29/04/2021

Turma da Mônica Geração 12 #1: Um novo tempo

Herdeiros do manga (IV)


Volto à introdução já usada em Yojimbot, Love Kills e Turma da Mônica Jovem: Amnésia: ‘Se noutras épocas, foram as tiras de imprensa norte-americana, primeiro, ou os super-heróis, mais tarde, por exemplo, que influenciaram gerações de autores, as mais recentes têm no manga - e no anime, também - muitas das suas raízes, o que se torna evidente nas suas obras’. Geração 12, o mais recente projecto em manga da Maurício de Sousa Produções, é outro exemplo, aqui destacado devido ao facto de estar actualmente à venda em bancas e quiosques nacionais.

28/04/2021

Peter Pan #2: Opikanoba

Em direcção ao abismo...


Todas as histórias são verdadeiras, sobretudo aquelas que nos damos ao trabalho de imaginar…’

In Peter Pan #2: Opikanoba


E que imaginação demonstra Régis Loisel nesta sua versão - doentia e absurda, ouço alguns a dizer… - que subverte o(s) Peter Pan que todos (re)conhecemos, num segundo tomo que parece conduzir os participantes - e os leitores… - inexoravelmente para o abismo.

27/04/2021

Méga Spirou #25

Simplicidade


O modelo é muito simples: em quase 200 páginas com capa mole e papel de jornal mas de gramagem superior, reúnem-se dois álbuns completos e (quase) uma centena de histórias curtas de séries diversas. É a Méga Spirou que, trimestralmente, faz de mostruário quer da própria revista Spirou, quer do catálogo da Dupuis, e tem distribuição (selectiva) em Portugal.
Para a editora, os custos são mínimos, uma vez que se trata de republicações; para o leitor, são duas centenas de páginas de BD a um preço muito acessível.

26/04/2021

The Promised Neverland #6

Respostas





Nem sempre acontece - e todos seremos capazes de citar séries - de manga ou não - que se arrastam indefinida e, por vezes, penosamente, sem que os leitores encontrem a(alguma)s respostas mas, neste sexto tomo de The Promised Neverland, são bastantes aquelas que vamos encontrar.

25/04/2021

Turma da Mônica Jovem #44: Amnésia

Herdeiros do manga (III)


Cito a mesma introdução dos textos sobre Yojimbot e Love Kills: ‘Se noutras épocas, foram as tiras de imprensa norte-americana, primeiro, ou os super-heróis, mais tarde, por exemplo, que influenciaram gerações de autores, as mais recentes têm no manga - e no anime, também - muitas das suas raízes, o que se torna evidente nas suas obras’. A Turma da Mônica Jovem, é um exemplo.

23/04/2021

Criminal Livro Quatro

Sob o signo da banda desenhada




O regresso a Criminal faz-se sob o signo da banda desenhada. Se a frase parece redundante, uma pequena explicação fará com faça sentido: os dois contos incluídos neste volume, têm por mote a BD, a dois tempos: na óptica do leitor e na óptica do criador. Mas sem que isso belisque minimamente as bases narrativas que Brubaker e Phillips já tinham estabelecido.

21/04/2021

Michel Vaillant #9: Duelos

Equilíbrios





Na sua nova vida aos quadradinhos, Michel Vaillant atingiu a velocidade de cruzeiro, num álbum - o primeiro da terceira temporada da série actual - em que continua a equilibrar a sua vida desportiva com a sua vida familiar e que também marca o seu regresso a Portugal, a par de uma outra surpresa.

20/04/2021

Love Kills

Herdeiros do manga (II)


Começa a ser (quase) regra, o recurso recorrente aos mesmos textos de abertura; regresso então ao que escrevi para introduzir Yojimbot: ‘Se noutras épocas, foram as tiras de imprensa norte-americana, primeiro, ou os super-heróis, mais tarde, por exemplo, que influenciaram gerações de autores, as mais recentes têm no manga - e no anime, também - muitas das suas raízes, o que se torna evidente nas suas obras’.
Curiosamente, confesso que, numa primeira análise, estaria longe de aplicar este princípio a Danilo Beyruth, mas a leitura deste soberbo Love Kills mostrou-me ser a melhor abordagem.

19/04/2021

O Burlão nas Índias

Trapaceiros...


Estou em dívida. Para com os autores deste notável O Burlão nas Índias, para com a editora Ala dos Livros e para com os meus leitores. Porque, devia ter escrito sobre esta obra, assim que a li mas, por vezes, surgem casos assim: acabo a leitura deslumbrado, esmagado, arrebatado, com imenso prazer, mas sinto que nunca serei capaz de escrever um texto à sua altura...
Felizmente não são muitas, mas esta é uma delas.
Proponho assim duas versões da minha leitura: uma curta e uma longa.
A curta é esta: esqueçam o que vem a seguir - sei que vai ser um texto forçado, sem a emoção devida - encomendem a obra e lancem-se à leitura. Não vão arrepender-se.
Se quiserem experimentar a versão longa, prossigam, já a seguir.

