...como?
Não
sei como é que daqui a algumas décadas/séculos historiadores e
sociólogos olharão para a pandemia da Covid-19. Não sei sequer
como é que nós próprios olharemos para ela daqui a alguns anos.
[Esperando
que tenha sido algo pontual e passageiro e não um novo normal
recorrente...]
Mas
uma coisa sei: que Os
Covidiotas
- mesmo não parecendo - poderão representar uma boa fonte
documental e de estudo.
De estudo, principalmente, dos absurdos e exageros que a situação provocou, fazendo sobressair o idiota que parece existir em todos nós, em doses diferentes, transformando seres humanos aparentemente normais, segundo o nível de idiotice, em negacionistas, absurdos militantes do contra, aproveitadores (que há sempre), pregadores das redes sociais, açambarcadores de papel higiénico e outros géneros ou em auto-reclusos compulsivos.
A alguns deles e aos seus estereótipos - uns mais do que outros, segundo a inspiração do momento ou a fornecida pela actualidade - Luís Louro foi registando, com o seu traço característico, para a posteridade (extremamente volátil) do Facebook, felizmente recuperada de forma mais duradoura em livro, pela Ala dos Livros.
Livro este, que é o segundo, embora os comportamentos sejam os mesmos, o que permite o reencontro com alguns idiotas recorrentes (não são todos assim...?), as (muitas) vítimas deles, aquilo que todos alguma vez fomos, de mascarados anónimos a tele-trabalhadores em roupa interior, ou com os fetiches incontornáveis do desenhador.
Para nosso divertimento, se conseguirmos esquecer os idiotas (perigosos) - e como idiotas nos portámos - e como a tal fonte documental para memória futura.
Os
Covidiotas - Segunda vaga
Luís
Louro
Ala
dos Livros
Portugal,
Maio de 2021
230
x 210 mm, 88 p., pb, capa cartão
10,90€
(imagens fornecidas pela Ala dos Livros; clicar nesta ligação para apreciar mais pranchas ou nas aqui reproduzidas para as aproveitar em toda a sua extensão)
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