Não coloco em causa a genialidade da escrita de Al Capp, nem os seus dotes artísticos, magnificamente expressos em Li’l Abner: Tiras diarias y planchas dominicales 1934-1936 (Diábolo Ediciones, Espanha, 2022) mas, mesmo sendo verdade que as vinhetas de banda desenhada podem ser vistas como o palco de um teatro em que as personagens se movimentam e que entre elas existe um espaço branco que o leitor tem de interpretar, é difícil entender como Li’l Abner e aqueles que com ele contracenam mudam tantas vezes de lugar, quando sentados à mesa ou num sofá...
(clicar nas imagens para as aproveitar em toda a
sua extensão)
Isto demonstra que o autor não tem noção espacial cénica.
ResponderEliminarEstava a ler e a narração visual é muito má, incoerente e inimiga de qualquer escrita.
Isto é como estar a ver um filme em que um protagonista está a tentar apanhar um ladrão, ele corre da esquerda para a direita e de repente começa a ser ao contrário. Intuitivamente, somos levados a crer que a situação mudou. Que o ladrão está a tentar apanhar o protagonista.
Não posso achar que o argumento é bom porque a BD é visual e a composição cénica é fulcral.
Abraço
Percebo e concordo, mas não neste contexto, em que os exemplos que mostrei são excepções num todo muito bom, cuja leitura aconselho francamente.
EliminarBoas leituras!