26/01/2012

Hellboy









A Bruxa Troll e outros contos
Mike Mignola (argumento e desenho)
Richard Corben (desenho)
P. Craig Russell (desenho)
G. Floy Studio (Portugal, Novembro de 2011)
170 x 260 mm, 136 p., cor, brochado com badanas
15,99 €


Resumo
Sétimo tomo de Hellboy lançado em Portugal, esta colectânea de histórias curtas, publicadas entre 2003 e 2007 em diversas revistas ou na forma de mini-séries, inclui: A Penanggalan, A Hidra e o Leão, A Bruxa Troll, O Vampiro de Praga, A Experiência do Dr. Carp, O Ghoul e Makoma.
O desenho desta última é da autoria de Richard Corben, tendo P. Craig Russell desenhado O Vampiro de Praga

Desenvolvimento
Curiosamente, aquele que poderia ser o maior atractivo deste livro, é também o seu ponto menos conseguido. Refiro-me, às duas histórias que Mignola não desenhou pois, se é inegável o maior talento artístico – de um ponto de vista clássico e formal, sem que isso diminua o seu talento de autores de BD - de Corben e Russell, o “seu” Hellboy – servido por um traço mais apurado (e por cores mais vivas no caso de Corben) - perde no recriar dos ambientes típicos da série. Falta-lhes o aspecto sombrio, o traço menos definido, mais estilizado, o uso de sombras, que potenciam a sensação de temor e receio do desconhecido, do estranho, do misterioso que caracteriza a maior parte dos relatos do demónio.
Características que encontramos nas histórias de que é autor completo Mignola, que aproveita estes contos para consolidar e aprofundar os ambientes e temáticas místicos e fantásticos que lhe são caros. Ao mesmo tempo que explora lendas e mitos europeus e africanos, tornando Hellboy seu participante ou protagonista, o que contribui para reforçar a sua aura e a sua dimensão face aos demónios e seres fantásticos que tem que enfrentar.
Em termos pessoais, se gostei especialmente dos argumentos de Makoma e de A Bruxa Troll, a pérola desta compilação – de que merece referência a inclusão de um comentário de Mignola sobre cada relato – é A Experiência do Dr. Carp, pela forma elíptica como está narrada e pela dúvida que fica após a sua leitura.


25/01/2012

Cebola Jovem Especial #1












O Grande Prémio
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Novembro de 2010)
190 x 275 mm, 96 p., cor, brochado
R$ 9,90 (3,50 €)


Resumo
Vencedor de uma corrida espacial entre a turma num simulador virtual, Cebola é abduzido para outra dimensão, onde terá que defrontar os campeões de vários planetas num desafio cujo prémio decidirá o futuro do universo.

Desenvolvimento
Com um atraso maior do que os habituais seis meses, chega a Portugal mais uma edição derivada do sucesso Turma da Mônica Jovem.
Distribuída este mês – está agora nas bancas nacionais – foi uma das edições lançadas para comemorar os 50 anos do Cebolinha, sendo pena que com ela não tenha vindo a edição que compilou alguns dos melhores e mais marcantes momentos da sua carreira. Mas como a esperança é a último a morrer, pode ser que ainda chegue a Portugal essa edição – bem como os diversos tomos do projecto MSP50…
Cebola Jovem Especial é a cores – vivas e lisas - e num formato maior do que a revista mensal, o que podendo ser, do ponto de vista comercial, um atractivo extra, não beneficia a história, pois acentua o vazio dos fundos e a linearidade do traço utilizado, acentuado pela excessiva simplificação dos engenhos voadores presentes na maioria das páginas.
Merecem referência, apesar disso, alguns dos conceitos – interessantes – que lhes estão subjacentes, as (chamativas) personagens femininas (qual será a sua relevância no sucesso da TMJ junto dos rapazes adolescentes?!), a galeria de esboços inserida nas páginas finais da revista e a elevação para uma nova dimensão do conceito de “dono da rua” que Cebol(inh)a há tantos anos persegue e que está na base deste relato.
O afastamento dos habituais protagonistas – Cebola, Mônica, Cascão e Magali – do seu quotidiano, sem eliminar os habituais choques, cumplicidades e momentos de humor, retira-lhes algum do destaque habitual, substituído na história pela homenagem/sátira a títulos como Star Trek, Star Wars e outras séries/filmes de ficção-científica, numa história movimentada em que nem todos são o que parecem e em que a amizade – como sempre – leva de vencida o engano e a mentira.




