa e ambiciosa de Miguelanxo Prado até à data, foi considerada a Melhor Obra de Autor Espanhol publicado no ano passado. Ao mesmo tempo, “Portugal”, de Cyril Pedrosa, a história de um artista em plena crise criativa e pessoal que busca as suas origens, foi para o júri a Melhor Obra de Autor Estrangeiro publicada em Espanha em 2012.
O prémio para o autor revelação foi para Oriol Hernandez, desenhador, em conjunto com o argumentista Zidrou, por “La piel del oso” (Norma Editorial).
O prémio de melhor fanzine foi atribuído a “Adobo”, enquanto que “Sleepers” de Luis NTC foi o favorito do público, eleito melhor do ano por votação popular. Todos receberam aos seus prémios ontem à tarde, no recinto do Salón, no palco situado na zona do Far West.
O Grande Prémio do Salón Internacional del Cómic de Barcelona tem uma dotação de 10.000 euros, o de Melhor Obra de Autor Espanhol de 10.000 euros, o de Autor Revelação de 3.000 euros – com o patrocínio de la Fundação Divina Pastora-, o de Melhor Obra de Autor Estrangeiro não tem valor pecuniário e o Prémio para o Melhor Fanzine conta com 1.500 euros.

(Comunicado da organização, traduzido para português por As Leituras do Pedro)

09/12/2014

Comic Con Portugal: Balanço de um sucesso

Decorreu no passado fim-de-semana a Comic Con Portugal 2014, um evento que congregou na Exponor, em Matosinhos, os mundos do cinema, TV, banda desenhada e videojogos, numa grande comemoração da cultura pop, e o mínimo que se pode dizer é que foi um sucesso, um enorme sucesso.

09/11/2009

O Muro, antes e depois

Sienkiewicz, Schulteiss, Cabanes, Kerac, Tardi, Prado, Boucq, Drager, Zonic, Thomas, Parowski, Polch, Mezieres, Manara, Savitski, Floch, Torres, Gaiman, McKean, Pahek, Mora, Goetzinger, Gibbons, Moebius, Juillard, Bilal
Meribérica/Líber (Portugal, 1991)
220 x 292, 80 p., cor, brochado


