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20/07/2017

El Increíble Hulk de John Byrne

Retrato de família com casamento no fim




Há várias formas de fazer compilações: cronológicas, temáticas, por autor…
Foi esta última presidiu a El Increíble Hulk, que abarca o período curto mas muito fecundo da John Byrne à frente do gigante verde.

29/11/2013

Super-Heróis DC Comics – Série II #1 – Super-Homem: Homem de Aço










John Byrne (argumento e desenho)
Dick Giordano (arte-final)
Tom Ziuko (cor)
Levoir/Sol
Portugal, 29 de Novembro de 2013
170 x 260 mm, 176 p., cor, cartonada
8,90 €


De uma forma simbólica, este é, possivelmente, o livro ideal para iniciar esta nova vida dos Super-Heróis da DC Comics, que hoje começa, agora albergados numa nova casa, o semanário Sol, durante (pelo menos) dez semanas.
Este Homem de Aço - que compila os seis números da mini-série Man of Steel, de 1986 - marca a actualização da origem do Super-Homem, num bom trabalho de John Byrne, após uma série de sucessos na Marvel, com os X-Men, Quarteto Fantástico ou Tropa Alfa.
[No entanto, a perda de popularidade (e das consequentes vendas) não foi suficientemente estancada, o que veio a originar, há coisa de 20 anos, a longa e penosa trapalhada que fez o Super-Homem morrer, passar pelo limbo e ressuscitar. E se em termos de BD essa fase é algo para esquecer, em termos meramente comerciais (o que na verdade interessa a quem edita comics de super-heróis) esse foi um grande sucesso da DC Comics que relançou o herói junto de um público que o estava a esquecer.]
Memórias à parte, esta actualização operada por John Byrne, a par da modernização do traço – arejado e bastante limpo - e dos conceitos originais, aqui mais próximos do que os comics de super-heróis eram em meados dos anos 80 e ao encontro do que os leitores esperariam, define em centena e meia de páginas o que iria ser o novo Super-Homem.
Assim, após Jonathan Kent contar ao filho (adoptivo) como o encontrou, este decide trocar Smalville por Metropolis, para de alguma forma encontrar o seu lugar, e, após um salvamento ‘à civil’, em que conhece Lois Lane, opta por preservar a sua identidade ‘costurando’ o fato que (re)conhecemos e optando -  num (re)apelo à ingenuidade dos leitores - pelos óculos e penteado diferente para diferenciar o ser mais poderoso da Terra do apagado Clark Kent.
De seguida, o Byrne argumentista brilha mais, ao balizar o seu percurso – em que Clark assume várias vezes o protagonismo – através dos primeiros contactos com Lois Lane, Batman, Lex Luthor, Bizarro e Lana Lang, sendo o conjunto de impressões e influências que recebe e exerce em cada um o que vai levar o leitor a intuir o seu carácter e motivações. 

23/01/2013

A arte de... John Byrne
















The High Ways #1
John Byrne
IDW Publishing
(EUA, 16 de Janeiro de 2013)
US$ 3,99




20/07/2012

Heróis Marvel #3

Capitão América – A Lenda Viva









Roger Sterne (argumento)
John Byrne (desenho)
Josef Rubinstein (arte-final)
Levoir+Público (Portugal, 19 de Julho de 2012)
170 x 260 mm, 192 p., cor, cartonado
8,90 €



Resumo
Este volume compila as revistas Captain America #247 a #255, editadas nos Estados Unidos entre Julho de 1980 e Março de 1981.

Desenvolvimento
O equilíbrio entre histórias clássicas e outras mais recentes, uma das características assumidas da colecção Heróis Marvel , pode revelar-se um pau de dois bicos.
Para leitores habituais de banda desenhada – em especial para aqueles que estão menos familiarizados com os comics norte-americanos – essa é sem dúvida uma mais-valia, pois permite descobrir/recordar fases marcantes dos principais super-heróis Marvel e compará-las com outras mais recentes (que nalguns casos serão também clássicos dentro de alguns anos).
No entanto, para leitores novos – aqueles que a colecção tenta conquistar, por exemplo entre os que viram e gostaram das recentes adaptações cinematográficas – as histórias mais antigas poderão ter o efeito contrário ao pretendido.
Porque, sejamos claros, nos anos 80 – para nos concentramos neste volume – a forma de narrar era muito diferente da que é utilizada hoje em dia – e essa é uma das razões porque a Marvel tem recorrentemente recontado a origem dos seus principais heróis.
Por isso, quem eventualmente chegar à BD através desta colecção, poderá ter dificuldade em lidar com a utilização de cores mais vivas e planas, pouco apelativas nos nossos dias, com as narrativas muito palavrosas e constantemente a recordar o passado e do protagonista e os seus dilemas presentes, com alguma ingenuidade temática e com protagonistas inverosímeis como Batroc, o saltador - um semi-vilão que… salta!
Do que atrás fica escrito, não quero que se infira que estou contra esta opção editorial, longe disso; compreendo-a e aceito-a, até porque – infelizmente? - acredito que entre os seus compradores haverá mais leitores habituais de quadradinhos do que novos leitores.
De qualquer forma, uns e outros, se perderem este volume – como outros - perderão a oportunidade de acompanhar um momento importante da história dos comics Marvel e de um dos seus mais significativos personagens, perdido entre dois mundos, o dos anos 1940 - em que surgiu como símbolo americano na guerra contra os nazis – e dos anos 1980 – a actualidade, quando estas histórias foram criadas, nos quais procura, ainda o seu lugar (embora sem essa dualidade ser extremada como em “CapitánAmerica – El hombre fuera del tiempo” ).
Estas histórias, correspondem ao aclamado período em que Roger Stern e John Byrne assumiram o destino do mais americano dos super-heróis, balizando de novo o seu percurso em diversos aspectos (vida civil, relação com o poder militar, novos relacionamentos amorosos), apontando-o como símbolo vivo do sonho e dos ideais norte-americanos e como o seu principal defensor contra todo o género de inimigos, externos e internos, de terroristas a simples gangsters, de monstros fantásticos a velhos inimigos.
Delas, destacam-se “À primeira luz do alvorecer”, pela ponte feita com elementos do tempo da II Guerra Mundial, “Capitão América para Presidente”, pela sua invulgar temática pois nela o alter-ego de Steve Rogers é apontado como candidato à presidência, e “Velhos conhecidos”, pela revisitação da mitologia do herói.

A reter
- A boa qualidade gráfica da edição, mais a mais se considerado o seu preço.
- A importância clássica do conteúdo deste tomo.
- As histórias atrás citadas, boas em qualquer contexto – desde que lidas e entendidas à luz do contexto em que foram criadas!
- O desenho de John Byrne, respeitador da proporção da figura humana, dinâmico, expressivo e aqui e ali com algumas soluções originais em termos de planificação.

Nota – Com excepção da capa, as imagens que ilustram este texto foram retiradas do portal Central Comics e do blog Por um punhado deimagens.
 
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