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26/11/2024
Blake e Mortimer #30 - Assinado "Olrik"
Sendo a banda desenhada uma combinação indivisível (quando é bem feita) de argumento e desenho, apesar da contradição, sempre considerei mais aquele do que este. Gosto de referir uma máxima que em tempos ouvi a alguém: "Um bom desenho, vende um livro; um bom argumento, vende uma série". Por isso, sou mais um seguidor de argumentistas do que de desenhadores.
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10/01/2017
O Testamento de William S.
Menos de um mês após a edição francófona e como uma das
primeiras traduções da obra, a ASA disponibilizou a tempo do natal o novo álbum
de Blake e Mortimer.
De regresso, estão Yves Sente, no argumento, e Andre
Juillard, no desenho, uma dupla que assina aqui já o seu sétimo álbum na série e
que aparentemente denota algum cansaço ou falta de ideias.
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07/12/2012
Blake e Mortimer – O Juramento dos Cinco Lords
As Aventuras de Blake e Mortimer segundo as personagens de Edgar P. Jacobs
Yves
Sente (argumento)
Andre
Juillard (desenho)
ASA
(Portugal, 16 de Novembro de 2012)
240 x
310 mm, 64 p., cor, cartonado
14,95 €
Resumo
A morte de dois amigos e uns roubos com tanto de
estranho quanto de misterioso no Ashmolean Museum, vão obrigar Blake – com a
ajuda de Mortimer – a remexer em histórias do passado que preferia esquecer.
Desenvolvimento
Se cada novo álbum de Blake e Mortimer ainda é
um acontecimento mediático assinalável e um best-seller garantido,
possivelmente é-o cada vez menos.
Não só porque aquela sensação de reencontro com
amigos que há muito não se viam, se esbateu pela regularidade com que têm sido
lançados novos álbuns mas também porque estes – mesmo que soe paradoxalmente –
apesar de terem uma contribuição inegável para a solidificação do mito
(nomeadamente dotando os protagonistas de juventude, de passado, mesmo de
sentimentos) contribuem pouco para o seu enriquecimento, notando-se a falta do
toque de génio que fazia a diferença em Jacobs.
Este O Juramento dos Cinco Lords não foge à
regra, apesar de a primeira impressão ser de desilusão. Na verdade, Juillard,
um fabuloso desenhador, dotado de uma linha clara frágil e delicada, tem aqui
uma das suas prestações menos interessantes desde que o conheço (e sigo-o com
bastante regularidade). Em muitas das páginas, o desenho carece de
profundidade, os rostos são planos e inexpressivos, a coloração pouco interessante
e a planificação falha de forma incómoda para o leitor (como exemplo, veja-se a
dificuldade de leitura da prancha da página 17, embaixo).
A sensação que fica é que este foi apenas um
trabalho financeiramente (muito…) compensador mas que Juillard, refém da clonagem
(aqui falhada), do traço de Jacobs, raramente se aplicou no seu melhor.
Felizmente, como contraponto surge o argumento
de Sente que, embora não deslumbre nem esteja à altura das melhores criações de
Jacobs, se lê bem e apresenta alguns méritos.
Desde logo, o dotar o capitão Blake de um (pouco
mais de) passado – como já havia sido feito de forma mais evidente com Mortimer
– ao explorar acontecimentos da sua juventude e do seu início de carreira.
Depois, pela forma como torna mais credível a história – a própria série – com
a ancoragem à realidade feita através da introdução de Lawrence da Arábia no
relato.
Este, assumidamente, adopta um tom mais
policial, pondo de parte a ficção-científica que Jacobs equiparava à acção e à
aventura, e dispensando Olrik (outro ponto a favor do realismo), numa história
que se tem algumas pontas mal unidas e faz uma colagem excessiva à referência
incontornável que é A Marca Amarela, tem os ingredientes suficientes para
prender o leitor e o levar até ao desfecho final que consegue surpreender em parte,
graças às pistas falsas que foram sendo deixadas.
A reter
- … mais uma vez transformada num apelo para os
coleccionadores (e não só nacionais) por ter duas capas diferentes, a
generalista (em cima) e a exclusiva das lojas FNAC (ao lado).
- O ganho
de credibilidade proporcionado pela colagem à realidade (que seria impensável
para Jacobs, cujas histórias decorriam na sua contemporaneidade) através da
presença tutelar de Lawrence da Arábia, …
- pela explicação crível apresentada para a sua
morte envolta em mistério…
- e pelo aprofundar do passado dos heróis.
Menos
conseguido
- O traço de Juillard, sem dúvida o pior do
álbum em demasiadas páginas.
- Alguns problemas de legibilidade, como a
citada prancha da página 17.
- A troca de legendas (na rotulação?) evidente
na prancha da página 33.
- Não sendo (tanto quanto pude averiguar) mais
uma aberração do malfadado acordo ortográfico, não percebo a opção por “lords”
e “lord” quando em português existe lordes e lorde…
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16/12/2016
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25/11/2012
Blake e Mortimer - O Juramento dos Cinco Lordes
O Juramento
dos Cinco Lordes, 21.º álbum das aventuras de Blake e Mortimer chegou às
livrarias nacionais no passado dia 16 de Novembro, numa edição da ASA lançada em simultâneo com a francófona,
tendo como grande novidade a interacção dos heróis criados por Edgar P. Jacobs
com uma personagem real, o aventureiro Lawrence da Arábia.
Parte da
tiragem da edição portuguesa tem uma capa variante criada especialmente para o
nosso país, para venda exclusiva nas lojas FNAC.
Nono álbum
após a morte de Jacobs e quinto assinado por Yves Sente e Andre Juillard, apresenta
como curiosidade a ausência de Olrik, o grande adversário da fleumática dupla
britânica, e a sua acção situa-se entre A Marca Amarela e O Caso do Colar,
marcando o regresso dos heróis a Inglaterra, depois de nas últimas aventuras terem
percorrido boa parte do globo. Nele é também desvendada parte da juventude de Francis
Blake, como chegou a capitão dos serviços secretos ingleses e o papel decisivo
que teve no desaparecimento de Lawrence da Arábia, cuja morte num acidente de
mota, em 1935, ficou envolta em mistério.
No mercado
francófono, este é um dos lançamentos mais aguardados do ano e será com certeza
um dos best-sellers de 2012, tendo uma tiragem inicial de 450 mil exemplares, bem
como uma segunda edição no formato de tiras. A importância deste lançamento
pode ser também aferida pelo facto de ter sido publicado em tiras diárias nos
jornais Ouest-France e Le Soir durante o verão e pelas exposições que lhe são agora
dedicadas em Paris, Bruxelas e Neuchatel.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 23 de Novembro de 2012)
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