24/01/2012

Les Faux Visages









Une vie imaginaire du Gang des Postiches
David B. (argumento)
Hervé Tanquerelle (desenho)
Futuropolis (França, 5 de Janeiro de 2012)
195 x 265 mm, 152 +., bicromia, cartonado
21,00 €



Resumo
Nos anos 80, um bando celebrizou-se em Paris pelos vários assaltos efectuados com sucesso, sem que a polícia conseguisse pistas para os deter.
Ficou conhecido como o Gang des Postiches (o bando dos postiços) porque os seus membro,s para não serem reconhecidos, utilizavam barbas, bigodes e cabeleiras postiças em lugar das habituais máscaras ou meias na cabeça.

Desenvolvimento
Na origem do bando - na realidade, como na BD – esteve a morte a tiro por um polícia de um amigo de alguns dos seus membros. Como vingança decidiram assaltar bancos, pois para “os burgueses, perder dinheiro, é pior do que fazer correr sangue”…
Constituído por pessoas sem grandes ligações ao crime organizado ou à máfia, o bando conseguiu manter-se à margem deles, o que dificultou sobremaneira a actuação da polícia – num tempo em que os métodos “à la CSI” pouco mais eram do que uma miragem.
Com 27 assaltos bem sucedidos e mais de 13 000 cofres bancários arrombados, o Gang des Postiches conseguiu tal fama, que chegaram mesmo a ser imitados por outros, o que acabou por congregar a atenção – nem sempre legal, nem sempre desinteressada… – de diversos agentes da lei e por precipitar o seu fim.
Partindo da verdade factual, David B. desenvolve um relato livremente ficcionado, que oscila entre o documentário – pelo rigor das datas e pelo retrato dos locais - e o romance – pela própria natureza do relato -, entre o tom policial - com que descreve a preparação e concretização dos assaltos - e o tom humano - com que aborda as motivações e as reacções de cada um dos seus integrantes e a forma como, apesar das diferenças, conseguiram manter-se unidos durante alguns anos.
Isto não significa que os autores tenham feito deles heróis cativantes; a essa eventual faceta sobrepõe-se rapidamente o improviso que encabeçou a maior parte dos assaltos, a violência – muitas vezes gratuita – exercida sobre os reféns, o evidente desequilíbrio psicológico de alguns deles, o que, se por um lado os humaniza, por outro reduz a eventual empatia por parte do leitor.
Graficamente, o traço semi-realista de Tanquerelle, bem servido por um tom azul acinzentado que complementa o preto e branco de base das pranchas, é fiel no retrato de penteados, vestuário, viaturas e urbanismo dos anos 80, o que confere maior credibilidade ao relato.
Relato esse que, para quem – como nós portugueses – passa ao lado da realidade subjacente à história, se assume como um belo policial, género que parece estar de novo na moda por terras francófonas.

A reter
- O tom global do relato.
- A sua credibilidade - narrativa e gráfica.
- A nova vida que a banda desenhada policial parece estar a ter na França e na Bélgica.