A edição recente (em 1991) do álbum “O Muro, antes e depois", vem confirmar mais uma vez o proverbial atraso de que o nosso país sofre. Lançado a propósito da queda do muro de Berlim, por iniciativa de Pierre Christin (argumentista de Bilal e da série “Valérian”) e de Andreas Knigge (director literário das Edições Carlsen, na RFA), este álbum saiu simultaneamente em treze países europeus e nos EUA, há pouco mais de um ano. Ou seja, poucas semanas tinham decorrido sobre o derrube de um dos mais tristemente célebres “monumentos” criados pelo homem. A sua temática era, assim, actual, e a oportunidade do lançamento assinalável a vários níveis. Hoje, “tanto tempo” passado sobre a data, estou (e lamento-o) convicto de que, para muitos, o nome “Berlim” evoca apenas os saborosos pastéis de nata, que há na padaria da esquina…
Apesar de tudo, há que louvar a edição, mesmo apesar do sabor requentado (…) Compilando colaborações de cerca de três dezenas de autores (de um e outro lado do muro) o álbum ressente-se da heterogeneidade dos trabalhos, balançando o seu conteúdo entre o muito bom e o medíocre (para não ser mais severo…). A esta disparidade não será certamente estranho o traquejo as diversas e numerosas oportunidades de que sempre desfrutam os autores ocidentais (alguns dos quais de nomeada) em contraste com a limitações que eram (re)conhecidas aos seus companheiros de Leste, do outro lado do muro. Muro que foi construído para manter essas diferenças; muro que foi derrubado para, teoricamente, as abolir… Teoria que, hoje, quando a evolução das alterações sociais dos ex-países comunistas é conhecida, é questionada e em quase todos os casos, está longe de ser seguida na prática.
E esta +e uma das poucas vantagens que pode ter o atraso da edição lusa: comprovar até que ponto se tornaram realidade as visões pessimistas (ou devia escrever realistas?) de alguns dos artistas. Talvez que, de todos, o mais clarividente tenha sido o alemão Mathias Schulteiss, que nas cinco páginas que constituem a sua banda desenhada pôs na boca dos dois protagonistas muitas das dúvidas (e das críticas) que, a ocidente, se levantaram contra a abolição do muro que, enquanto de pé, apesar de reprovado, fazia já parte do comodismo quotidiano germânico (e não só). As questões que levanta o milionário da história são deveras reais e passaram de certeza pelas mentes de muitos, sendo a visão humanitária (e optimista, quase utópica) da sua companheira, hoje, uma triste e traída esperança.
Pelo mesmo diapasão alinham Mezieres e Manara (que traduz com rara beleza a destruição do sonho). Também com uma visão negativa da destruição do muro, mas esta causada pelo temor (bem oriental) da invasão imperialista ianque, são as BD de Torres e de Dave Gibbons.
Do Leste, onde a 9ª arte se encontra, a julgar pela amostra, bem abaixo do nível ocidental (leia-se francês e espanhol) e bem perto daquilo que (de pior) conhecemos em Portugal (a nível profissional9 o destaque vai para uma interessante obra do jugoslavo Bane Kerak que questiona qual será o futuro dos agora desempregados serviços secretos do Leste… Outra temática comum a mais do que um autor é a interrogação sobre os muros que ficam por derrubar, consumada que foi a queda material da construção de cimento e betão… Moebius, Mora e Goetzinger relembram ou sugerem as diversas barreiras (sociais, políticas, ideológicas) que se levantam a causar separações, quantas vezes mais difíceis de ultrapassar do que o muro que deu origem ao álbum.
Bem mais leves (e ingenuamente?) optimistas são os trabalhos de Sienkiewicz, do jugoslavo Zeljko Pahek e do colectivo leste-alemão Zonic, que anteviam um futuro esperançoso baseado no querer dos povos…
Tardi e Boucq, bem ao seu estilo, são cáusticos e directos.
Para o final, propositadamente, ficaram as três contribuições em que a poesia marca mais forte presença.
André Juillard, com um traço suave e claro, dá-nos a sua visão do novo mundo, se muros de pedra. Ficam os outros…
Prado, com uma breve narrativa ilustrada, plena de sentimentos e emoções, sentida e bem realista, lembra como era possível, cinco dias antes da queda, do lado de lá, perder esperanças e amores, o direito de viver em liberdade e a… vida.
Finalmente, tendo como pano de fundo uma colagem de Dave Mckean, surge-nos um poema do também britânico Neil Gaiman, onde ele conta:
“Quando era pequeno, tive um sonho…
No meu sonho havia uma nota, um tom, um acorde;
e quando surgia esse acorde, caíam todos os muros, em todo o lado. E as pessoas em todo o lado viam…
… O que as pessoas têm por hábito fazer atrás dos muros.
Ninguém mais tinha de se esconder em parte alguma.
Foi nessa altura que acordei. E por isso nunca soube se era bom ou mau não haver muros, algo onde nos possamos esconder e que sejamos livres de ir para todo o lado: sem hipocrisias, sem protecção, sem segredos”.
Há uns meses, um muro, “O” muro caiu. Para que possamos ver. Este álbum foi feito para que possamos relembrar.
Para que não sejamos operários na construção de novos muros.

(Versão revista do texto “O Muro, muito depois”, publicado no jornal O Primeiro de Janeiro, a 7 de Abril de 1991)

23/08/2015

Comic Con Portugal 2015 - Prado repete presença






Já há mais um nome da área da BD confirmado para a Comic Con Portugal, que se realizará de novo na Exponor, em Matosinhos, de 4 a 6 de Dezembro do corrente ano.
Trata-se do galego Miguelanxo Prado, que repete a presença da primeira edição, agora como convidado da loja Banda Deseñada.

22/06/2017

Colecção Novela Gráfica 2017



(texto retirado da página de Facebook da editora)

A Novela Gráfica está de volta com o jornal Público e com a Levoir. São 15 volumes em edição de coleccionador a partir do próximo dia 30 de Junho, por mais 9,99 €.

06/07/2017

Nas bancas: Traço de Giz


(nota informativa disponibilizada pela editora)
Traço de Giz é o segundo volume da colecção Novela Gráfica, foi escrito e desenhado por Miguelanxo Prado, um dos mais premiados autores espanhóis e autor de Presas Fáceis editado pela Levoir na colecção Novel Gráfica de 2016, galardoado com o Prémio do melhor livro estrangeiro no último Amadora BD.

02/12/2014

Comic Con Portugal – Banda Deseñada

De 5 a 7 de Dezembro vai realizar-se na Exponor, em Matosinhos, a primeira Comic Con Portugal.
Até lá, As Leituras do Pedro estão a publicar diariamente mini-entrevistas com autores e livreiros que vão estar presentes.
Já a seguir, Melo Melowsky, da livraria galega Banda Deseñada.
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