Hoje
em dia, quando se fala de banda desenhada popular, de certa forma
evocando um tempo em que ela se encontrava em generosas quantidades
nos quiosques, há um nome que vem logo à mente, o de Sergio Bonelli
e da editora italiana que leva o seu nome. Alicerçado no sucesso de
Tex, um western puro e duro em publicação ininterrupta desde 1948,
este editor milanês conseguiu criar um sistema editorial que permite
alimentar, sem grandes oscilações de qualidade, ao nível gráfico
e temático, as revistas de 100 páginas que mensalmente são
colocadas à venda.
Para aqueles
que defendem que só há um número muito restrito de histórias para
contar, mudando depois a forma e o estilo para as tornar diferentes,
El
alma de la ciudad é
um bom exemplo disso. Relato
policial de contornos humanos, tanto se podia situar no mundo
hiper-futurista de Nathan Never, como em qualquer
outro tempo e espaço - atrevo-me a dizer em todo e qualquer dos
universos Bonelli...