23/01/2012

Banzai #1





The Mighty Gang
Joana Rosa Fernandes
Kuroneko
Cristina Dias
Pandora’s Song
Rita Marques (argumento)
Inês Pott e Rita Marques (desenho)
Manuela Cardoso (arte-final)
NCreatures (Portugal, Novembro de 2011)
150 x 210 mm, 100p., pb, brochada
Publicação trimestral
5,50 €


1.       Com algum atraso, devido a questões diversas que não interessam para aqui, trago finalmente às minhas leituras esta edição.
2.      Que reflecte algo evidente para aqueles que acompanham a realidade actual da BD (também) no nosso país: a influência do estilo manga nos mais jovens.
3.      Não sendo caso único, a Banzai - que teve um número #0 distribuído nalgumas lojas especializadas - pode ser considerada pioneira, por ser a primeira revista – a classificação é de quem a edita – naquele estilo.
4.      E que nasceu “no seguimento do SENPAI PROJECT (…) uma acção de formação gratuita que a NCreatures fez durante quatro anos” em “eventos de banda desenhada, manga e cultura japonesa” onde foram vistos “os trabalhos de vários jovens autores” nacionais.
5.      “Que têm aqui a oportunidade de publicar as suas obras regularmente”. Para além deles, haverá a “participação ocasional de autores estrangeiros, como parte da parceria da NCreatures, “o único estúdio lisboeta no estilo manga”, com a Comic Party da Dinamarca e a Nosebleed Studios da Suécia”. Graças a essa parceria, os criadores portugueses terão também “as suas obras publicadas naqueles dois países”.
6.      A isto, há que acrescentar o facto – não negligenciável – de a Banzai incluir duas páginas de publicidade externa, o que poderá ser – é? – fundamental para a sua sobrevivência.
7.      Por tudo isto, há que reconhecer à Banzai ambição e ousadia.
8.     Ambas reveladas na pretensão de uma periodicidade – que só o tempo poderá confirmar – e de uma distribuição semi-comercial – em exclusivo nas lojas FNAC – o que acarreta uma significativa responsabilidade extra ao projecto.
9.      Deste, como primeiro elemento, surge o aspecto escorreito e agradável da publicação, com capa a cores e miolo a preto e branco e uma centena de páginas…
10.  … e como segundo ponto, a curiosidade de todas as colaborações deste número terem assinaturas femininas, algo difícil de encontrar noutros projectos similares que não têm o manga por referência.
11.   Se isso, em termos práticos, não passa de uma curiosidade, a verdade é que quer Joana Rosa Fernandes, quer a equipa responsável por Pandora’s Song, revelam já uma assinalável competência, quer em termos gráficos, quer em termos narrativos, o que torna as suas obras, já de algum fôlego, bastante legíveis…
12.  … o que não as isenta de poderem (e deverem) melhorar e evoluir, para que se confirmem as potencialidades agora reveladas.
13.  Para isso, a Banzai poderá ser certamente uma mais-valia, pela obrigatoriedade de criação de um ritmo de trabalho que lhes permita manter os prazos necessários.
14.  Uma secção de desenho manga, da responsabilidade de Natália Batista, uma sueca luso-descendente que terá as suas obras publicadas a partir do próximo número - completa a centena de páginas da Banzai.
15.   A finalizar – de alguma forma compensando o atraso deste texto – fica a informação de que a Banzai #2 – de que fico à espera para confirmar as indicações deixadas - deverá estar à venda no próximo dia 25 de Fevereiro.

22/01/2012

MAB Invicta (I)

Evento multidisciplinar, dedicado ao cinema, ilustração, animação e, em especial aos quadradinhos, o MAB Invicta - Festival Internacional de Multimédia, Arte e Banda Desenhada terá lugar na faculdade de Belas Artes do Porto, nos fins-de-semana de 10/11 e 17/18 de Março.

Do programa já anunciado destaca-se a homenagem ao editor italiano Sergio Bonelli, falecido o ano passado, numa mostra composta por edições de sua autoria, obras biográficas, fotografias e diversa correspondência, e a evocação dos 75 anos do Príncipe Valente, organizada por Manuel Caldas, um dos maiores conhecedores a nível mundial da obra de Harold Foster.

