27/03/2023

Curtas (I)


Em anos recentes, habituei-me a ter em curso de leitura obras com histórias curtas que servem para preencher espaços de tempo igualmente curtos, levar a cabo pequenos interlúdios entre tarefas, aligeirar alguma pressão ou ocupar tempos de espera.
Tento ir variando de género, estilo, proveniência e temática, por um lado para diversificar as leituras, por outro para ver formas diferentes de abordar temas também diferentes.
As capas mostradas acima, ilustram algumas (dessas) leituras mais recentes, feitas ao longo de dias ou semanas, para fugir à inevitável repetição a que este tipo de colectâneas geralmente não consegue fugir.


Na Tintin Pocket Sélection #22 (Dargaud, França, 1973) para além do reencontro - em versão e tamanho curtos, devido ao formato ‘livro de bolso’ - com dois pesos pesados da famosa revista, mais exactamente Chevalier Ardent e Ric Hochet, e com o humor impagável de Robin du Bois, referência para uma novela (literalmente) de Tounga e a curiosidade de encontrar Mark e Cathy Franval às voltas com uma seita de adoradores de elefantes em... Maputo, com nomes e expressões bem portuguesas... e bem escritas!

Já o Almanaque da Turma da Mônica #09 (Panini Comics, Brasil, 2022) continua a primar por espelhar a grande diversidade criativa de Maurício de Sousa - visível logo na capa - em 11 histórias concisas e divertidas, protagonizadas por outras tantas personagens.

Essa diversidade ao nível do protagonismo está também patente no Super Almanaque #11 (Panini Comics, Brasil, 2022) que, tendo a mesma origem - e justificando-se esta repetição por ambas se encontrarem de momento distribuídas entre nós - apresenta um invulgar número de relatos mudos, sem que essa característica retire expressividade, legibilidade ou boa disposição a qualquer um deles.

Finalmente, uma referência para Biblioteca Grandes del Comic - Clásicos del Suspense #4 (Planeta DeAgostini, Espanha, 2004), com relatos da Crime Suspenstories da norte-americana EC Comics, datados do início da década de 1950, que aliam à excelência gráfica de nomes como Johnny Craig, Bill Davis, Georges Evans, Al Willianson ou Frank Frazetta, argumentos bem gizados que, apesar da temática comum - geralmente crimes para proveito monetário - a invulgar capacidade de apresentarem sempre um final inesperado e desconcertante. É uma colecção a completar, assim a oportunidade surja.

(capas disponibilizadas pelas editoras; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)

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