16/04/2021

Procura-se Lucky Luke

Procurem-no...


Diz o velho jargão, ‘nunca voltes ao lugar onde foste feliz’. Como todos os jargões - ditados, ditos populares e quejandos - umas vezes é verdadeiro, outras não.

Não é, felizmente, neste regresso de Matthieu Bonhomme a Lucky Luke - e ao seu universo - depois do justamente aclamado O homem que matou Lucky Luke - em que consegue levar ainda mais longe a sua personalização do universos criado por Morris - e consolidado por Goscinny.

15/04/2021

Espíritos dos Homens

Simbiose assustadora


Se adaptar obras clássicas, nunca é tarefa fácil, quando pensámos num autor do calibre de Edgar Allan Poe, a tarefa recrudesce, seja pelo conhecimento prévio que muitos já têm dos contos e poemas originais, seja pelo tom fantástico, o suspense ou o terror literal e psicológico que neles impera.
Mas, na verdade, teria sido difícil escolhido um desenhador mais competente do que Richard Corben (1940-2020) para o fazer. Espíritos dos Mortos, uma compilação agora disponibilizada pela G. Floy, demonstra-o... de forma assustadora!

14/04/2021

Peter Pan #1: Londres

Como um murro no estômago...



Como já referido noutro caso equiparável, os que pertencem à minha geração - bem como à geração anterior e à(s) seguinte(s) - descobriram muitos dos clássicos da literatura nas versões animadas ou aos quadradinhos de Walt Disney.
Peter Pan, para mim, é um dos exemplos, por isso (re)descobri-lo nesta versão crua e psicologicamente violenta de Regis Loisel, foi como um autêntico murro no estômago.

12/04/2021

Yojimbot #1

Herdeiros do manga (I)



Se noutras épocas, foram as tiras de imprensa norte-americana, primeiro, ou os super-heróis, mais tarde, por exemplo, que influenciaram gerações de autores, as mais recentes têm no manga - e no anime, também - muitas das suas raízes, o que se torna evidente nas suas obras.
Yojimbot, é um (belo) exemplo.

08/04/2021

Tex Willer Especial #1: Fantasmas de Natal

Quem conta um conto...


Diz a sabedoria popular que não há dias sem três, por isso utilizo pela terceira vez esta abertura: 'Num ano em que as editoras nacionais parecem rendidas ao western - Undertaker, Duke, Tex, O último homem..., Lucky Luke...', mas desta vez forço a nota, para ter a terceira entrada consecutiva com esta temática, esta semana.
Isso, porque li finalmente este Fantasmas de Natal, (justamente) muito bem referenciado.

07/04/2021

Duke #5: Pistoleiro é o que serás

Ocaso...



Cito, com uma ligeira nuance, a abertura de ontem: 'Num ano em que a edição em Portugal parece rendida ao western - Undertaker, Tex, O último homem..., Lucky Luke... - Duke: Pistoleiro é o que serás é mais uma edição para engrossar aquela (bela) lista'.
E é mais uma obra de Hermann, um dos grandes Autores que a banda desenhada me fez descobrir, admirar, respeitar, seguir, mesmo quando está claramente a entrar no seu ocaso.

06/04/2021

O último homem...

Até ao fim...





Num ano em que a edição em Portugal parece rendida ao western - Undertaker, Tex, Duke, Lucky Luke de... - O último homem... é mais um título para engrossar aquela bela lista, com uma história que se lê até à última página...

05/04/2021

Tarzan #1: Le seigneur de la jungle

Animal selvagem...




Já declarei aqui, muitas vezes, a minha paixão pelo western. Por expressar directamente - embora feito em muitos outros textos - está outra das minhas paixões aos quadradinhos - e para lá deles - herdadas da adolescência: Tarzan, em particular, e um grande número de 'homens-macacos', em geral.

02/04/2021

Armazém Central #1: Marie

Começar de novo


Sei que me cito outra vez, mas recorro quase textualmente ao intróito de Undertaker #2: "Eu sei que já escrevi sobre esta obra aquando da leitura que fiz da primeira edição nacional, pela ASA, sei que já reencaminhei para ela os leitores deste blog quando reproduzi a informação da Arte de Autor sobre o seu relançamento em português, mas porque há sempre quem seja mais distraído, reforço o conselho de compra e leitura de Armazém Central #1: Marie - como porta de entrada num dos universos mais belos, ternos, sensíveis e humanos que a banda desenhada nos proporcionou neste século - porque há obras que justificam (quase) todos os elogios - e este é uma delas.