A nível de autores, está confirmada a presença dos alemães Lars Henkel (autor do cartaz), Ulli Lust, Anke Feuchtenberger e Ulf K. e dos belgas Thierry Van Hasselt, Olivier Deprez e Denis Deprez (todos fundadores da editora Fremok), no que parece ser uma clara aposta da organização na banda desenhada à margem das grandes editoras e das propostas mais comerciais.

A excepção é o italiano Fábio Civitelli, o mais consagrado autor de Tex, um western italiano com muitos seguidores em Portugal, onde se desloca pela quinta vez.

Em termos de autores nacionais o MAB Invicta contará com Regina Pessoa, Filipe Abranches, Pedro Serrazina e Hugo Teixeira.
Evento particular, fruto de diversas parcerias, que se pretende direccionado a um público ecléctico e de todas as faixas etárias, o MAB Invicta apresentará exposições individuais de todos os autores presentes, e o seu programa inclui visitas guiadas às exposições, sessões de autógrafos, exibição de curtas e longas-metragens, masterclasses de animação e uma zona comercial. A programação paralela, a cargo da CasaViva, contará com apresentações de novidades editoriais, concertos e duas exposições em estações de metro da cidade.

O programa ainda não está fechado e até lá a organização do MAB Invicta promete algumas surpresas, entre as quais a confirmação de mais autores nacionais e do Reino Unido, Bélgica e Espanha.

21/01/2012

As Figuras do Pedro (XII)

Pin Spirou



Fabricante/Distribuidor: Les amis de Jijé
Ano: 1998
Material: metal

Nem só de figuras é feita a minha colecção para-BD.
Esta semana mão amiga – obrigado Romain! – fez-me chegar estes magníficos pins – ao que parece raros - inspirados no Spirou que Jijé desenhou no início da década de 1940 e eu não resisti a mostrá-los aqui de imediato...

20/01/2012

L’enfant cachée










Loïc Dauvillier (argumento)
Marc Lizano (desenho)
Greg Salsedo (cor)
Le Lombard (Bélgica, 13 de Janeiro de 2012)
202 x 268 mm, 80 p., cor, cartonado
16,45 €


Resumo
1940. As leis racistas e discriminatórias em vigor na França ocupada, fazem com que se multipliquem as humilhações sobre os judeus.
Na noite em que a história começa, a pequena Dounia, cuja vida, repleta de amigos, até aí era agradável e divertida, recebe do seu pai uma “estrela de xerife” para ajudar a que tudo se mantenha em ordem. Só alguns dias depois, face à mudança de atitude de professores, colegas e vizinhos, compreenderá (parte d)o seu real significado.

Desenvolvimento
Por vezes, a melhor forma de falar das coisas complicadas é de forma simples e directa. É o que fazem os autores deste álbum, que recontam a história de Dounia, uma menina judia, cujos pais foram presos em França durante a II Guerra Mundial, por serem judeus.
E fazem-no através da própria protagonista, cujas lágrimas evocaram a curiosidade da menina de quem hoje é avó e a quem conta a sua dolorosa experiência. E ao fazê-lo assim, aumentam a proximidade e a identificação com ela por parte dos seus leitores, porque esta obra – que os adultos também devem ler - é destinada àqueles que têm hoje sensivelmente os 6, 7 anos que Dounia tinha então.
O álbum evita chocar gratuitamente – o desenho é sempre contido, o que é narrado não vai além do necessário – mas Loïc Dauvillier não deixa de evocar os horrores inomináveis da descriminação racial, a dor da separação, os traumas de viver escondida ou a cruel certeza de que o pai de Dounia foi uma das muitas vítimas dos campos de concentração nazis.
O traço de Marc Lizano, é, também ele, simples mas muito legível e especialmente expressivo, em grande parte devido à grande dimensão das cabeças das personagens relativamente aos corpos, e constitui uma mais-valia para captar a atenção dos leitores.
É evidente que Dounia teve muita sorte – muita mais do que as 11 400 crianças judias então assassinadas em França devido à sua raça - e o livro, de forma contida e sensível, evoca claramente o que há de melhor no ser humano, através daqueles que contribuíram para que ela se salvasse.
Por isso, também, num tempo em que estão a desaparecer as últimas testemunhas de um dos maiores horrores de que a humanidade foi capaz, recrudesce a sua importância e a urgência de manter viva esta memória pois “quem esquece o seu passado, está condenado a voltar a vivê-lo” (Primo Levi).

