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03/02/2023
14/06/2015
Comic Con Portugal 2015 - primeiros autores
Embora faltem ainda quase seis meses para a Comic Con Portugal 2015 - que se vai realizar entre 4 e 6 de Dezembro - a verdade é que ela já mexe (praticamente desde que acabou a edição do ano passado) e neste momento
a banda desenhada vai à frente, pois são desta área, os quatro únicos convidados
já anunciados.
E que convidados, como podem descobrir já a seguir.
06/10/2014
Corto regressa em 2015
“Não me choca a ideia de que alguém possa um dia retomar
Corto Maltese.” declarou Hugo Pratt, no livro de entrevistas de Dominique
Petifaux, de L’Autre Côté de Corto (Casterman
1990).
20 anos após o desaparecimento do seu criador, Corto Maltese
viverá então uma 30.ª aventura inédita, imaginada por Juan Dias Canales (Blacksad) e desenhada por Ruben Pellejero
(Dieter Lumpen).
O herói manteve-se bem vivo no inconsciente colectivo de
milhões de leitores através do mundo.
Ícone emblemático da elegância masculina, o célebre
aventureiro foi escolhido pela marca Dior como emblema do seu perfume Eau
Sauvage.
Em 2011, a exposição consagrada à obra de Hugo Pratt na Pinacothèque
de Paris teve um imenso sucesso, 25 anos depois da retrospectiva que lhe tinha
dedicado o Grand Palais.
O novo álbum de Corto Maltese será editado simultaneamente
em francês e holandês pela Casterman, em italiano pela Rizzoli-Lizard e em espanhol
pela Norma, em Outubro de 2015.
(Comunicado de imprensa da Casterman; tradução de As Leituras do Pedro)
Leituras relacionadas
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30/09/2021
Lançamento: Giant (integral) + Blacksad #6
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Mikaël
09/09/2016
Leitura nova: Como viaja a água
Aos
83 anos, Aniceto tem muito poucos incentivos para se levantar todas as manhãs.
Com o seu pequeno grupo de amigos octogenários, decide animar um pouco a sua
rotineira existência dedicando-se à venda e tráfico de artigos roubados. O que
começa quase como um passatempo torna-se inesperadamente numa tragédia quando
os companheiros de Aniceto começam a aparecer mortos em estranhas e violentas
circunstâncias.
Leituras relacionadas
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Juan Días Canales,
Lançamento,
Leituras Novas
30/09/2010
As Melhores Leituras de Setembro
Tintin no País dos Sovietes, Tintin no Congo, Tintin na América (Edições ASA, nova tradução), de Hergé
J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga #65, #66, #67 (Mythos Editora), de Giancarlo Berardi (argumento), Enio, Marco Jannì e Thomas Campi (desenho)
Jerry Spring L'Intégrale en noir et blanc #1 - 1954/1955 (Dupuis), de Jijé
André Carrilho - O Rosto do Alpinista (Assírio & Alvim + El Corte Inglés), de João Paulo Cotrim
Sous-sols (Futuropolis), de Pierre Wazem (argumento) e Tom Tirabosco (desenho)
Tif e Tondu - L'intégrale #1 (Dupuis), de Rosy (argumento) e Will (desenho)
Tex Gigante #23 – Patagónia (Mythos Editora), de Mauro Boselli (argumento) e Pasquale Frisenda (desenho)
Happy Sex (Edições ASA), de Zep
Blacksad #4 - O inferno, o silêncio (Edições ASA), de Díaz Canales (argumento) e Janjo Guarnido (desenho)
24/04/2017
Beaux Arts HS Polar & BD
Segmento do mercado de BD claramente em alta no espaço
francófono, os números especiais de revistas (mais ou menos) genéricas dedicados
à BD, têm neste Beaux Arts Hors Série
Polar & BD, actualmente distribuído em (alguns quiosques de) Portugal,
um dos seus exemplos mais recentes.
18/11/2010
Turma da Mônica Jovem #21 e #22
No País das Maravilhas
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Abril e Maio de 2010)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada
Na banda desenhada – como em qualquer outra arte – variedade e diversidade é fundamental. Quanto mais não seja, para haver possibilidade de escolha, para poder definir gostos através da comparação.
