Fernando Pina (1935-2025)
"Já és grande para ler o Mickey; trouxe esta revista para experimentares."
O meu pai - foi ele quem disse aquela frase, num dia de Verão (27 de Agosto de 1974?) - estava com certeza longe de imaginar o quanto eu ia gostar daquela publicação - o Mundo de Aventuras #47 da chamada quinta série - e, atrás dela, de outras revistas, de outros livros, e quanto aquele gesto, normal na forma como sempre me incentivou à leitura, iria ser fundamental e moldar a minha vida.
Se sou leitor inveterado, se fiz a minha formação em banda desenhada no Mundo de Aventuras, se há 40 anos escrevo sobre banda desenhada, se tenho este blog e alguns milhares de livros de BD, devo-o primeiramente a ele.
Devo-lhe muito mais. Muito mais do que sou capaz neste momento de pensar e escrever.
Devo-lhe muito do que sou, do que vivi, do que experimentei, do que penso. Devo-lhe valores que também fiz meus, importantes e que não passam de época - menos talvez (talvez não, de certeza) do que ele desejaria...
Agora, a quem vou emprestar os meus livros?
Quem me irá telefonar a dizer: "Hoje saiu um texto teu"...?
Quem me vai guardar cuidadosamente esses recortes do Jornal de Notícias que desde sempre leu e onde acabei por escrever...?
A quem vou picar quando o "seu' Boavista não ganhar...?
Talvez de lá, de onde está - de onde sempre acreditou que estaria - consiga continuar a ler os meus livros, a ler os meus textos... Gostava muito que sim.
Eu, aqui, só consigo dizer: "Obrigado, pai".
Os meus pêsames Pedro.
ResponderEliminarPedro, os meus sentidos pêsames.
ResponderEliminarForte abraço Pedro.
ResponderEliminarOs nossos sentidos pêsames e um forte abraço dos editores da Escorpião Azul.
ResponderEliminarSentidos pêsames
ResponderEliminarGrande Abraço Pedro
ResponderEliminarOs meus sentimentos. Muita Força. Abraço.
ResponderEliminarOs meus francos sentimentos.
ResponderEliminarCusta sempre.
Um abraço
As minhas condolências.
ResponderEliminarGP
Sentidos pêsames, Pedro.
ResponderEliminarComo escreveu Pessoa, a morte é deixar de ser visto, é fazer a curva no fim da estrada. Por certo um dia voltarás a encontrá-lo, noutro caminho, desejoso de te falar da imensidão de textos que ainda irás escrever, maravilhosos como este que acabaste de publicar
ResponderEliminarOs meus sentimentos pela sua perda! Um grande abraço!
ResponderEliminarAs minhas sinceras condolências.
ResponderEliminarOs meus sentimentos.
ResponderEliminarOs meus sentimentos, lamento
ResponderEliminarAs minhas condolências.
ResponderEliminarOs meus sentimentos.
ResponderEliminarOs meus sentimentos, não existem grandes palavras para este momento que nunca estamos preparados.
ResponderEliminarBonito texto. Os meus sinceros sentimentos!
ResponderEliminarDe quem também ouviu essa frase, mais ou menos dez anos mais tarde, com as revistas marvel da Abril que foi responsável por toda a paixão pela BD (embora com coleção muito mais modesta), e que também já perdeu físicamente a voz que a proferiu (há cerca de dez anos), os meus mais sentidos pêsames. O desaparecimento físico vai ser sempre uma perda definitiva, mas todas as memórias, todos os conselhos e valores (que, pelo que percebo do acompanhamento diário dos seus textos, são semelhantes) vão ser também definitivos no dia-a-dia e na forma de viver dos que sobrevivem e vão ajudar e acompanhar o caminho que resta. Muita força!
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