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05/09/2014

Homem de Ferro: Demónios










Se este era um dos livros mais esperados por mim na colecção Universo Marvel,  da Levoir, distribuída semanalmente com o jornal Público,  por tudo o que sobre ele li anteriormente e em especial pela introdução do tema do alcoolismo naquele universo super-heróico, a verdade é que fiquei algo desiludido.
Descubra as (minhas) razões já a seguir)

06/04/2013

Carmine Infantino (1925-2013)












Esta continua a ser uma semana negra para a banda desenhada. Depois de JOBAT e de Fred, chegou agora a vez de Carmine Infantino ser chamado para o paraíso dos desenhadores.

Nascido a 24 de Maio de 1925, no Brooklyn, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, era um dos grandes nomes da chamada Era de Prata dos comics norte-americanos.
Iniciou a sua longa carreira nos quadradinhos em 1942, entrando na DC Comics cinco anos mais tarde, onde chegou a director artístico, em 1967, e a director editorial, em 1971, tendo sido responsável pela contratação de nomes como Dick Giordanno, Neal Adams e Denny O’Neil, com quem promoveu uma verdadeira revolução no estilo e na temática dos principais heróis.
Criador gráfico do segundo Flash (Barry Allen), em 1956, a partir de argumentos de John Broome e Robert Kanigher, foi também responsável por grande parte dos vilões que o homem mais rápidos da BD teve de enfrentar, como Captain Cold, Mirror Master ou Gorilla Grood, cujos direitos tentou – infrutiferamente - resgatar à DC Comics, em 2004 num processo judicial conjunto com outros criadores.
Distinguiu-se igualmente como capista e desenhador de Batman (cujo visual modernizou em 1964), tendo sido um dos mentores do primeiro crossover entre a DC Comics e a Marvel que originou uma aventura conjunta de Superman e Spiderman, em 1976, cuja capa também desenhou.
Nos anos 80, então na Marvel, desenhou alguns dos primeiros episódios aos quadradinhos de “Star Wars”, incluídos na colecção “Comics StarWars”  actualmente à venda em Portugal.




24/01/2013

Comics Star Wars #1 – Clássicos #1




  



Roy Thomas, Don Glut e Archie Godwin (argumento)
Howard Chaykin, Steve leiloha, Rick Hoberg, Bill Wray, Frank Springer, Tom Palmer, Alan Kupperberg, Carmine Infantino e Terry Austin (desenho)
Planeta DeAgostini
(Portugal, 10 de Janeiro de 2013)
170 x 260 mm, 192 p., cor, cartonado
1,99 €



Antecipando a chegada às bancas portuguesas, na próxima 2.ª feira*, do segundo tomo (ao preço de 5,99 €) de um dos mais ambiciosos projectos aos quadradinhos que Portugal conheceu nas últimas décadas, justifica-se uma análise ao volume inicial da colecção Comics Star Wars.


Partindo do objecto (livro) em si é justo dizer que é uma boa edição, ao nível do papel, impressão e encadernação. Que – também por isso – merecia uma legendagem mais atenta, à qual não se pedia mais do que acompanhar a original, o que está longe de fazer, esquecendo uma equilibrada ocupação dos balões e ignorando (quase) totalmente as variações do tipo de letra para definir o rom de voz de cada um dos intervenientes.
Em termos editoriais, impunha-se a inclusão de textos de apoio que ajudassem a contextualizar a obra e situassem as diversas histórias dentro da vasta cronologia do universo Star Wars, fazendo também todo o sentido a indicação das datas originais de publicação e a inclusão d(e algum)as capas originais.
Quanto ao conteúdo em si, facilita se dividirmos este Clássicos #1 em duas partes.
Na primeira, encontramos a adaptação do primeiro filme “Star Wars” que estreou nos cinemas em 1977. Se de alguma forma pode ser considerada uma surpresa a entrega de uma adaptação cinematográfica deste género a dois nomes consagrados dos quadradinhos de super-heróis, Roy Thomas e Howard Chaykin, a verdade é que o traço deste último surge aos olhos do leitor como pouco cuidado e impreciso, com oscilações excessivas na definição dos intervenientes de prancha para prancha e pouco empenho na constituição dos cenários. Desconheço se o facto de a BD ter começado a ser editada passados apenas dois meses após a estreia cinematográfica teve um grande peso no resultado final (no que a prazos apertados diz respeito), mas a verdade é que os leitores – tal como Star Wars - mereciam – e esperavam -mais.
Em termos de argumento, Roy Thomas demonstra competência e consegue, mais do que adaptar o filme (o que geralmente significa que só quem o visionou desfruta em pleno da BD) transpor a história original para um novo suporte, mantendo fidelidade ao seu espírito e sem a descaracterizar.
Na segunda metade do livro, inicia-se a expansão do universo Star Wars através da BD, que ao longo dos anos haveria de atingir uma dimensão que, certamente, era de todo inimaginável quando estas bandas desenhadas foram criadas. Nelas, a situação de alguma forma inverte-se, pois enquanto os argumentistas parecem tactear em busca do melhor tom a adoptar pelo relato, que sofre com o aparecimento em catadupa de lugares e personagens novos de importância diversa, o traço vai melhorando – também em função da qualidade dos diversos arte-finalistas que por ela foram passando – mas em especial quando Carmine Infantino e Terry Austin assumem o desenho, elevando a qualidade gráfica da série - o que o tomo #2 virá (ou não) confirmar.
Em jeito de conclusão, pode dizer-se que este início – para o bem e para o mal – tem as marcas incontestáveis do estilo Marvel dos anos 1980. Mas esse é um “mal” necessário numa colecção deste género, de características cronológicas (embora não exaustivamente), que se propõe publicar perto de 14 mil pranchas de quadradinhos Star Wars!

Nota final
Na sequência da publicação deste texto, a Planeta DeAgostini informou-me que todos os volumes desta colecção serão distribuídos à segunda-feira. As datas indicadas no site da colecção estavam erradas e vão ser corrigidas.
Em complemento, lembro que a colecção Comics Star Wars será quinzenal até ao volume 9, passando depois a uma periodicidade semanal.



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