Se só houvesse Dot & Dash, ou só Stuart, ou só Tintin, ou só J. Kendall, ou só Corto Maltese, ou só Iron Man, ou só humor, ou só acção, ou só aventura, ou só crítica social, ou só História, ou só manga, ou só super-heróis, ou só franco-belga, ou só autobiografia, seria impossível desfrutar em toda a plenitude de qualquer destas obras ou de qualquer destes géneros.
Porque, todos eles têm o seu lugar, o seu interesse, a sua importância: na formação de jovens leitores ou no seu acompanhamento ao longo do crescimento e amadurecimento, na diversificação da oferta ou na exploração de novas vias e tendências, na combinação de diferentes géneros e sensibilidades artísticas ou na adaptação de obras de outros meios de expressão à linguagem própria dos quadradinhos.
Por isso, quando nas minhas Melhores Leituras de um qualquer mês eu indico Tex e Jerry Spring e André Carrilho e Blacksad, não estou de forma alguma a dizer que todos os livros em questão me satisfizeram de igual forma ou me tocaram da mesma maneira. Apenas indico que todos eles me satisfizeram no momento da sua leitura, que todos eles corresponderam ou superaram as minhas expectativas. Até porque não tenho – não posso ter, ninguém pode – as mesmas expectativas para todas as obras. Mas, a diferentes níveis, todas podem satisfazer-me (ou não, também é verdade). Porque, em todas, há lugar para profissionalismo e para arte, para génio e para trabalho, para diversão e para reflexão. E para obras-primas, (também) em sentido absoluto, cuja leitura se recomenda – eu recomendo muitas vezes.
Por isso, neste espaço que preencho com as reflexões das minhas leituras, tenho procurado diversificar o leque de obras sugeridas, cumprindo, de algum modo – menos do que desejava – o propósito que estabeleci no início do ano.
Por isso, também, hoje, a minha proposta de leitura são os dois mais recentes (nas nossas bancas) números da Turma da Mônica Jovem.
Escolha que certamente levará muitos a torcer o nariz e a seguirem adiante. Perdendo, em minha opinião, a hipótese de desfrutarem de um produto (não, não é um termo pejorativo) bem feito e adequado aos propósitos que o seu autor previamente estabeleceu: educar, formar, divertir. O maior número de leitores que for possível.
Daí, o uso de personagens conhecidas e (muito) populares recriadas numa nova fase da sua vida, o estilo gráfico adequado aos gostos dos seus leitores potenciais, os adolescentes (o que não significa que não toque igualmente crianças e adultos), um tom ligeiro e leve (não displicente ou menor, até porque estão lá os ingredientes para fazer pensar) -, uma colagem consistente a temas actuais, o recurso a referências por todos (re)conhecidas. No caso vertente, o clássico de Lewis Carrol, “Alice no País das Maravilhas”, potenciado pela (então) próxima estreia do filme de Tim Burton… Que é abordado com uma boa exploração do universo original, mesclando-o com o universo da Turma da Mônica (e não só a Jovem), recorrendo ao humor (muitas vezes à custa da própria criação), à clareza dos diálogos e a um ritmo narrativo que se adequa às diferentes cenas, que são apanágio tradicional das obras de Maurício de Sousa. Um bom exemplo? As primeiras páginas do tomo #21, com o próprio Maurício a surgir, com o seu “lápis mágico”, ao lado da sua esposa Alice, que faz a ponte para a outra, a do País das Maravilhas, antes da Mônica assumir a personagem…
E mensalmente, em cada nova história escrita e desenhada, as personagens vão desenvolvendo as suas personalidades – mantendo muitas das características já conhecidas, recorrentemente evocadas, para aumentar a ligação com os leitores -, o novo universo vai sendo estruturado, relações e sentimentos vão sendo aprofundados.
E, o mínimo que pode ser escrito é que os objectivos traçados têm sido alcançados. Provam-no os resultados comerciais (que, sim, são – sempre - importantes), a forma agradável como estas histórias se apresentam, o prazer que a sua leitura pode proporcionar.
