Durante
alguns anos devorei romances policiais - os pequenos tomos da mítica
colecção Vampiro,
geralmente emprestados às caixas!-
e, naturalmente, criei preferências e autores a evitar - como se a
constante fome de leitura o permitisse...
Ultrapassado
há muito o número de histórias criadas por Edgar P. Jacobs, por
aqueles que lhe têm sucedido, para novos leitores as origens da
fleumática dupla britânica foi já diluída pela quantidade de
títulos posteriores. Para
leitores como eu, que descobriram e vibraram com A
Marca Amarela ou
O
Mistério da Grande Pirâmide (estes
dois em especial) na tal altura certa que tenho recorrentemente
citado, torna-se difícil pôr de lado as fortíssimas marcas do
original e encarar cada novo título por si só - tanto quanto isto é
possível numa série - e como elemento de uma cadeia mais vasta do
que a formada pelos soberbos volumes originais. Tendo
abordado desta forma Oito
horas em Berlim, sou
forçado a reconhecer que a leitura foi mais fácil - e mais
estimulante - do que na maioria dos outros álbuns pós-Jacobs.