(Panini Comics)
Seguiu-se (no Brasil) Os Vingadores - Nova Marvel, de alguma forma correspondente à revista Vingadores, actualmente editada em português.
As outras capas
deste mês já a seguir!
“Foi com grande tristeza que soubemos da morte de Jean-Paul Mougin, falecido na passada terça-feira, 13 de Setembro de 2011, em Bruxelas, com a idade de 70 anos.
Lançada em Janeiro de 1978, no quinto Salão de Angoulême a (À Suivre) de imediato fez sensação no mundo da banda desenhada. A sua identidade editorial, então muito original, imaginada por Jean-Paul Mougin para este novo título – uma banda desenhada exigente adulta a preto e branco, com ambições literárias assumidas, livre das restrições de formato existentes por toda a parte – encontrou de imediato um público entusiasta, bem como uma expressão que ficou célebre, formulada no primeiro editorial da nova revista: “a (À Suivre) será a erupção selvagem da banda desenhada na literatura (...)” Durante duas décadas, Jean-PaulMougin e a sua revista mantiveram com paixão e fervor a promessa do “romance em banda desenhada”, não interditando nenhum género, nenhuma aventura, nenhuma intuição.
O número de autores assim revelados ou consagrados é demasiado grande para que façamos a sua listagem completa - Pratt e Tardi, claro, mas também Schuiten e Peeters, Ted Benoit, Sokal, Manara, Loustal e Paringaux, Comés, Muñoz e Sampayo, Ferrandez, Rochette, Geluck, Boucq, Cabanes, Baru, mais tarde, jovens talentos como Nicolas De Crécy ou Nicolas Dumontheuil, e tantos outros -, mas assemelha-se muito a um repertório dos grandes nomes da banda desenhada contemporânea. Tendo ficado míticos na memória de muitos profissionais, a (À Suivre) e Jean-Paul Mougin foram bem mais do que uma revista de sucesso e o seu talentoso redactor-chefe: eles moldaram, em parte, o que a banda desenhada é hoje.
Jean-Paul Mougin decidiu retirar-se no fim dos anos 90, ao mesmo tempo que terminava a trajectória da sua revista, em 1997. Todos aqueles que o conheceram guardam a lembrança de um ser humano envolvente e caloroso, duma grande generosidade, que prezava mais do que tudo os valores da fidelidade, da cultura e da inteligência.”