Como leitura exclusiva? Não, de forma alguma! Como leitura capaz de satisfazer integralmente um leitor exigente? Também não (embora a resposta possa ser sim, se pensada para situações específicas). Mas, sem dúvida, como MAIS uma leitura, capaz de agradar e dispor bem, e de permitir desfrutar, (também) a outros níveis, de outras leituras diferentes.
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Abril e Maio de 2010)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada
Na banda desenhada – como em qualquer outra arte – variedade e diversidade é fundamental. Quanto mais não seja, para haver possibilidade de escolha, para poder definir gostos através da comparação.
Se só houvesse Dot & Dash, ou só Stuart, ou só Tintin, ou só J. Kendall, ou só Corto Maltese, ou só Iron Man, ou só humor, ou só acção, ou só aventura, ou só crítica social, ou só História, ou só manga, ou só super-heróis, ou só franco-belga, ou só autobiografia, seria impossível desfrutar em toda a plenitude de qualquer destas obras ou de qualquer destes géneros.
Porque, todos eles têm o seu lugar, o seu interesse, a sua importância: na formação de jovens leitores ou no seu acompanhamento ao longo do crescimento e amadurecimento, na diversificação da oferta ou na exploração de novas vias e tendências, na combinação de diferentes géneros e sensibilidades artísticas ou na adaptação de obras de outros meios de expressão à linguagem própria dos quadradinhos.
Por isso, quando nas minhas Melhores Leituras de um qualquer mês eu indico Tex e Jerry Spring e André Carrilho e Blacksad, não estou de forma alguma a dizer que todos os livros em questão me satisfizeram de igual forma ou me tocaram da mesma maneira. Apenas indico que todos eles me satisfizeram no momento da sua leitura, que todos eles corresponderam ou superaram as minhas expectativas. Até porque não tenho – não posso ter, ninguém pode – as mesmas expectativas para todas as obras. Mas, a diferentes níveis, todas podem satisfazer-me (ou não, também é verdade). Porque, em todas, há lugar para profissionalismo e para arte, para génio e para trabalho, para diversão e para reflexão. E para obras-primas, (também) em sentido absoluto, cuja leitura se recomenda – eu recomendo muitas vezes.
Por isso, neste espaço que preencho com as reflexões das minhas leituras, tenho procurado diversificar o leque de obras sugeridas, cumprindo, de algum modo – menos do que desejava – o propósito que estabeleci no início do ano.
Por isso, também, hoje, a minha proposta de leitura são os dois mais recentes (nas nossas bancas) números da Turma da Mônica Jovem.
Escolha que certamente levará muitos a torcer o nariz e a seguirem adiante. Perdendo, em minha opinião, a hipótese de desfrutarem de um produto (não, não é um termo pejorativo) bem feito e adequado aos propósitos que o seu autor previamente estabeleceu: educar, formar, divertir. O maior número de leitores que for possível.
Daí, o uso de personagens conhecidas e (muito) populares recriadas numa nova fase da sua vida, o estilo gráfico adequado aos gostos dos seus leitores potenciais, os adolescentes (o que não significa que não toque igualmente crianças e adultos), um tom ligeiro e leve (não displicente ou menor, até porque estão lá os ingredientes para fazer pensar) -, uma colagem consistente a temas actuais, o recurso a referências por todos (re)conhecidas. No caso vertente, o clássico de Lewis Carrol, “Alice no País das Maravilhas”, potenciado pela (então) próxima estreia do filme de Tim Burton… Que é abordado com uma boa exploração do universo original, mesclando-o com o universo da Turma da Mônica (e não só a Jovem), recorrendo ao humor (muitas vezes à custa da própria criação), à clareza dos diálogos e a um ritmo narrativo que se adequa às diferentes cenas, que são apanágio tradicional das obras de Maurício de Sousa. Um bom exemplo? As primeiras páginas do tomo #21, com o próprio Maurício a surgir, com o seu “lápis mágico”, ao lado da sua esposa Alice, que faz a ponte para a outra, a do País das Maravilhas, antes da Mônica assumir a personagem…
E mensalmente, em cada nova história escrita e desenhada, as personagens vão desenvolvendo as suas personalidades – mantendo muitas das características já conhecidas, recorrentemente evocadas, para aumentar a ligação com os leitores -, o novo universo vai sendo estruturado, relações e sentimentos vão sendo aprofundados.
