Poderá não ser evidente para os mais distraídos, mas este
mês as revistas Marvel em português, que há 9 meses são distribuídas em Portugal,
iniciam duas das grandes sagas recentes do universo Marvel. Infinity, na Vingadores, e Battle of the Atom, na X-Men, hoje posta à venda.
Breves considerações já a seguir.
Pessoalmente, não sou grande fã destas mega-sagas, que
cruzam títulos e personagens e provocam profundas transformações no universo
dos super-heróis - que rapidamente dão em nada.
Até agora, deixei-me seduzir – moderadamente… - por esta
nova fase dos X-Men, enquanto que as componentes demasiado mística e metafísica
dos Vingadores me afastaram de uma série que à partida me parecia mais
sugestiva.
Agora, o início de Infinity
deixou-me na expectativa. A história surge envolvente, narrada em vários planos
e a diversos tempos, preparando-se para mais cedo ou mais tarde congregar os
protagonistas na arena onde se irá dar o inevitável confronto entre os
Vingadores e Thanos e os seus seguidores.
Quanto a Battle of the
Atom, apesar de ter apenas um capítulo publicado, soa-me para já mais
interessante. Não descarto o facto de os antecedentes já me terem seduzido, em
especial a convivência entre os X-Men originais, vindos do passado, e os seus
‘duplos’ da actualidade, e a consequente exploração de duas temáticas relacionadas
com as viagens no tempo: a possibilidade de mudar o futuro e a apreciação ‘in
loco’ que cada um dos X-Man pode fazer daquilo em que se vieram a tornar.
A par
disto, com nova escalada governamental contra os mutantes, há ainda a
convivência hostil, no presente, entre dois grupos de X-Men, o original, agora liderado
por Jean Grey, que defende uma convivência pacífica com os humanos, e outro,
liderado por Scott Summers e Magneto, com uma posição mais radical.
Sei ainda que para esta minha opinião favorável, contribui o
desenho de Frank Cho, com traço e cores mais próximos de padrões europeus – que
eu mais admiro – e uma planificação muito dinâmica, com recurso frequente a páginas duplas, o que não invalida, de forma alguma, a excelente prestação –
mais super-heróica… - de Jim Cheung no primeiro capítulo de Infinity.
Num caso e noutro, fico a aguardar pelos respectivos desenvolvimentos,
para formar uma opinião mais alicerçada.
Nota final
Porque a razão – e a consequente polémica – pode ter passado
despercebida a alguns, este mês as revistas Marvel em português estão mais
caras (3,95 € contra os habituais 3,50 €) porque têm mais páginas (80 contra as
habituais 72).
X-Men #8
Brian Michael Bendis
(argumento)
Frazer Irving e Frank Cho (desenho)
Panini Comics
Portugal, 8 de Outubro de 2014
170 x 260 mm, 80 p., cor, brochado, revista mensal, 3,95 €
Têm mais páginas mas se forem a contar. 8 a 9 páginas é para mostrar todos os números saídos de cada edição das quais se quiseres comprar não consta a informação então o porquê dessa publicidade inútil. Estamos a pagar mais para nada. (Jopac)
ResponderEliminarDe factos as revistas têm mais páginas, incluindo várias capas alternativas dentro da revista (9 no caso dos vingadores que só traz 2 edições).
ResponderEliminarNão teria sido melhor reduzir nessa quantidade de capas alternativa? até porque a capa da revista Vingadores volta a ser reimpressa dentro da revista.
Pessoalmente pagar mais 0,45€ para ter mais capas.....dispenso.
Volto a defender que muitas das vezes as editoras publicam revistas de banda desenhada com preços pouco apelativos. Apesar de admitir a enorme qualidade de impressão e preço razoável, (caso sejam os 3,50€ por 3 títulos em cada revista).
Concordo. Nisso a Panini Espanha deveria agir como a brasileira. As revistas só devem ter o essencial - o conteúdo e capas oficiais se houver espaço. Capas alternativas e textinhos dos quais não leio, é só palha. No Brasil as revistas só têm 64 páginas (podendo ter mais, consoantes as necessidades) e servem. Aqui se as revistass só tivessem as mesmas 64 páginas, se calhar em vez de pagarmos 3.50€, pagaríamos 3 ou 3.10.
ResponderEliminarJony da Costa, Reignfire,
EliminarPessoalmente não tenho nada contra a inclusão das capas das diversas edições e gosto dos textos de apoio incluídos em cada edição. talvez porque muito do que sei sobre BD foi aprendido nesse tipo de textos que li em revistas como o Mundo de Aventuras, Cimoc ou (A Suivre)...
Agora se a supressão dessas páginas de extras significasse uma descida visível no preço da revista e isso contribuísse para haver mais leitores, teria o meu apoio.
Boas leituras!
Mas isso de capas extras e textinhos dos editores faz parte de uma manobra de marketing.E nos tpbs faz sentido nas revistas nem por isso,Pior são paginas de publicidade a tpbs qe revistas que atrasados que nao se veem nem em bancas nem lojas.Nem correio dos leitores tem.
EliminarAgora de certeza que tem medo de tirar isso tal como o papel porque da ultima vez que fizeram isso nao deu certo.
Optimus,
EliminarPara mim o grande problema de inserção de páginas de auto-publicidade, publicitando as outras edições Marvel é realmente não haver forma de as conseguir após a curta estadia nas bancas,
Talvez a reformulação que está em estudo para 2015 possa contemplar algumas alterações a este nível...
Boas leituras!