A reter
- A forma sensível e contida mas verdadeira como o tema é tratado. Com a crueldade indispensável, mas com uma doçura e uma poesia que a atenuam sem a esconder.

Curiosidades
- O álbum foi editado numa parceria com a AJPN – Anonymes, Justes et Persecutés durant la période Nazie dans les communes de France…
- … e será objecto de uma exposição em Angoulême 2012, no Espace Franquin.


19/01/2012

Zits #16 - Dá-lhe gás!










Jerry Scott (argumento)
Jim Borgman (desenho)
Gradiva (Portugal, Novembro de 2011)
210 x 220 mmm, 128 p., pb e cor, capa brochada
14,50 €


1.      Aqueles que acompanham séries – de BD, televisivas… com regularidade – também com alguma paixão… - acabam por criar com os protagonistas laços, por vezes até bem fortes.
2.      Laços que fazem com que se acompanhe com interesse e curiosidade – ou com medo, temor, solidariedade ou, escrevo outra vez, paixão – o seu dia-a-dia…
3.      Graças a esses laços, aprendemos – sim, sou um daqueles que acompanha séries com alguma paixão! – a conhecer os seus protagonistas.

4.      A saber a sua forma de estar e de (re)agir perante os problemas quotidianos ou as situações limite que enfrentam, a forma como interagem com os que lhes são próximos ou com os desconhecidos, o que sentem, como o expressam, o que reservam para si…
5.      Como vivem.
6.      Jeremy, de Zits, é um desses casos.
7.      Um (quase) eterno adolescente, por quem o tempo passa muito devagar – mas vai passando, embora nos quadradinhos das tiras diárias e pranchas dominicais que protagoniza, a um ritmo muito mais lento do que o da vida real…
8.      Que neste tomo já tem idade para ter carta, desfrutando do facto de poder conduzir da forma que só os recém-encartados o fazem.

9.      E pelo que atrás deixei escrito, torna-se evidente que ele – os seus autores – já não surpreendem quem o lê.
10. A sua postura – relaxada, indolente, quase imobilidade absoluta – é a mesma…
11.  Os grunhidos e monossílabos que troca com os pais repetem-se…
Aa linguagem adolescente em que assentam as suas conversas com os colegas também não mudou…
12.  A sua relação com Sara, a partilha da carrinha com Hector, as questões sociais e existenciais do “multi-piercing-ado” Pierce continuam recorrentes…
13.  O domínio da tecnologia e a proximidade com ela – que espanta e desespera os pais – acentua-se…
14.  Mas, apesar disso, aparentemente contradizendo-me, se tudo continua igual, Zits consegue sempre surpreender-nos.

15.  Porque cada uma das suas tira(das), cada uma das suas reacções, cada uma das suas saídas, cada uma das complicações que provoca, cada uma das situações vivenciadas, diverte e faz sorrir (ou mesmo rir), tanto o leitor novo quanto o veterano das suas tiras.
16.  Devido, ao humor puramente visual que recria no papel, como realidade visível, as metáforas banais do dia-a-dia – uma das grandes qualidades de Zits, principalmente expressa nas (bem) coloridas e graficamente melhor trabalhadas pranchas dominicais…
17.  … e também porque Scott e Borgman, aliam àquele humor um sentido crítico e irónico e uma imensa capacidade de traduzirem nos seus quadradinhos, de forma única e irresistível – recorrente, mas sempre surpreendente! - uma das fases mais complicada, atabalhoada, contraditória, desesperante, depressiva e estimulante da vida do ser humano: a adolescência.

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