E, o mínimo que pode ser escrito é que os objectivos traçados têm sido alcançados. Provam-no os resultados comerciais (que, sim, são – sempre - importantes), a forma agradável como estas histórias se apresentam, o prazer que a sua leitura pode proporcionar.
Como leitura exclusiva? Não, de forma alguma! Como leitura capaz de satisfazer integralmente um leitor exigente? Também não (embora a resposta possa ser sim, se pensada para situações específicas). Mas, sem dúvida, como MAIS uma leitura, capaz de agradar e dispor bem, e de permitir desfrutar, (também) a outros níveis, de outras leituras diferentes.
Leituras relacionadas
Maurício de Sousa,
Panini,
Turma da Mônica Jovem
30/10/2011
Prémios Nacionais de BD 2011
Melhor Álbum Português
O Amor Infinito que te Tenho - Paulo Monteiro - Polvo
Melhor Argumento de Autor Português
Victor Mesquita - Eternus 9 A Cidade dos Espelhos - Gradiva Publicações
Melhor Desenho de Autor Português
Ricardo Cabral - Newborn 10 Dias no Kosovo - Edições ASA
e
e
Prémio da Juventude
Newborn 10 Dias no Kosovo - Ricardo Cabral - Edições ASA
Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira
Agencia de Viajes Leming - José Carlos Fernandes - Astiberri
Melhor Álbum Estrangeiro (editado em Portugal)
Blacksad - O Inferno, o Silêncio - Díaz Canales e Guarnido - Edições ASA
Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
Happy Sex - ZEP - Edições ASA
Melhor Ilustração de Livro Infantil (Autor Português)
Ana Afonso - O Lobo Prateado - Editorial Caminho
Melhor Ilustração Estrangeira de Livro Infantil
Marjorie Priceman - Paris na Primavera com Picasso - Gradiva Publicações
Clássicos 9ª Arte
Astro Boy #3 - Osamu Tezuka - Edições ASA
Fanzine
Venham + 5 nº8 - Paulo Monteiro (coordenador) - CM Beja/Bedeteca de Beja
TROFÉU DE HONRA
Pseudónimo de José Manuel Domingues Alves Mendes (Lisboa, Janeiro de 1944) cartoonista, ilustrador, e criador de banda desenhada.
A revista O Século Ilustrado mostrou os seus primeiros desenhos aos seis anos. Em 1959, publicou as primeiras anedotas em Os Ridículos e, em 1961, estreou-se profissionalmente como ilustrador de cartoons na Parada da Paródia.
Tem o curso de desenhador-gravador-litógrafo na Escola de Artes Decorativas António Arroio.
Entre as muitas publicações para as quais trabalhou contam-se O Brincalhão, A Parada da Paródia, o Jornal do Exército, A Chucha, a Rádio & Televisão, O Emigrante, Bomba H, Fungagá da Bicharada, o fanzine Tertúlia BDzine, a obra colectiva Novas 'fitas' de Juca & Zeca, bem como o álbum infantil Os Burros, as Flores e o Sol, que foi editado no Japão.
É filho do criador de banda desenhada António Alves Mendes (Méco).
03/05/2013
Nem tabaco, nem sexo
No número inicial da nova revista protagonizada por John
Constantine, a DC Comics, sem aviso prévio ao autor, apagou da boca do herói o
cigarro que ele geralmente ostenta. Mais um ataque do politicamente correcto ao
mundo dos quadradinhos.
John Constantine, criado em 1985 por Alan Moore, na
série “Monstro do Pantano” (“Swamp Thing”), e adaptado ao cinema em 2005, num
filme protagonizado por Kanu Reeves, é um mago exorcista que se tornou
protagonista de “Hellblazer”, um dos principais títulos adultos da editora de
Batman e Superman.
O cigarro acompanhou-o desde sempre, tendo mesmo sido
causador de um cancro dos pulmões que o levou a estabelecer um pacto com o
demónio num dos mais marcantes arcos da série.
Agora, o primeiro número da nova revista, integrado nos
Novos 52, a mais recente remodelação do universo da DC Comics, deveria ter na
capa principal um desenho do brasileiro Renato Guedes, com Constantine a fumar
encostado a uma lápide, observado de perto por zombies. No entanto, este passou
para a capa alternativa, surgindo nos pontos de venda uma ilustração do também
brasileiro Ivan Reis, mas de onde o tradicional cigarro foi apagado, sem aviso
prévio ao autor, como o próprio confirmou ao site Omelete. No interior da
revista, aconselhada para maiores de 16 anos, Constantine fuma inveteradamente,
como é habitual.
John Constantine não é o único herói fumador dos
quadradinhos. Acessórios normais em algumas épocas ou aceitáveis noutras em que
os malefícios do tabaco ainda não eram (re)conhecidos, o cigarro, o charuto ou
o cachimbo surgem naturalmente nas mãos de Blueberry, Tex, capitão
Haddock, Blacksad ou Blake e Mortimer. No
entanto, em contrapartida, outros heróis de papel foram obrigados a perder o
vício, como Lucky Luke (para poder aceder aos EUA), Gaston Lagaffe, Zé Carioca
ou Wolverine - apesar dos seus colegas da Marvel Nick Fury e J.J. Jameson
continuarem fumadores…
Durante anos, estas questões politicamente correctas – ou
censórias? - nos comics norte-americanos, foram regulamentadas pelo Comics Code
Authority. Em 1954, o psiquiatra Fredric Wertham, autor do livro “Seduction of
the innocent” (que hoje se sabe não ter tido uma base científica credível), encabeçou
uma campanha contra os quadradinhos acusando-os de destruírem os valores morais
norte-americanos e de poderem levar os jovens ao crime, às drogas e à violência.
Dada a amplitude que o caso ganhou, foi criado o Comics Code
Authority (CCA), identificado na capa das revistas por um selo. A iniciativa
partiu das próprias editoras, como forma de mostrarem a sua preocupação com os leitores
e era uma autocensura prévia que proibia nos quadradinhos a nudez, violações,
divórcios ou protagonistas femininas com atributos sexuais exagerados.
Já neste século o CCA foi sendo abandonado por várias
editoras, deixando definitivamente de ser utilizado em Fevereiro de 2011, optando
cada editora por impor as suas restrições, que geralmente estão mais
relacionadas com o erotismo, geralmente muito contido. Frank Cho é um
desenhador com um largo currículo nesta área, pois as heroínas sexy e pouco
vestidas que tem desenhado para a Marvel Comics têm sido sucessivamente tapadas
de forma mais ou menos evidente.
Outro exemplo diz respeito à revista gratuita preparada por
esta editora para o Free Comic Book Day de 2012, em que recuperou uma BD da
saga “Age of Ultron”, mas “vestindo” a Mulher-Aranha que na edição original
aparecia nua após ter sido espancada por inimigos.
Por isso não deixa de surpreender a história em que a
Catwoman e o Batman se envolvem (sexualmente) publicada na revista “Catwoman”
#1 e reproduzida em “A Sombra do Batman” #1.
O caso mais recente, envolveu a plataforma europeia de BD
digital Izneo e a Apple, tendo esta última forçada a primeira a retirar do seu
catálogo para o mercado norte-americano perto de 1500 títulos, por os
considerar pornográficos. Entre as obras censuradas estavam “Murena”, uma série
de reconhecida qualidade histórica mas também ousada do ponto de vista sexual,
mas também outras bem mais banais e recatadas (do ponto de vista europeu) como “Largo
Winch”, “XIII” ou até… Blake e Mortimer!
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
16 de Abril de 2013)
08/06/2022
Mausart
Construir um catálogo
E assim, paulatinamente, sem que quase se dê por isso, vai sendo construído um catálogo infanto-juvenil em português, onde cabem tantos os mais óbvios Bia e o Unicórnio, Olivia ou Adele... quanto este Mausart ou, num registo similar, Branco em Redor.
Leituras relacionadas
Arte de Autor,
Gradimir Smudja,
opinião,
Thierry Joor
24/01/2022
2021: As escolhas dos leitores - Os resultados
Está a aproximar-se do final o balanço do ano editorial de BD de 2021, aqui em As Leituras do Pedro, que hoje dão voz às preferências dos seus visitantes.
12/10/2022
Amadora BD 2022 - PBDA: os nomeados
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